quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

"Completa falta de bairrismo dos potiguares"

O presidente do América Eduardo Rocha bateu duro no que chamou de falta de bairrismo dos torcedores norte-rio-grandenses por ocasião de entrevista à Tribuna do Norte desta quinta-feira (página 16). Há outros pontos interessantes também. Vamos aos trechos, conforme grafados na publicação:

O América ficou no segundo grupo da Timemania para esse ano. Não conseguimos nos enquadrar entre os vinte primeiros para ascender de grupo. Mas o que chama a atenção no levantamento que realizamos é que juntando as apostas realizadas em América e ABC, não supera o número de apostas realizadas dentro do nosso próprio estado em Flamengo e Corinthians, por exemplo. Isso demonstra uma completa falta de bairrismo dos potiguares. Estes eram para concentrar um maior número de apostas nos clubes locais, até por quê estes necessitam mais desse tipo de verba. (...) Está muito difícil fazer futebol. O torcedor deveria apostar mais nas equipes daqui, não ficar apenas exigindo da diretoria a montagem de um elenco forte. Da forma que está a conta não fecha, o futebol é uma atividade cada vez mais inflacionada e os nossos meios de capitação de recursos estão cada dia mais limitados. Precisamos que o torcedor aposte na gente na Timemania e que também se associe ao clube. Essa é a melhor forma de ajudar. (...) Meu nome está na mesa para disputar a presidência da Liga, a eleição ocorrerá em abril e o caso eleito eu assumo o cargo em outubro. Nossa maior vitória foi a realização da Copa do Nordeste sub-20 e agora conseguimos convencer a CBF a realizar a competição para as categorias sub-17 e sub-15, que vão ocorrer a partir desse ano. Do jeito que o mercado do futebol está inflacionado, a grande saída para os clubes nordestinos é apostar definitivamente na revelação de talentos. (...) O América estreou com derrota para o Santos na Copinha. Mas isso é justificável se levarmos em consideração que, além da qualidade do trabalho desenvolvido pelos clubes paulistas, eles já realizaram em torno de 60 partidas na temporada. Enquanto nosso clube sequer chegou a metade disso."

4 comentários:

  1. Acho q Eduardo Rocha está equivocado. Não acredito que o torcedor que vai ao estádio, até mesmo aqueles americanos ou abcdistas que não vão a todos os jogos, não sairiam de casa para marcar times de fora na timemania. A realidade ja comprovada em pesquisas, é que estes que marcam Flamengo ou Corinthians, não vão aos jogos de times locais. E a história já provou que evoluímos muito no aspecto "torcer pros times locais". Lembro que quando era criança comprei uma camisa vermelha do Internacional porque nas lojas de esporte em Natal, não vendia camisas do America. Esse anti-bairrismo tem que ser depositado na conta dos mais antigos, que veneram o campeonato carioca. Natal parava pra assistir, hoje nem tanto, passa até despercebido. Outro culpado é a imprensa escrita e radiofônica, que tinha até pouco tempo noticiário e plantão esportivo dos times do Rio de Janeiro. Eu, minha esposa , meu pai e meu filho, só torcemos pelo America de Natal.

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  2. Acho q Eduardo Rocha está equivocado. Não acredito que o torcedor que vai ao estádio, até mesmo aqueles americanos ou abcdistas que não vão a todos os jogos, não sairiam de casa para marcar times de fora na timemania. A realidade ja comprovada em pesquisas, é que estes que marcam Flamengo ou Corinthians, não vão aos jogos de times locais. E a história já provou que evoluímos muito no aspecto "torcer pros times locais". Lembro que quando era criança comprei uma camisa vermelha do Internacional porque nas lojas de esporte em Natal, não vendia camisas do America. Esse anti-bairrismo tem que ser depositado na conta dos mais antigos, que veneram o campeonato carioca. Natal parava pra assistir, hoje nem tanto, passa até despercebido. Outro culpado é a imprensa escrita e radiofônica, que tinha até pouco tempo noticiário e plantão esportivo dos times do Rio de Janeiro. Eu, minha esposa , meu pai e meu filho, só torcemos pelo America de Natal.

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  3. Discordo completamente (de Eduardo Rocha). A própria constituição nos garante esse direito: "ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo se não em virtude de lei". Então, cada um torce e aposta em quem bem entender. Se o produto local é de baixa qualidade, o menos culpado é o público que não comsome. Isso serve para: futebol, música, cinema, teatro, literatura, etc. Num passado não tão distante, o cinema nacional era motivo de chacota no nosso país. Só que após significativas melhorias tornaram-se um sucesso de bilheteria em todo o Brasil. No futebol, a Chapecoense é um grande exemplo que é possível vir de baixo e ascender no futebol brasileiro, bastando para isso: gestão, planejamento, visão de mercado e nada disso nossos dirigentes possuem. Enfim, com apenas esse discurso de que nasceu no RN tem que ajudar aos clubes locais, eu diria: está tudo como dantes no quartel de Abrantes.

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  4. É compravado nas pesquisas que o Flamengo tem a maior torcida de Natal, depois é que aparece o ABC e América respectivamente. Quer dizer, nem na capital nós conseguimos combater esse mal. O Flamengo na minha opinião é símbolo da alienação, as pessoas torcem pelo o Flamengo porque é o que passa na televisão aberta. Não existe uma explicação ideológica, é por osmose mesmo.

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