É impossível não se sentir assim durante a exibição de Polícia Federal, A Lei é para Todos, filme centrado em contar a história nada romântica da Operação Lava Jato. Todo tipo de falcatrua, ameaça, surpresa aparece. A arrogância dos investigados também.
Claro que o filme é inspirado em fatos reais, e isso quer dizer que há algum espaço para ficção, como a perseguição a Alberto Youssef escada abaixo num determinado hotel. Na vida real, o doleiro não foi tão esperto e nem tentou tal manobra.
Apesar de deixar o estômago embrulhado, típico de quando vemos algo revoltante, o filme é daqueles que devem ser assistidos, seja pela atuação do elenco (Ary Fontoura, por exemplo, conseguiu até olhar e andar como Lula em determinada cena), seja pela perspectiva da própria Polícia Federal na Lava Jato, já que se fala muito no Ministério Público Federal e até mesmo no juiz federal Sérgio Moro. E o destaque é merecido, afinal, é a PF que carrega o piano.
O filme se saiu bem no mar de informações disponíveis. E eu arrisco dizer que, pelo andar da carruagem, nós veremos muito em breve uma sequência para ele. Quem sabe até uma trilogia. Ou uma boa série na Netflix, como já ouvi falar. Só espero que na vida real o final seja feliz para esta nação.
P.S.: sobre o cartaz do filme que eu vi no cinema (imagem abaixo), as malas e caixas de Geddel transformaram a imagem (mãos algemadas segurando algumas notas de R$ 100) num rabisco de criança perto de um artista profissional, com todo o perdão do mundo aos artistas profissionais por tal comparação.
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