Fui conferir o novo filme brasileiro com Cléo Pires sem muita expectativa. O Brasil tem a triste pecha de só dar cartaz a filmes de comédia, em especial as escrachadas, que normalmente merecem meu mais absoluto desprezo. Filme sobre polícia e bandido no Rio de Janeiro... mais clichê impossível.
Mil propagandas antes. Minha pipoca não chegou nem no trailer tantos eram os anúncios! Vou partir para uma maior da próxima vez que for filme nacional. Pouca gente na sessão. Ainda bem. Depois de pagar R$ 5 por uma garrafinha de água mineral, algo tinha que me ser favorável.
Começa o filme e me sinto extremamente desconfortável com a escolha do diretor em insistir em closes de Cléo Pires. A proximidade com seu rosto chega a ser irritante. Acho que era essa mesma a intenção do diretor (não peguei o nome).
Não vou me estender muito até para não contar a estória, mas gostei demais do filme. É impossível não se identificar com a personagem Francis. À medida que ela vai aprendendo a lidar com as barreiras de seu ambiente de trabalho, a câmera vai se descolando de seu rosto. Mas aí já estamos todos totalmente envolvidos com a personagem.
Durante o filme, há sugestão de que a Globo pretende transformar o filme no pontapé para um seriado. Se se confirmar, ponto para a Globo. A sensação que temos no fim é de que queremos acompanhar Operações Especiais por um tempo indeterminado.
Acompanhar o desenvolvimento de Francis para romper a casca de anti-heroína é um passatempo despretencioso que vale cada centavo do cinema. Até os R$ 5 da água mineral.
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