Ontem, Eduardo Rocha falou à Tribuna do Norte (capa do caderno de esportes) sobre a preocupação com o terrível momento do futebol nordestino em 3 séries do Campeonato Brasileiro.
Na Série A, a situação é um pouco melhor com Bahia em 14.° e Vitória em 16.°, embora ambos não estejam livres do risco de rebaixamento.
Na Série B, além de ABC e Náutico afundados na zona de rebaixamento, respectivamente lanterna e vice-lanterna, o Santa Cruz, em 18.°, mas com maiores chances de escapar, parecem fadados ao descenso.
E na Série C, com o ASA já rebaixado no grupo A, Botafogo, Salgueiro e Moto Club ainda lutam para ver quem dos 3 também vai cair para a Série D.
Destaco o seguinte do que Eduardo falou (com correções ortográficas e de pontuação):
"Imagino que a disparidade dos patrocínios dos clubes do Sul e do Sudeste leva a esse fosso. O disparate financeiro e as cotas distribuídas levam a essa diferença técnica. Esse é um dos motivos. Outra coisa que pode levar a isso é exatamente a falta de sequência das competições de base. Nossos campeonatos são curtos. Só para citar um exemplo, um garoto da base do Internacional ou São Paulo, que trabalham com meninos desde os 11 anos, joga pelo menos 70 vezes ao ano. Aqui, os nossos jogam 12. Isso leva a essa disparidade também."
Eu acrescento que, além da falta de investimento dos clubes, é preciso apontar o dedo para a FNF também. Alguém já deu uma olhada no gramado do Juvenal Lamartine, que é de responsabilidade dela? Irmão gêmeo daquele de Murici. E é esse gramado que a FNF disponibiliza para os poucos jogos da categoria de base. Tanto dinheiro arrecadado e nem um gramado decente - nem precisa ser de copa do mundo - a entidade que manda no futebol potiguar mantém no "seu" estádio.
Nem um campeonato com ida e volta é viabilizado. O sub-19, por exemplo, tem um estadual de 8 clubes que se enfrentam numa primeira fase de turno único que desemboca em semifinais olímpicas e, em seguida, duas finais para achar quem vai para a Copa São Paulo.
Para um futebol com parcos recursos em relação a outros centros, a saída está no futebol de base, seja para formar jogadores baratos para o time profissional, seja para negociar esses jogadores para fazer frente aos custos do time principal.
Não é possível uma cegueira tão absoluta a esse respeito aqui no RN.
Destaco o seguinte do que Eduardo falou (com correções ortográficas e de pontuação):
"Imagino que a disparidade dos patrocínios dos clubes do Sul e do Sudeste leva a esse fosso. O disparate financeiro e as cotas distribuídas levam a essa diferença técnica. Esse é um dos motivos. Outra coisa que pode levar a isso é exatamente a falta de sequência das competições de base. Nossos campeonatos são curtos. Só para citar um exemplo, um garoto da base do Internacional ou São Paulo, que trabalham com meninos desde os 11 anos, joga pelo menos 70 vezes ao ano. Aqui, os nossos jogam 12. Isso leva a essa disparidade também."
Eu acrescento que, além da falta de investimento dos clubes, é preciso apontar o dedo para a FNF também. Alguém já deu uma olhada no gramado do Juvenal Lamartine, que é de responsabilidade dela? Irmão gêmeo daquele de Murici. E é esse gramado que a FNF disponibiliza para os poucos jogos da categoria de base. Tanto dinheiro arrecadado e nem um gramado decente - nem precisa ser de copa do mundo - a entidade que manda no futebol potiguar mantém no "seu" estádio.
Nem um campeonato com ida e volta é viabilizado. O sub-19, por exemplo, tem um estadual de 8 clubes que se enfrentam numa primeira fase de turno único que desemboca em semifinais olímpicas e, em seguida, duas finais para achar quem vai para a Copa São Paulo.
Para um futebol com parcos recursos em relação a outros centros, a saída está no futebol de base, seja para formar jogadores baratos para o time profissional, seja para negociar esses jogadores para fazer frente aos custos do time principal.
Não é possível uma cegueira tão absoluta a esse respeito aqui no RN.
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