domingo, 31 de maio de 2015

O árduo trabalho de Gilmar dal Pozzo

O novo treinador do ABC Gilmar dal Pozzo terá um árduo trabalho pela frente. Se é certo que a vitória fora de casa com o Santa Cruz trouxe um gás a mais para trazer o torcedor alvinegro de volta ao estádio já na próxima partida pela Série B (terça, às 21h, contra o Bragantino), o estilo de jogo do novo comandante (futebol de resultados) somado à péssima fase técnica do meio campo alvinegro quanto ao acerto de passes prometem ser grande desafio na longa caminhada desse campeonato, especialmente pelo mau humor atual da torcida em relação ao time. Para piorar, o melhor jogador do setor, Ronaldo Mendes, suspenso, não jogará na estreia de dal Pozzo em casa.

Em entrevista à Tribuna do Norte, o treinador revelou que já vinha acompanhando o ABC desde a chegada de Rodrigo Pastana, devido à amizade entre eles e falou sobre como seu time jogará. Vejamos os principais trechos:

Sobre o elenco:
"No momento, é um elenco qualificado, porém necessita de uma quantidade maior de atletas. A diretoria já tem essa consciência. Isso me foi passado durante o período de negociação (...) Por enquanto, eu não posso realizar qualquer tipo de avaliação que acarrete em dispensas pelo fato de estar chegado agora. Então toda decisão neste sentido será chancelada pela direção e o departamento de futebol. Mas depois de iniciado o trabalho, ela terá a minha participação, assim como a contratação de novos reforços.(...) a partir do momento em que o Rodrigo Pastana assumiu a função aqui no clube de executivo de futebol, eu comecei a acompanhar as contratações. Até mesmo as que foram realizadas para o Estadual. Também acompanhei os últimos jogos da equipe, inclusive da Copa do Brasil. Alguns desses atletas já trabalharam comigo."

Sobre o estilo de jogo:
"A característica da Série B é mais competitiva. A série A é mais técnica, mais jogada. Então o ABC tem que ser competitivo. Nós temos de enfrentar o jogo de acordo com que ele se apresenta, então vamos ter de competir. Eu pretendo trazer o estilo que se destaca no futebol gaúcho, da cultura de ser competitivo que é do próprio povo gaúcho, e pegar as coisas boas aqui do Nordeste que são os jogadores de qualidade, com características de realizar jogadas individuais e unir ambos na minha equipe. (...) Obediência tática, marcação forte, marcação pressão, marcação baixa. Quando o adversário estiver de posse de bola, o ABC terá de apresentar essa competitividade, ser forte na marcação para retomar a posse de bola. Feito isso, aí é a vez de entrar a qualidade individual coletiva da nossa equipe."

Sobre contratações urgentes:
"Neste momento, nós temos algumas prioridades e uma delas é trazer mais esse atacante de área, até pela maneira, o sistema tático e a característica desse grupo que o ABC possui atualmente. Precisamos de uma referência, aquele atleta que jogue de área a área, essa é a nossa preferência e depois podermos buscar mais um atleta de movimentação para o setor ofensivo."

Sobre a média de um novo treinador no ABC a cada 10 jogos:
"Sinceramente, depois que assumo a posição no clube, não fico pensando. Se fizer isso, é capaz de eu ficar louco. Não pretendo entrar nessa estatística, que é baixíssima. (...) isso vai depender muito da minha capacidade e da sustentação da diretoria de avaliar a minha qualidade de trabalho."

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