Clássico é suficiente para colocar qualquer jogador ou treinador na pressão. Uma final de campeonato também. Um clássico na final do campeonato é pressão pura!
Agora imaginem um clássico na final do campeonato em que o time que você comanda, cantado em verso e prosa como favorito, joga 75% do tempo com um jogador a mais e acha um empate numa bola desviada no finzinho do jogo. Panela de pressão perde!
É nesta panela de pressão em que se encontra Josué Teixeira, técnico do ABC. Ele já havia demonstrado sinais claros de que não lida muito bem com essa pressão. Chegou até a afirmar em entrevista antes do jogo que não adiantava achar que esse grupo do ABC aguentaria uma Série B. Assim, na lata e às vésperas de uma final. Deve ter tomado uma chave de roda da diretoria, tanto que esta proibiu o assunto até sábado.
Deixou de ser o boa pinta que libera o time sem segredo algum e escondeu o jogo o quanto pode para colocar em campo 3 volantes e levar um totó de Roberto Fernandes enquanto a partida teve 11 jogadores para cada lado.
Caiu na provocação da torcida americana durante o intervalo da partida, demonstrando que se abala profundamente com críticas, mesmo quando esperadas.
E agora, talvez amuado com a saraivada de críticas tanto da torcida abecedista como, principalmente, da imprensa, resolveu em tom irônico jurar que o favoritismo é todo de Roberto Fernandes, que já foi campeão na mesma situação em 2012. Perceberam que ele não citou o América, e sim o treinador? Sintoma clássico de quem está magoado, naquela síndrome de que só o outro presta.
O novo Josué, que fala mais do que deve, esconde jogo e se troca com torcedor, sabe que essa panela de pressão pode explodir se não for campeão no sábado dentro de casa. E isso está mexendo sobremaneira com a cabeça do treinador.
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