segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

"É importante nós mantermos os pés no chão"

Eis a coletiva pós-jogo contra o Força e Luz do técnico americano Leandro Campos.

Resultado tranquilo
Na verdade, eu acho que tranquilidade é um termo um pouquinho perigoso porque o futebol não permite tu ter tranquilidade. Eu acho que [no] futebol precisa-se ter atenção o tempo todo. É lógico que nós fizemos hoje um bom jogo e nós tínhamos uma expectativa de sermos eficientes com relação à equipe bem postada, com relação à marcação, a equipe articulada na marcação tendo ações ofensivas bem definidas. Isso lógico que era um planejamento. Mesmo porque nós tivemos uma preparação para que isso realmente ocorresse hoje. Agora nós não podemos em hipótese nenhuma, não é por questão do resultado, acharmos que o América é o bicho papão, que o América é o melhor time da competição. Então, eu acho que não é por esse caminho. Nós temos que ter a consciência que nós fizemos um bom jogo, o time estava bem disposto dentro do campo. É lógico que nós tivemos alguns probleminhas de acertos com relação à coordenação, não só com bola, mas também sem bola. Mas no geral eu penso que a equipe produziu o necessário para se buscar o resultado. É lógico que tem muita coisa pela frente, foi apenas o 1.º jogo. E é lógico que, jogo após jogo, nós vamos procurar uma evolução normal, como todas as equipes da competição vão melhorar sua produção. Você pode ter certeza que a equipe do Força e Luz, que hoje não teve a felicidade de conseguir um bom resultado, Santa Cruz, eu não sei como é que ficou a partida que ainda está [sendo jogada], o próprio Baraúnas, que também perdeu, essas equipes que perderam, com certeza, vão crescer dentro da produção. Então não podemos tomar como parâmetro somente o 1.º jogo. É importante nós mantermos os pés no chão, respeitando a todos e sabermos que é necessário [melhorar].

Aplicação tática
Na verdade, nós não estamos disputando um Campeonato Brasileiro, [em] que a gente pode muitas vezes externar a questão tática, mesmo porque agora nós estamos disputando uma competição regional e, muitas vezes, o que se fala com relação à parte tática a gente acaba alertando os adversários. Eu tenho certeza também que no jogo hoje treinadores, auxiliares técnicos estiveram aqui para observar a equipe do América, assim como ontem eu vim assistir [ao] jogo do ABC. Então a gente está ai para se informar, para podermos de todas as formas conhecer os adversários. Então isso aí significa o quê? Nós estamos respeitando todos os adversários. O fato de a gente vir aqui assistir e conferir é um respeito que nós estamos tendo. Então lógico que a parte tática eu tenho essa conceituação que nós tivemos até um tempo bom para que nós tivéssemos esse desenvolvimento. Agora o mais importante são as variantes que nós tivemos. A troca de funções, as variantes que nós também conseguimos desenvolver com relação às trocas de marcação. Então tudo isso aí, mesmo que tenha algum treinador, algum auxiliar que venha aqui assistir ao jogo, a nossa equipe criou uma condição de imprevisibilidade - isso é que é legal no futebol. Então tudo isso aí, lógico, que é uma construção, e nós queremos sempre criar aquela condição de insegurança para que a gente tenha realmente essa execução do nosso desenvolvimento de jogo, sempre com a parte tática nunca com previsão, sempre aquela condição de instabilidade.

Tadeu e o grupo
Na verdade, Tadeu é um jogador que tem a minha confiança, é um jogador que precisa de jogo. Ele precisa melhorar [o ritmo] dele. É um jogador que é diferente dos demais. Não é aquele jogador fino, não é aquele jogador que tem uma facilidade com relação à parte física. Então é um jogador que precisa de trabalho, precisa de sequência de jogos para que ele possa ter uma melhoria com relação ao seu desenvolvimento. É lógico que nós como companheiros dele de profissão vamos sempre dar o apoio para ele porque, na verdade, o torcedor tem o seu direito, o torcedor está aqui pagando ingresso, então ele vai vaiar o treinador, vai vaiar o jogador que ele achar que deve fazê-lo. Não somos nós que vamos aqui nos indispor com o torcedor em relação à concepção dele. Agora é lógico que nós aqui dentro do grupo de trabalho temos um respeito muito grande pelo Tadeu, e esse respeito vai continuar dessa forma. É um jogador que talvez hoje não tenha tido um bom desenvolvimento, mas nós temos certeza que com o trabalho, com a sequência, assim como os demais que não tiveram hoje a oportunidade até de ficar no banco e que não atuaram também estão aí trabalhando para buscar o seu espaço dentro da equipe... E eu acho que grupo é isso aí. A hora [em] que um companheiro está mal, a gente dá o suporte para ele. A hora [em] que ele está bem, nós sabemos que isso aí é uma situação que pode ser momentânea; no próximo, ele pode estar mal. Então o time pode até ganhar um jogo, mas eu acho que grupo ganha campeonato. E hoje o América tem um grupo, não tem um time. Então é isso que me deixa realmente sempre certo em relação às nossas atitudes com qualquer que seja o jogador.

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