sexta-feira, 1 de maio de 2015

Bob e a preparação para a final

Em entrevista coletiva divulgada pelo site do América, o técnico Roberto Fernandes falou sobre a preparação para a grande final centenária.

"[Com] um intervalo de apenas 2 dias de um jogo para outro não tem outra coisa a fazer a não ser recuperar e descansar. Então, como o hotel tem uma infraestrutura espetacular e nos dá opção não só de academia como de campo reduzido para aqueles que não atuaram, nós estamos utilizando isso aí. [E para aqueles que atuaram] estamos também fazendo o trabalho de recuperação na musculação, usando também sauna, usando a hidromassagem. Agora é recuperar. Não adianta [porque] você não vai fazer o que não fez em 2 dias, principalmente num desgaste emocional e físico de uma equipe que jogou com 1 a menos 60-65 minutos. Então, agora é recuperar mesmo o grupo. (...) O intervalo de um jogo para outro é muito curto. Hoje, cientificamente, todo mundo sabe que 48 horas é aonde vem o maior reflexo do esforço feito. E 48 horas é a véspera do jogo! Então, é um trabalho realmente de recuperação, de procurar conversar com os atletas um detalhe outro que possa ser feito. Eu acho que ao final de 3 jogos com praticamente os mesmos jogadores atuando (...) todo mundo já se conhece, todo mundo já sabe a forma do adversário jogar, já sabe ponto forte, já sabe ponto fraco. Então, é estar concentrado. É estar focado para que no jogo, como eu acredito que vai ser decidido em detalhes, pelo equilíbrio e pela campanha das duas equipes... é estar realmente com a cabeça boa para que na hora da decisão você possa estar com o detalhe lhe favorecendo."


"Tudo dentro do meu conceito de trabalhar é definido. Nada sai no acaso. O acaso é apenas a liberdade ao talento do jogador que nós damos. O cara vai para o drible, eu vou dizer como ele deve driblar? Não! (...) Senão vira videogame. Mas posicionamento, função, quem vai jogar, isso é evidente que já sai muito bem definido antes do último treino."

"Nós vamos trabalhar muito pouca coisa. Na minha cabeça já está definido o substituto do Maguinho. E mínimos detalhes. O grupo está muito desgastado. Se entrevistar todos os jogadores que começaram e terminaram a partida, se eles pudessem, eles não saíam da cama do hotel até o momento do jogo. Enfim, há um desgaste emocional. Eu não joguei e parece que eu levei uma surra! Eu não joguei e parece que eu lutei contra 15 caras sozinho! É um desgaste que só sabe quem viveu, quem vive isso aí. Então a palavra de ordem é recupetar o grupo para que ele possa entrar em campo o máximo inteiro possível."

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