quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Muito diferente

31 de outubro e não há uma só confirmação oficial a respeito de jogadores contratados pelo América. Até mesmo em se tratando de especulações ou confirmações oficiosas, pouquíssimos nomes - não dá nem para fechar uma mão.

Pode até não dar certo, mas é fato de que o América resolveu trabalhar de forma bem diferente de outras épocas. Certamente reflexo das chegadas de Armando Desessards e Luizinho Lopes.

E, cá para nós, melhor anunciar o certo do que lidar com a frustração do duvidoso especialmente neste momento em que nem o que se fala em vídeo se sustenta no vídeo seguinte.

Manchetes do dia (31/10)

A manchete do bem: Mostra de Gostoso anuncia 43 filmes.

As outras: Conferência internacional discute avanço da sífilis no país, Caso sobre 'fantasia' de escravo é investigado e Assembleia deve negociar orçamento com governadora eleita.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/31)

The headline for good: In North Dakota, native Americans try to turn an ID law to their advantage.

The others: A mobster of many enemies, Whitey Bulger may have been killed in a hit, As Merkel eyes exit, nervous E.U. wonders who'll take the stage and Indonesia plane crash leaves experts puzzled.

Happy Halloween, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Manchetes do dia (30/10)

A manchete do bem: Movimento impulsiona o forró autoral no RN.

As outras: Fátima quer ajuste de orçamentos e devolução de sobrad dos Poderes, Governo não tem data para pagar folhas de outubro 13.° e O PIB per capita só voltará ao patamar de 2013 em uma década.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/30)

The headline for good: 'We need to stop the hate', Rabbi tells elected leaders.

The others: How Trump-fed conspiracies about migrant caravan intersect with deadly hatred, Brazil election: how Jair Bolsonaro turned crisis into opportunity and Hillary Clinton on possible 2020 run: 'I'd like to be president.'

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Apresentação oficial

Pelo divulgado, a apresentação oficial do elenco do América à torcida e à imprensa ocorrerá em 08/12, um sábado, na Arena América.

Quem pensou mesmo no Brasil?

Entre candidaturas, é sempre possível escolher. Sempre. Se não escolhemos a ideal, por sua virtudes, escolhemos a possível, por ser menos prejudicial. É o que penso sobre eleições.

Nesta campanha, a candidata vista por mim como ideal era Marina Silva. Calejada por lutas as mais diversas, inclusive a ambiental, Marina nunca prometeu um Brasil lindo. Pelo contrário, afirmava ser comandante de um governo de transição, que uniria a nação novamente em torno da discussão do futuro que pretendemos sem deixar opinião alguma de lado.

Marina foi acusada, dentro do que posso publicar e que não é reflexo direto de feiíssimo preconceito, de ser fraca por não se posicionar, de esconder sua verdadeira opinião para não desagradar eleitores.

Fortes seriam Bolsonaro e Ciro, que falam o que pensam sem pesar muito as consequências. Bem, um passou a campanha a esconder o que pensa, fugiu de debates e mandou que vice, guru econômico e filhos não dessem mais piu até o fim da eleição. 

O outro viajou para o exterior em plena eleição para não ser pressionado a falar.

Na hora H, Marina desceu o malho em Bolsonaro e Haddah, mas declarou voto neste, mesmo ressaltando que estaria na oposição. É bom lembrar que Marina foi execrada pelo pessoal do PT em 2014 em atos lamentáveis quanto à ética de uma disputa.

Já Ciro... Bem, Ciro preferiu ficar em silêncio para não prejudicar seu projeto para 2022. 

Quem foi mesmo fraco e sem opinião? 

Diante de tudo o que a candidatura de Bolsonaro representava, o silêncio de Ciro Gomes o apequenou e destruiu a aparente força de quem era muito admirado por não temer expor seu pensamento. Entre o perigo atual e sua candidatura em 2022, ele não pensou duas vezes e preferiu não cerrar fileiras com gente da estirpe de Marina Silva, Joaquim Barbosa e quase toda a comunidade internacional ocidental.

A fraca falou. O forte calou.

Depende de nós

Como previsto desde que o primeiro turno da eleição presidencial começou a se desenhar, o Brasil sai ainda mais dividido pós-voto.

A exemplo de eleições anteriores, o presidente ungido pelas urnas não obteve o maior número de votos dentre os eleitores. 

Numa população de mais de 209 milhões,  o eleitorado já se resume a 147 milhões em números arredondados. Destes, 31 milhões, ou 21% do eleitorado, não se deram nem ao trabalho de comparecer às seções eleitorais. Outros 11 milhões, ou quase 10% do eleitorado, anularam o voto ou votaram em branco. Isso já reduz o número de brasileiros que efetivamente escolheu o destino do país: 104 milhões - menos da metade da população brasileira.

Desses que efetivamente votaram, o presidente foi escolhido por quase 58 milhões. Seu adversário obteve 47 milhões de votos. Ou seja, para onde quer que olhemos, o sistema eleitoral brasileiro não consegue mais dar legitimidade aos presidentes eleitos, posto que eles não conseguem mais apoio de parte expressiva da população, relegados que estão a 25% do apoio dos que têm este país tropical como lar. E olha que no Brasil o voto é obrigatório e o 2.° turno foi criado justamente para que um dos candidatos enfim consiga legitimidade.

A nação brasileira precisa ser chamada à sua responsabilidade. Se não temos o país que queremos, os governantes que queremos e os políticos que queremos, a culpa é majoritariamente nossa. Quantos de nós de fato acompanham o que se passa em Brasília ou mesmo na cidade em que moram? Quantos acompanham o importante trabalho legislativo para saber o que está em discussão e até para pressionar o representante escolhido em votações importantes? 

Quantos de nós somos capazes de apontar o posicionamento de políticos e sua vida pregressa a uma candidatura para um cargo no executivo? 

Quantos de nós "perdemos tempo" lendo jornais, revistas e prestando atenção em reportagens em rádios e TVs que digam respeito à atividade política, ou mesmo sobre a economia do Brasil, dos estados e das cidades?

Quantos leem obras que se propõem a explicar o passado e o presente do Brasil e do mundo e a projetar um futuro a partir das decisões hoje tomadas?  

Quantos leem uma obra literária - qualquer uma - para expandir seu conhecimento de mundo?

Quantos de nós acreditam piamente nas correntes, outrora de e-mail, agora de WhatsApp?

Num ambiente assim, votar seguirá por muito tempo um fardo para parte expressiva da população e seguiremos com presidentes marcados pela falta de legitimidade adequada e governos como equilibristas numa eterna corda bamba.

Tendo agora o Brasil escolhido um projeto claramente autoritário e sem que se tenha discutido amiúde as propostas que ele traz, é hora do povo brasileiro começar a se interessar pelo que ocorre em Brasília e que se reflete em todo lugar. É hora de gostar de ler, de acompanhar noticiários, de se inteirar do que o Congresso anda votando e tentar finalmente conhecer o que pretende o próximo presidente.

Mais: é hora de conhecer e se apaixonar por nossa Constituição.

É assim que fortalecemos uma combalida democracia e impedimos que maus políticos nos iludam a cada eleição para nos desiludir ainda no primeiro ano pós-voto, transformando a governabilidade em inferno e nossas vidas em verdadeiro martírio.

Depende de nós evoluirmos como nação. Quantos de nós estamos dispostos a assumir essa responsabilidade?

Manchetes do dia (29/10)

A manchete do bem: Dinheiro está voltando ao Brasil, afirma executivo da Bolsa de NY.

As outras: Ascensão da direita nacionalista ocorre em todo o mundo, Em guerra econômica, milhões são jogados à fome no Yêmen e Mercosul é 'ideológico' e não é prioridade, afirma Paulo Guedes.

Bom dia a todos!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (10/29)

The headline for good: 'Long overdue': Woman maligned after she was raped receives apology from police commissioner.

The others: Jair Bolsonaro, far-right populist, elected president of Brazil, Two Powerball winners share $688 million; one ticket came from a bodega in Harlem and Quiet day at a Pittsburgh synagogue became a battle to survive.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 28 de outubro de 2018

Acaso atuando


Um esbarrão e o destino de duas pessoas foi totalmente modificado. Duas, não, muitas. Esse é o mote do filme biográfico Legalize Já - A Amizade Nunca Morre que conta como os artistas Skunk e Marcelo D2 se conheceram e dali partiram para o Planet Hemp.

Em filme biográfico não há como dar spoilers. É a própria vida que impõe a descoberta antecipada do que vai acontecer. Skunk morreu e o Planet Hemp decolou sem ele. Mas os detalhes das lutas diárias e dramas que envolveram os dois desconhecidos que viram amigos de fé, com algumas pitadas de comédia, traz para o patamar da humanidade a banda e os artistas de sucesso, já que esse mesmo sucesso promove uma certa glamourização da realidade.

Engraçado que eu esbarrei neste filme também por acaso. Estava com entradas com vencimento para aquele dia no Moviecom e não poderia assistir à sessão de outro filme desejado em virtude do horário. Sim, o Moviecom tem a péssima política de só passar filmes dublados, deixando os poucos legendados para as sessões que ameaçam invadir a madrugada. Daí eu deixar para ver apenas filmes nacionais por lá. Calhou desse estar em cartaz no dia e no horário desejados. Gostei muito do resultado e até minha percepção sobre Marcelo D2 saiu dali muito modificada. O acaso atuo até neste aspecto.

Apesar de algumas pequenas confusões com aspectos da história nacional - fazer um filme que se passa há mais de 20 anos exige um certo rigor na pesquisa que nem sempre aparece para todo mundo -,  vale a pena conferir os 90 minutos dessa biografia na telona. Ainda que o Moviecom insista que sua sala 2, com braços descascados em algumas poltronas, é uma sala "semi-vip". 

Sem sentir


136 minutos que passam agradavelmente. Essa sensação é o que nos invade com o filme Nasce uma Estrela (A Star is Born), de dirigido por Bradley Cooper.

E que direção! Já gosto de Bradley Cooper como ator. Sempre se arrisca. Eu o conheci ainda quando atuava na TV americana. Depois que mudou o local de trabalho para Hollywood não me decepcionou. Pelo contrário, tenho em alta conta seu trabalho em O Lado Bom da Vida.

Neste filme, como ator e diretor, ele arrasou. Um personagem difícil de acertar o tom, mas ele não escorregou em momento algum. Nem nas angústias, nem no entusiasmo da paixão, nem na depressão de quem afunda a própria vida e dos que estão próximos.

De Lady Gaga, eu já esperava talento. Sim, ou alguém imagina que interpretar esse personagem que ela criou para cantar músicas pop é algo simples como comprar pão na padaria? Mas ela esteve muito bem. Convenceu na fase pré-fama do filme. Convenceu  na fase deslumbrada da fama. Convenceu na batida humana mesmo na fama. E como ver o verdadeiro rosto de Lady Gaga (ou seria Stefani Germanotta?) teve um impacto super positivo. Adorei!

O filme transcorre com leveza quando tem de ser leve e até na crueza da realidade. 

Não preciso dizer que chorei. Chorei muito. E fui acompanhada por todos que estavam na sessão. Desde Em Busca da Terra do Nunca eu não ouvia tantos soluços de quem chorava copiosamente.

Também não tenho do que reclamar. Trilha sonora na medida, atuações na medida e filmagem também na medida.

É sabido que o filme é um remake. A estória original é de 1937, com outros remakes em 1954 com Judy Garland e 1976 com Barbra Streisand.  Não vi nenhuma delas, mas o The New York Times descascou a de 1976.

Mas a versão de 2018 não tem defeitos. Desde a escolha de Lady Gaga e sua incrível metamorfose mais humana para atuar, até a decisão de close-up em várias cenas, como a dos shows, especialmente os iniciais.

Outra curiosidade é que o público de todos os shows eram reais, pois foram emprestados de festivais como o Coachella. Talvez venha daí o total convencimento passado por Nasce uma Estrela.

Recomendo e já aviso que é melhor não deixar para o próximo fim de semana porque o filme já está há um tempinho em cartaz e tudo que é bom tem fim.

Podcast: Falta pouco

As definições da 2.ª divisão do estadual, os técnicos contratados para a 1.ª divisão, os rumos de ABC e América agora.


Na hora da urna

Mais um dia de festa da democracia. Que dia maravilhoso! 

É bem verdade que não chegamos todos assim tão alegres para votar. Há quem não goste e encare o voto como obrigação. Eu não. Entendo que votar é escolher dentre as propostas de futuro se não a melhor, pelo menos aquela que menos prejuízo trará.

Nosso país ainda tem muita estrada a percorrer nos caminhos da democracia rumo a uma vida melhor para cada um e cada uma de seus cidadãos e suas cidadãs. Mas é só a democracia que pode nos levar de fato até lá. E quanto mais nos envolvemos, quanto mais cobramos, quanto mais fiscalizamos, mais aceleramos o passo rumo ao nosso destino.

Precisamos evoluir como nação, como sociedade. Respeitarmos filas, por exemplo, seria um bom ponto de partida.

Também precisamos de amadurecimento político para deixarmos de cair no conto do vigário de que existe um salvador da pátria a cada quatro anos. Não há. Nós todos somos salvadores da pátria. Nas filas, no trânsito, nas redes sociais. Sempre que implantamos a partir de nós o respeito pelas pessoas e pelas leis que gostaríamos de ver nos outros. Sempre que nos aproximamos da tolerância e nos afastamos dos preconceitos que insistem em nos invadir. Sempre que devolvemos o troco a mais ou apontamos o erro para menos da conta recebida. 

A cada dia, a cada luta, a cada hora, nos tornamos mais humanos e vamos  também transformando a sociedade e a nação.

O voto canaliza essas mudanças. 

Nesta eleição, vimos um mundo mais feio. Fake news e robôs se passando por pessoas com o único intuito de destilar ódio. Se bem que isso talvez não seja de hoje, é verdade. Mas o pior foi que vimos pessoas assumindo a identidade de robôs com o único intuito de destilar ódio. Vimos pessoas aplaudirem discurso que lembra coisas tristes que o Brasil e o mundo viveram num passado nem tão distante assim. 

Mas o povo brasileiro não é de ódio. Somos conhecidos e reconhecidos mundialmente como um povo feliz, amável, hospitaleiro. Gostamos de abraço, de beijo, de festa, de rir alto, de dançar, de comemorar, de brincar. Gostamos de multidões, de gritar gol, de reunir a galera.

Não, isso não combina com discurso que vê coitadismo nas ações que denunciam as agruras por que passam miseráveis, negros, mulheres, índios, gays e todas as outras pessoas apenas por não se encaixarem no perfil do homem branco heterossexual de classe média alta. 

Isso também não combina com discurso que prega uma minoria tem que se adaptar à maioria, ou então desaparecer. 

Isso passa longe de combinar com discurso que aponta todos que não estão com determinado candidato como marginais vermelhos que devem ir para a cadeia ou deixar o país.

Isso também afronta invasões policiais a universidades para arrancar faixas contra o fascismo, a salas de aula para conferir o conteúdo da aula de professores Brasil afora e até a casa de estudantes para conferir o material didático utilizado para estudos.

Isso jamais combinará com tantos episódios de violência registrados por divergência política.

Isso jamais estará em consonância com ameaças a juízes e tribunais, seja com palavras chulas e ameaças de morte individuais, seja com a promessa de que apenas um soldado e um cabo são suficientes para fechar a maior corte do país, a corte constitucional, o STF, guardião maior de nossa Constituição, a Cidadã, portanto, guardião maior de nossa democracia, refúgio último do cidadão contra um Estado que não respeita as leis e o oprime.

Não, o Brasil não é assim. O povo brasileiro não é assim. 

Seguiremos hoje todos para as urnas, tão inexplicavelmente achincalhadas por um dos lados nesta eleição. É ali, na hora da urna, que a expressão de que todos somos iguais se faz mais presente. Ela não quer saber quanto de dinheiro você tem no bolso, se você é loiro, negro, gay, hetero, homem ou mulher, se é gordo ou magro, se comeu fartamente ou se está faminto, se é empresário, funcionário público, prostituta ou biscate, se é religioso ou ateu, se é doutor ou analfabeto. Ela só quer saber dos números que você vai apertar para definir que rumo devemos seguir pelos próximos quatro anos.

É nessa hora que somos todos absolutamente iguais. Valemos o que digitamos. E todos valem a mesma coisa: um voto. Que se soma a outro, e a outro, e a outro, e a outro... Todos assim, sem identificação, sem peso diferente. Todos iguais.

Daí o valor universal do sigilo do voto. E é neste momento quase confessional que muita gente reflete e vota no que lhe parece, ali, naquele momento, mais sensato.

Saímos todos com a boa sensação do dever cumprido e vamos apenas aguardar para saber quantos mais dos nossos irmãos de cidadania fizeram a mesma escolha que nós.

Neste domingo, na hora da urna, não deixe de refletir sobre a importância deste momento e quanto já não lutamos para que ele voltasse a ser garantido a todos os brasileiros num passado nem tão distante.

Há apenas 30 anos temos uma Constituição Cidadã. E esse pouquíssimo tempo já é o maior de nossa história em que a democracia de fato imperou no país. 

Ali, na urna, só você e a máquina, lembre de seu papel fundamental na formação da sociedade, da nação, do país que queremos, e não deixe que ninguém lhe tire também esse papel. Nossa democracia foi forjada a sangue, suor e muitas lágrimas. Não a entreguemos de mão beijada a quem nunca acreditou nela.

Vote. Vote com alegria. Vote com amor. E vote para que esta festa da democracia não seja a última. 

Manchetes do dia (28/10)

A manchete do bem: Comércio deve ter crescimento nas vendas e contratará 1,8 mil temporários.

As outras: Resultado das eleições será conhecido até as 20h, diz TRE,  Fórmula 85/95 para aposentadoria só vale até fim do ano e A hérnia de disco atinge mais de dois milhões de pessoas por ano, no Brasil.

Bom domingo, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/28)

The headline for good: A.I. is helping scientists predict when and where the next big earthquake will be.

The others: 11 killed in Pittsburgh synagogue massacre; suspect charged with 29 counts, How 'gardening while black' almost landed this Detroit man in jail and Cesar Sayoc, mail bombing suspect, found an identity in political rage and resentment.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sábado, 27 de outubro de 2018

Manchetes do dia (27/10)

A manchete do bem: Justiça determina que Alcanorte mantenha funcionamento de adutora.

As outras: STF e TSE criticam ações em atos nas universidades, Contratos do Fies poderão ser aditados a partir de segunda e Conta de luz terá bandeira tarifária amarela em novembro.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/27)

The headline for good: Federal government tells Catholic bishops not to destroy sex abuse documents.

The others: Trump's complaint: Bomb plot coverage overtakes his campaign rhetoric, Sri Lanka faces constitutional crisis as president unseats prime minister and Microsoft says it will sell Pentagon artificial intelligence and other advanced technology.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

"Com amor e sem medo"

A lição que Ulysses Guimarães nos deu e que serve neste momento sombrio que vive o Brasil.


Manchetes do dia (26/10)

A manchete do bem: Rodrigo Brum, chargista da Tribuna do Norte, recebeu ontem o prêmio Vladimir Herzog, na 40.a edição.

As outras: Comitê tentará destravar quase 15 mil obras no país, Liga desenvolve estudos sobre novas condutas e tratamentos contra o câncer e Passarela em Parnamirim será desmontada na próxima semana.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/26)

The headline for good: 200 years on, U.K. hunts for grave of man called world's 1st black sports star.

The others: Mikhail Gorbachev: A new nuclear arms race has begun, Pipe bomb investigation turns toward Florida as more Trump critics are targeted and University backed by George Soros prepares to leave Budapest under duress.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Manchetes do dia (25/10)

A manchete do bem: Temer libera R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura.

As outras: PF investiga ataques a ministros do TSE, Fecomércio pleteia novo voo charter para Natal e Decoração natalina custará R$ 2,1 milhões.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/25)

The headline for good: Japan and China, Asian rivals, are trying to get along.

The others: Pipe bombs sent to Hillary Clinton, Barack Obama and CNN offices, Slumping stock market enters negative territory for the year and New York sues Exxon Mobil, saying it deceived shareholders on climate change.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Manchetes do dia (24/10)

A manchete do bem: Preço da gasolina nas refinarias cai 3,8%.

As outras: Em 10 anos, estado perde 594 leitos do SUS, Peritos acham restos mortais de jornalista e Concursos de fotografia valorizam história de Natal e Parnamirim.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/24)

The headline for good: #MeToo brought down 201 powerful men. Nearly half of their replacements are women.

The others: Prince and president escalate battle over Khashoggi killing, Battling dementia, Sandra Day O'Connor leaves public life with plea for bipartisanship and 'Use that word!': Trump embraces the 'nationalist' label.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Fim da dívida

A informação é quentinha e oriunda de Canindé Pereira, assessor de imprensa do América.

"Em relação ao débito que o clube teria junto ao STJD, notícia veiculada no Twitter, informamos que o mesmo foi quitado no dia 15 de outubro conforme comprovante em anexo."


Manchetes do dia (23/10)

A manchete do bem: RN gera 1.726 novas vagas de emprego em setembro.

As outras: Atacar o Poder Judiciário é atacar a Democracia, afirma Dias Toffoli, TSE e TREs pedem respeito às instituições e Facebook remove páginas e contas.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte 

Today's headlines (10/23)

The headline for good: How the Blockchain could break big tech's hold on A.I..

The others: Ryanair under fire for ignoring passenger's racist rant, Paying a 'resort fee' when you're not a resort and At rallies and online, transgender people say they #WontBeErased.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Marina me representa

Nessa tarde, Marina Silva, candidata à presidência pela Rede Sustentabilidade, publicou no Facebook seu posicionamento neste 2.º turno das eleições presidenciais, que segue abaixo. Há tempos não via uma opinião para expressar quase 100% do meu pensamento.

Por isso, já alerto: Marina Silva me representa.

POSICIONAMENTO NO SEGUNDO TURNO

Neste segundo turno a Rede Sustentabilidade já recomendou a seus filiados e simpatizantes que não votem em Bolsonaro, pelo perigo que sua campanha anuncia contra a democracia, o meio-ambiente, os direitos civis e o respeito à diversidade existente em nossa sociedade.

Do outro lado, a frente política autointitulada democrática e progressista não se mostra capaz de inspirar uma aliança ou mesmo uma composição. Mantém o jogo do faz-de-conta do desespero eleitoral, segue firme no universo do marketing, sem que o candidato inspire-se na gravidade do momento para virar a própria mesa, fazer uma autocrítica corajosa e tentar ser o eixo de uma alternativa democrática verdadeira. Alianças vêm de propósitos comuns, de valores políticos e éticos, de programas e projetos compartilhados, que só são possíveis em um ambiente de confiança em que, diante de inaceitáveis e inegáveis erros, a crítica é livre e a autocrítica é sincera.

Cada um de nós tem, em sua consciência, os valores que definem seu voto. Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica. Mas é meu dever ético e político fazê-la.

Importa destacar que, como já afirmei ao final do primeiro turno, serei oposição, independentemente de quem seja o próximo presidente do Brasil, e continuarei minha luta histórica por um país politicamente democrático, economicamente próspero, socialmente justo, culturalmente diverso, ambientalmente sustentável, livre da corrupção, e empenhado em se preparar para um futuro no qual os grandes equívocos do modelo de desenvolvimento sejam superados por uma nova concepção de qualidade de vida, de justiça, de objetivos pessoais e coletivos. O meu apoio à Operação Lava-Jato, desde o início, faz parte dessa concepção, na qual o Estado não é um bunker de poder de grupos, mas um instrumento de procura do bem público. 

Vejo no projeto político defendido pelo candidato Bolsonaro, risco imediato para três princípios fundamentais da minha prática política: primeiro, promete desmontar a estrutura de proteção ambiental conquistada ao longo de décadas, por gerações de ambientalistas, fazendo uso de argumentos grotescos, tecnicamente insustentáveis e desinformados. Chega ao absurdo de anunciar a incorporação do Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura. Com isso, atenta contra o interesse da sociedade e o futuro do país. Ademais, desconsidera os direitos das comunidades indígenas e quilombolas, anunciando que não será demarcado mais um centímetro de suas terras, repetindo discursos que já estão desmoralizados e cabalmente rebatidos desde o início da segunda metade do século passado.

Segundo, é um projeto que minimiza a importância de direitos e da diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência, à discriminação. Por fim, em terceiro lugar, é um projeto que mostra pouco apreço às regras democráticas, acumula manifestações irresponsáveis e levianas a respeito das instituições públicas e põe em cheque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988.

Por sua vez, a campanha de Haddad, embora afirmando no discurso a democracia e os direitos sociais, evocando inclusive algumas boas ações e políticas públicas que, de fato, realizaram na área social em seus governos, escondem e não assumem os graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava-Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta. Os dirigentes petistas construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática e sempre autocomplacente: as realizações são infladas, não há erros, não há o que mudar.

Ao qualificar ambos os candidatos desta forma, não tenho a intenção de ofender seus eleitores, milhões de pessoas que acreditam sinceramente em um deles ou que recusam o outro, com muitas e justificadas razões. E creio que os xingamentos e acusações trocados nas redes sociais e nas ruas só trazem prejuízos à democracia, mas é visível que, na maioria das vezes, essas atitudes são estimuladas pelos discursos dos candidatos e de seus apoiadores. A política democrática deve estar fortemente aliançada no respeito à Constituição e às instituições, exercida em um ambiente de cultura de paz e não-violência.

Outro motivo importante para a definição e declaração de meu voto é a minha consciência cristã, valor central em minha vida. Muitos parecem esquecer, mas Jesus foi severo em palavras e duro em atitudes com os que têm dificuldade de entender o mandamento máximo do amor.

É um engano pensar que a invocação ao nome de Deus pela campanha de Bolsonaro tem o objetivo de fazer o sistema político retornar aos fundamentos éticos orientados pela fé cristã que são tão presentes em toda a cultura ocidental. A pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça, faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza, da coesão social e da civilização. Não é um retorno genuíno ao mandamento do amor, é uma indefensável regressão e, portanto, uma forma de utilizar o nome de Deus em vão.

É melhor prevenir. Crimes de lesa humanidade não têm como se possa reparar. E nem adianta contar com o alívio do esquecimento trazido pelo tempo se algo irreparável acontecer. Crimes de lesa humanidade o tempo não apaga, permanecem como lição amarga, embora nem todos a aprendam.

Todas essas reflexões me inquietam, mas mostram o caminho da firmeza, do equilíbrio na análise e a necessidade de pagar o preço da coerência, seja ele qual for.

E assim chegamos, neste segundo turno, ao ponto extremo de uma narrativa antiga na política brasileira, a do "rouba, mas faz" e depois, do "rouba, mas faz reformas", mas ajuda os pobres, mas é de direita, mas é de esquerda etc.. De reducionismo em reducionismo, inauguramos agora o triste tempo do "pelo menos".

Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, "destroem sempre que surgem", "banalizando o mal", propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, "pelo menos" e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas de proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad.

Melhoramos

Se é certo que ainda há muito a fazer, também não podemos fechar os olhos para o avanço brasileiro em termos de educação, habitação e mesmo em relação ao progresso material de todas as classes sociais entre 1995 e 2015 - em 20 anos, portanto - como apontaram dados do Plano CDE e o IBGE utilizados pelos autores do livro O Brasil Mudou Mais do que Você Pensa, pesquisadores que são da Fundação Getúlio Vargas.

A revista Veja de 03/10/18 (páginas 74 e 75) trouxe alguns dados em gráfico para ilustrar esse avanço, que passo a listar aqui.

O número de brasileiros no ensino superior aumentou 2,6 vezes nas classes A e B (de 1,7 milhão para 4,4 milhões) e impressionantes 24 vezes nas classes C, D e E (de parcos 87 mil para 2,1 milhões).

A escolaridade média também subiu. Saiu de 3,9 anos para 8,4 anos nas classes D e E, de 5,4 anos para 9,7 anos na classe C e de 8,2 anos para 11,6 anos nas classes A e B.

O perfil das moradias brasileiras também foi bastante modificado. Eram 1,6 milhão de domicílios com um ou dois cômodos (dentre sala, quarto e cozinha) apenas. Esse foi o único número que caiu - 1,1 milhão em 2015.

Já os domicílios com seis a dez cômodos saltaram de 9,5 milhões para 21 milhões. E com três a cinco cômodos saíram de 14,3 milhões para 27,3 milhões.

Em relação ao progresso material, a reportagem mostrou a porcentagem de domicílios com máquina de lavar roupa. Nas classes D e E, eram 5% e passaram a 35%. Na classe C, os 10% de domicílios com o eletrodoméstico passaram a 53%. E nas classes A e B, o salto foi de 42% para 79%.

Se falássemos em aparelhos de celular, aí seria assustador. 

Não custa nada lembrar que esse avanço se deu dentro do mais longo período de democracia que este Brasilzão já viu - estes 30 anos da Constituição Cidadã. Tem como não ser fã da democracia?

Explicando o liberalismo

Mario Vargas Llosa, 82 anos, escritor peruano ganhador do Nobel de Literatura e defensor do liberalismo, explicou o conceito deste numa entrevista a Veja de 03/10/18 (páginas amarelas). Vale relembrar.

Houve dois movimentos que deturparam o conceito liberal: um à esquerda e o outro à direita. Ele foi usado de forma muito arbitrária por partidos reacionários e conservadores, e também por aqueles que patrocinaram ditadores, como foi o caso do Somoza, na Nicarágua, que se dizia um liberal. Ocorre que há uma grande diferença entre um governo liberal e um governo que empreende algumas medidas de abertura econômica. A liberdade é inseparável do liberalismo. E a liberdade não pode ser só liberdade econômica: deve avançar ao mesmo tempo nos campos econômico, político, social e cultural. Por mais que um regime autoritário empreenda certas políticas de mercado, não pode ser chamado de liberal. Nem Pinochet, nem os militares argentinos, tampouco os generais desenvolvimentistas brasileiros foram liberais.

Manchetes do dia (22/10)

A manchete do bem: Fala de Eduardo Bolsonaro é golpista, diz Celso de Mello.

As outras: Dona de direitos do Brasileiro tem sede em paraíso fiscal, Governo Trump quer excluir existência de pessoas transgênero da lei federal e Faculdades privadas querem que o novo governo aumente Fies em 10 vezes.

Bom dia a todos!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (10/22)

The headline for good: The week in tech: Executives pull out of Saudi conference.

The others: 'Transgender' could be defined out of existence under Trump administration, Turkey's president vows to detail Khashoggi's death 'in full nakedness' and Miscarrying at work: The physical toll of pregnancy discrimination.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 21 de outubro de 2018

Parece brincadeira

Aparentemente, a Copa 2018 já está muito distante da memória da imprensa esportiva. Pelo menos é o que se depreende de reportagem da Tribuna do Norte deste domingo.

A reportagem exalta uma tal solidez defensiva do time de Tite, que não toma gols há 4 partidas. Pelo jeito, a memória falhou sobre o time brasileiro. É que o Brasil chegou à Copa como adversário irresistível dos seus pares das Américas, especialmente da parte sul. 

Agora exaltam uma tal solidez defensiva porque o Brasil não tomou gols contra Estados Unidos, El Salvador, Arábia Saudita e Argentina. 

O sofrimento brasileiro na Copa se deu contra adversários europeus. Portanto, qual (quais) dos adversários dos últimos amistosos é (são) europeu(s)?

É muita boa vontade para se iludir...

Boa experiência

A expectativa era grande, mas a divulgação não foi adequada. Para se ter uma ideia, eu só adquiri ingresso para o show do Balão Mágico na véspera. Muita gente deixou de ir por nem saber que o evento ocorreria.

Mas ele aconteceu. Mike, Toby e Simony, da formação original que encantou com músicas como Galinha Magricela, Ursinho Pimpão, Oh, Suzana, Você e Eu e por aí vai fizeram trintões e quarentões cantar e dançar com o mesmo entusiasmo de 33 anos atrás quando estiveram no finado Castelão em Natal.

Dos três, Toby é o que ainda mantém a inocência de criança. Sua voz é a que mais lembra o tom original das músicas, embora obviamente tenha amadurecido. 

Mike parece bem à vontade com várias funções no palco - também ataca de percussionista.

E Simony... Bem, Simony sempre foi Simony. É a estrela principal. Troca de roupa algumas vezes e domina a cena, inclusive com humor.

O trio esbanjou simpatia o tempo inteiro. Simony deixou logo bem claro que tiraria fotos com todo mundo que ali estava no pós-show. 

Eu só não gostei de uma certa falta de profissionalismo. Apostaram muito na emoção e deixaram detalhes técnicos importantes de fora, como um roteiro para o show. Havia momentos em que não se sabia quem dos três iria falar com o público. Num determinado instante me pareceu bem claro que Mike enchia linguiça - pela repetição das palavras - para dar tempo da troca de figurino de Simony.

O próprio início do show teve que parar e começar de novo por falha. 

Fora as inúmeras vezes em que um dos três errou a letra. Numa, Simony mesmo deixou claro o erro. Noutras, ouvimos palavras desencontradas com os três cantando ao mesmo tempo. E ainda houve aqueles erros de não saber até onde iria a repetição do refrão ou de uma parte dele.

Se o trio pretende encarar mesmo um retorno à carreira - merecido, afinal as letras são de extremo bom gosto -, levar a coisa a sério principalmente em shows em lugares como o Teatro Riachuelo, que não tem pena do bolso alheio, é vital para o devido sucesso.

Como sempre faço, compartilho alguns momentos abaixo. Muita gente voltando a ser criança.
































































Gostei e não gostei

Fiquei devendo uma análise sobre a estreia do América na Copa do Nordeste Sub-20 na última sexta-feira. Antecipei algumas coisas no Podcast de hoje sobre o futebol e vamos a mais detalhes por aqui.

Primeiro, o América me pareceu organizado no jogo. Até tomar o gol, foi o senhor das ações do jogo. No segundo tempo, também, embora já não mais com tanta organização como no primeiro tempo.

Gostei desses 20 minutos iniciais dentro da nova realidade do futebol, cada vez mais parecido com handebol. O Fortaleza passou poucas vezes da linha divisória do gramado. E ainda tinha torcedor do América gritando para o treinador tirar a equipe de trás...

Não gostei da atuação de 2 jogadores especificamente: o zagueiro Matheus Machado e o volante Rennan. Este último demonstrou enorme dificuldade para dominar bolas e matou vários ataques de sua equipe. O zagueiro parecia estar no mundo da lua e tomar sempre a decisão errada.

Também não sou fã do esquema com 3 zagueiros, especialmente se os alas são frágeis na subida ao ataque. Murici e Diego não funcionaram como pontas como esperado, embora tenham atuado bem quando apareceram ofensivamente. Só que o buraco defensivo principalmente com Murici foi maior do que qualquer benefício alcançado, tanto que o gol adversário começou pelo lado direito americano.

Sobre Ewerton, Anthony e Thyago. Ewerton é um goleiro pronto e está naquele momento ideal para que a experiência confirme e até aumente seu potencial. Neste jogo, demonstrou os efeitos da falta de ritmo e nem assim comprometeu. Muito pelo contrário, salvou a equipe com intervenções primorosas inúmeras vezes. O América precisa considerar seriamente sua escalação como titular da equipe principal sob pena de desperdiçar de vez o momento propício do jogador. É o mais sábio ensinamento da Imperatriz Leopoldina a D. Pedro I: "O pomo está maduro. Colhei-o já, senão apodrece".

Anthony e Thyago poderiam ter brilhado bem mais. Mas aqui também entra uma observação sobre o esquema do time. Anthony passou a atuar enfiado, como um atacante, e não foi assim que rendeu no ano passado no sub-19, quando foi responsável por muitas assistências da equipe, tendo feito de Marcelinho artilheiro. E Thyago, também enfiado, sofreu com poucos avanços pelas laterais da equipe. Quando o time decidiu cruzar mais pelas laterais com Garcia, Thyago já havia sido substituído por Ronald, que não tem a mesma característica. Daí eu não entender mais a escalação dos velhos camisas 9 se ninguém pretende deixá-lo na cara do gol. Isso vale para Thyago e para Max, este no time profissional.

Judson esteve muito bem no jogo, como esperado, especialmente na segunda etapa, quando livrou a equipe de muitos contra-ataques. Quem também entrou muito bem foi o zagueiro Álvaro, que mostrou segurança de titular na maioria esmagadora dos lances. Aliás, bem que Jocian poderia ter sacado Matheus para colocar Álvaro e deixado o esquema de 3 zagueiros para uma outra oportunidade, afinal, a derrota se avizinhava.

Em resumo, não gostei da escalação de Matheus e Rennan e não gostei de nenhuma mexida ter passado por esses dois jogadores que estavam bem abaixo no desempenho técnico. A ida de Murici para o meio também se revelou infrutífera durante a partida, mas foi corrigida. Achei prematura a saída de Leandro, que bem ou mal, aparecia muito pela esquerda, e de Anthony e Thyago. Também espero um pouco mais de efetividade em transformar o domínio de bola em chutes a gol. Agora é esperar que Jocian corrija essas falhas de avaliação e de desempenho e que o América conquiste um bom resultado já na segunda rodada para que uma sequência de resultados ruins não ameace a evolução da equipe. 

Potiguar 2019 na TV União

A Tribuna do Norte deste domingo trouxe reportagem de capa no caderno de esportes abordando a proposta feita pela TV União para transmitir o Campeonato Potiguar 2019 e eu resumo aqui o que a emissora pretende e o que acho sobre o assunto.

De acordo com o que li, a TV União pretende uma parceria com os clubes. 28 partidas do estadual seriam transmitidas em pay-per-view disponível apenas para assinantes da Cabo Telecom. Dos valores arrecadados mensalmente com os assinantes do pacote, uma porcentagem seria direcionada aos clubes por meio de conta da Federação Norte-rio-grandense de Futebol. Os clubes poderiam negociar livremente as placas dos estádios e, obviamente, a exposição de marcas em seus uniformes. E os assinantes da Cabo Telecom também não teriam qualquer fidelidade, podendo cancelar o pacote a qualquer tempo,

A emissora também pretende disponibilizar jogos pela internet (inclusive em aplicativos de smartphones e Smart TVs) para sócios torcedores dos clubes de uma modalidade específica, que dará direito de ver os jogos do seu clube fora da cidade de mando de campo. Também teriam direito de acesso à programação da Oldflix, que pertence à emissora.

Todo o custo de transmissão seria da TV União e os horários seriam os determinados pelos clubes em conjunto com a FNF. Segundo Manoel Ramalho, superintendente do canal, "a TV União não irá pedir para modificar o horário de nenhuma partida."

Apenas acredito que os clubes devem observar bem os dois lados dessa moeda. Primeiro, sem canal aberto, não há tanta exposição da marca para atrair patrocinadores. 

Segundo, a base de assinantes do sinal de TV da Cabo Telecom já não é a mesma de outras épocas. Não imagino que o pacote possa ser ofertado a quem assina apenas a internet, por exemplo. Logo, haveria o custo de assinar a TV e o custo de assinar o pay-per-view, isso para um campeonato que acaba num espirro.

Terceiro, e até pelo exposto no segundo ponto, o grande boom de assinaturas ficaria com bares, o que de novo tiraria público e dinheiro dos clubes.

Acredito firmemente que esta é a hora dos clubes investirem em suas próprias plataformas de transmissão, como o América tem feito com a TV Mecão. A menos que uma emissora de sinal aberto queira realizar uma transmissão que aumente a captação de patrocinadores, esse deve ser o caminho. Acreditar em boom de pay-per-view de um estadual que caminha para a falência pode se revelar mais um belo tiro no pé.

Quando vamos superar?

A pergunta, além de pertinente, é preocupante. A angústia de não ter uma resposta traz um agravante - vamos superar?

Refiro-me a essa onda louca que transformou jornalistas e órgãos de imprensa em mentirosos contumazes e aquela mensagem escrita ou em vídeo encaminhada por números mil no WhatsApp em verdade absoluta, inabalável. 

Os Estados Unidos ainda não se encontraram a esse respeito. Desde a campanha que elegeu Donald Trump, que, sem o menor dos escrúpulos, defenestra os profissionais da imprensa que ousam publicar qualquer verdade que lhe cause desgosto, os americanos não sabem mais o que é paz. A divisão estimulada pelo chefe da nação já ameaça aquela que é tida como a maior democracia do mundo.

O roteiro segue aplicação exata no Brasil. A única exceção é que lá, Donald Trump não se recusou a comparecer a debates para se escorar apenas numa rede clandestina de ataques virulentos ao gosto de Steve Bannon e Cambridge Analytica. Aqui, Jair Bolsonaro segue confortavelmente subvertendo a democracia. As urnas são uma fraude, a eleição é uma fraude, debates são uma fraude. Dinheiro de caixa 2 (aquele que não é declarado à Justiça Eleitoral) para financiar impulsionamentos de mensagens pode. Fazer campanha em prédio público também pode. Negar o que disse, depois dizer de novo, e negar novamente também. 

No Brasil, impera o silêncio do candidato que lidera a campanha para a presidência a respeito de propostas concretas. Tanto dele como de seu vice e de seu guru econômico. A regra é evitar qualquer declaração sobre o que virá a partir de 2019 e que cause polêmica. Para que arriscar votos se o povo prefere a ilusão do salvador da pátria? Se o que basta é apenas aquele ser mitológico receber a faixa presidencial e tudo estará resolvido? (Isso lembra alguém?)

Vejo gente dizer, com alegria, que a programação de TV, especialmente da Globo, não será mais como tem sido. Outros propagam o fechamento de jornais, como a Folha de S.Paulo. Ou seja, defendem com entusiasmo a censura. Acham que há espaço no Século XXI para uma volta a 1964.

Outros defendem que uma religião determine o modo de viver de todos os cidadãos, sejam eles adeptos ou não daquela seita. 

Há também os que sonham com um país em que cada cidadão tenha uma arma pronta a ser disparada sempre que seu detentor entenda estar em perigo, o que pode acontecer no trânsito, no meio da rua, numa festa, dentro de casa. Talvez até no meio do sono.

Não consigo entender o que leva uma pessoa a acreditar que ter uma arma é proteção. Um fuzileiro naval da reserva tinha duas e foi morto nessa semana dentro de casa no RN. Levaram as armas. O próprio Bolsonaro estava arrodeado de gente armada e ainda assim foi esfaqueado.

Não temos mais discussões. A qualquer argumento contrário, basta disparar "fake news". "Mas foi o seu candidato que falou isso em entrevista ao vivo!". "Montagem, truncagem, mentira, mídia vendida, gente que vive do dinheiro desviado da Lei Rouanet.

E assim, a desfaçatez do discurso dito e negado. A clareza do jogo sujo. A verdade da mentira ou a mentira da verdade. 

Como ou quando superaremos isso? Superaremos? Queremos superar?

Livros, jornais, revistas, canais de TV, estações de rádio, todos fadados a uma insana fogueira inquisitorial.

Ah, mas isso não começou agora. Não mesmo. Essas coisas começam devagarinho. Às vezes até achamos engraçadinhas quando vêm do lado que apoiamos. O problema é que tais coisas crescem sem anteparos e terminam por nos engolir a todos.

Como voltaremos a ser uma democracia plena em que a liberdade de expressão seja respeitada, e também respeite a dignidade da pessoa humana, e seja defendida até por quem não concorda com o que está sendo dito, como tão sabiamente Voltaire pregava?

Quando olharemos para os nossos próximos sem receio, mas com compaixão pela dor alheia?

Quando entendermos que esse mundo virtual não nos dá licença para a selvageria desmedida e que faz com que sejam ditas, ou escritas, coisas que jamais seriam faladas cara a cara?

Libertar-nos-emos desse hipnótico mundo virtual que nos afasta da realidade e nos joga em bolhas intransponíveis?

Temo dizer aqui que não vislumbro resposta a tais perguntas. E sei que muitos como eu vivem uma angústia que não passa pelos rumos que estamos tomando como civilização.

O que nos resta é tentar manter o mínimo de lucidez, de sanidade mental, para não sermos tragados de vez para dentro dessa bolha. 

A humanidade tem que superar esse apocalipse da consciência. Se assim não for, abriremos mão de toda a evolução iluminista em nome de conhecimento raso, rápido e absolutamente enganador. Será o fim, não de uma geração, ou de uma nação, mas da humanidade como projeto em constante evolução. E o famoso livre arbítrio nos fará abrir mão da racionalidade e escolhermos voluntariamente a irracionalidade, irmanando-nos com os animais tidos como menos evoluídos. Que triste fim!

Podcast: Primeiros sinais

A temporada 2019 começa a mostrar seus primeiros sinais aqui no RN.


Manchetes do dia (21/10)

A manchete do bem: PF vai investigar notícias falsas a pedido do TSE e PGE.

As outras: Câncer: número de mortes triplica em 15 anos no RN, TV União faz proposta para transmitir o Campeonato Estadual 2019 e Mostra Senai de Arquitetura aborda soluções baratas para decorar a casa.

Bom domingo, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/21)

The headline for good: Immune-based treatment helps fight aggressive breast cancer, study finds.

The others: Saudis' image makers: a troll army and a Twitter insider, Afghanistan votes for parliament under shadow of violence and Stone Mountain: the largest Confederate monument problem in the world.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sábado, 20 de outubro de 2018

Podcast: Cilada

A cilada em que nós nos metemos nestas eleições.


Podcast às 15h

O Podcast de ontem, sobre assuntos variados, e que ficou para hoje, vai ao ar às 15h.

Até lá.

Manchetes do dia (20/10)

A manchete do bem: Crânio de Luzia é encontrado nos escombros do Museu Nacional.

As outras: Governo saudita confirma morte de jornalista Jamal Khashoggi, TSE deve anunciar medidas contra fake news e TCE alerta governador por alto gasto com pessoal.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/20)

The headline for good: In 2020, Democrats expect a female front-runner. Or three.

The others: Disinformation spreads on WhatsApp ahead of Brazilian election, Saudi Arabia says Jamal Khashoggi was killed in Consulate fight and Elton John stays fleshy on the long road to farewell.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Podcast amanhã

Excepcionalmente o Podcast de hoje sobre assuntos variados vai ficar para amanhã à tarde, muito provavelmente às 15h.

Até lá.

Manchetes do dia (19/10)

A manchete do bem: Aquecimento global é tema de encontro.

As outras: No RN, Exército investiga caso de intolerância política em alistamento, 13.° salário vai aquecer economia com R$ 211 bilhões e Ex-comandante da PMRN foi assaltado e registra boletim de ocorrência (e as armas?).

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (10/19)

The headline for good: In shift on Khashoggi killing, Trump edges closer to acknowledging a Saudi role.

The others: A conservative group's closed-door 'training' of judicial clerks draws corcern, The public student loan forgiveness rescue hasn't gone well so far and Women get feet in the door of the car design boys' club.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times