Imagem: Nadya Araújo, Botafogo
Eu, pelo menos, mais uma vez gostei do que vi. Time bem postado e dando 110% em campo. As entradas de Alison e Diego deram uma consistência absurda à equipe. Até Adenilson apareceu bem mais do que no jogo anterior. Aliás, em geral, todo mundo melhorou.
No entanto, o danado do entrosamento, ou a sua falta, pesa e muito. Um passe nas costas aqui, outro muito à frente ali. A falta de entrosamento continuou dando pinta, embora não em tão grande intensidade como na semana passada.
E foi na falta de entrosamento que Maurício resolveu deixar (pior decisão, diga-se de passagem) uma bola para Jadson, porém, Dico se enfiou entre os dois e tocou por cobertura para apagar o fogo americano que já trazia muito desassossego ao gol alvinegro.
Mesmo com esta falha, tecnicamente o jogo foi bem melhor do que o da semana passada. Tanto que o Botafogo foi quem levou calor do América dessa vez. O time de Luizinho começa a mostrar bons lances de bola parada e ataques e contra-ataques em alta velocidade. A melhor chance do jogo, por exemplo, foi inacreditavelmente desperdiçada por Max, que chegou livre à área adversária após um lançamento.
Gledson fez um partidaço. Jadson cresceu ao lado de Alison. Maurício também parece ser boa opção, mas esteve em campo como lateral. Vinícius e Diego mostram bom equilíbrio. Galiardo agrada como volante e como zagueiro. Adenilson mostra muita disposição na marcação e parece ter boas viradas de jogo. Fabinho Alves esteve mais discreto do que Adriano Pardal, que praticamente esteve em todos os cantos do campo. E Max...Bem, Max foi Max. Muito bom nas bolas aéreas, especialmente as defensivas, derrubou alguns adversários sem falta e, no melhor lance, desperdiçou, mas vai melhorar, especialmente porque Adriano Pardal tem uma tendência de lhe preparar boas assistências nos contra-ataques.
Judson também está pronto a colaborar no meio de campo assim que Luizinho o convocar. Os outros da base aguardam a vez.
Os dois testes contra o Botafogo-PB deram ao América a pegada de campeonato. Afinal foram dois jogos duríssimos e novamente o América teve um atleta expulso (Vinícius). A evolução em uma semana foi notável. Agora restam 11 dias para aprimorar ainda mais esse entrosamento até a estreia contra o retrancado Santa Cruz de Fernando Tonet na Arena das Dunas. Mas é bom saber que os times de Fernando Tonet não costumam tomar a menor iniciativa num jogo. Galiardo e Max, que foram seus atletas, sabem bem disso. E ainda há o tabu do Mecão nunca ter vencido o Santa Cruz.
São 11 dias então para Luizinho Lopes montar o que tem de melhor em busca de desarmar essa bomba relógio, que é a pressão sobre o América. E embora saibamos que essa bomba só será efetivamente desarmada no fim da temporada com o acesso à Série C, esse trabalho é feito fio-a-fio. A cada ponto conquistado, o trabalho avança. A cada derrota, é o cronômetro que avança.
Que o América mostre que está disposto a impedir essa explosão do primeiro ao último minuto da próxima temporada, exatamente como fez no jogo-treino e no amistoso contra o Botafogo-PB. Essa sim é a perspectiva.
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