O dia amanheceu bem cerrado em Campos do Jordão. A vista linda do dia anterior no café da manhã sumiu. A serra desapareceu com tanta cerração. Do lado de fora, o vento até assustava.
Eu até queria sair cedo para aproveitar um pouco mais São Paulo, mas nem adianta muito tentar entrar em São Paulo tão cedo. Deus, o mundo e as cabras de Seu Raimundo estão tentando a mesma coisa. Para completar, minha menstruação resolveu se antecipar e com ela, as dores que me incapacitam. Tomei o remédio e fiquei encolhidinha esperando a dor melhorar.
Quando enfim ganhei cara de gente, pós-dor, banho e café da manhã, realizamos o check-out, colocamos as malas no carro, acertamos o GPS para a avenida mais famosa de São Paulo e partimos.
O frio ameaçava a sensibilidade das minhas mãos. Para completar, chovia bem fininho, mas o suficiente para desencorajar qualquer saída ao ar livre. Mas como deixar Campos do Jordão sem a tradicional foto no portal de entrada? Arranjei uma vaguinha quase um metro antes do portal e lá fomos nós no meio da cerração e do frio tirar a foto.
Aí foi só descer a serra. Se eu estava com medo na subida, quando o céu estava lindo, na descida, com uma cerração que impedia até de saber se ali na frente a estrada era reta ou curva... Momentos de tensão. Sorte é que, à medida que descíamos, a cerração melhorava.
A volta se deu pela famosa Rodovia Airton Senna. No começo, ela tem outro nome. Sim, passamos pelo trecho onde houve aquele terrível acidente no mês passado, quando duas carretas se envolveram numa batida com vários carros que terminou num grande incêndio. Mas no nosso caso tudo transcorreu na maior tranquilidade. Sem pedágio, sem grande movimento, só belas paisagens para acompanhar.
Eu até queria sair cedo para aproveitar um pouco mais São Paulo, mas nem adianta muito tentar entrar em São Paulo tão cedo. Deus, o mundo e as cabras de Seu Raimundo estão tentando a mesma coisa. Para completar, minha menstruação resolveu se antecipar e com ela, as dores que me incapacitam. Tomei o remédio e fiquei encolhidinha esperando a dor melhorar.
Quando enfim ganhei cara de gente, pós-dor, banho e café da manhã, realizamos o check-out, colocamos as malas no carro, acertamos o GPS para a avenida mais famosa de São Paulo e partimos.
O frio ameaçava a sensibilidade das minhas mãos. Para completar, chovia bem fininho, mas o suficiente para desencorajar qualquer saída ao ar livre. Mas como deixar Campos do Jordão sem a tradicional foto no portal de entrada? Arranjei uma vaguinha quase um metro antes do portal e lá fomos nós no meio da cerração e do frio tirar a foto.
Aí foi só descer a serra. Se eu estava com medo na subida, quando o céu estava lindo, na descida, com uma cerração que impedia até de saber se ali na frente a estrada era reta ou curva... Momentos de tensão. Sorte é que, à medida que descíamos, a cerração melhorava.
A volta se deu pela famosa Rodovia Airton Senna. No começo, ela tem outro nome. Sim, passamos pelo trecho onde houve aquele terrível acidente no mês passado, quando duas carretas se envolveram numa batida com vários carros que terminou num grande incêndio. Mas no nosso caso tudo transcorreu na maior tranquilidade. Sem pedágio, sem grande movimento, só belas paisagens para acompanhar.
Ainda que não existissem GPS e placas de trânsito, seria possível perceber a chegada a Guarulhos e principalmente São Paulo. O trânsito começa a encher. Filas maiores de carros, apesar de rápidas.
Na entrada mesmo, o trânsito começa a travar. Mas nada de buzinas enlouquecidas. Os motoristas estão acostumados ao passo lento.
Muita gente me pergunta sobre a paciência para dirigir em São Paulo e eu sempre respondendo que é em Natal que a paciência é mais necessária. Precisa trocar de faixa? É só ligar a seta e o educado motorista favorece a sua entrada. Aqui? Prepare-se para uma verdadeira guerra porque a seta fará com que todos os da faixa apontada acelerem para que você não entre na frente deles. Em São Paulo, o trânsito é mil vezes mais travado do que em Natal, mas trocar de faixa nunca foi problema.
Uns 10 minutos parada perto da entrada para o hotel Massis Five-Star, mas assim que peguei uma ladeirinha (comum em São Paulo), o trânsito fluiu e chegamos ao hotel. É bom deixar claro que ladeirinha é um diminutivo no estilo nordestino. Ou seja, é aunentativo; quer dizer "ladeira muito grande ou muito inclinada".
O Massis tem estacionamento gratuito (coisa rara na região da Paulista) para hóspedes. Vi o local e já passei direto para lá. Mas aí o manobrista me avisou que eu teria que fazer o check-in e entregar o carro ao manobrista do hotel mesmo. Direto no estacionamento, eu teria que pagar para deixar o carro. Em São Paulo, é coisa de R$ 12-15/hora. Voltei rapidinho para a entrada do hotel.
E o receio do carro ser roubado e eu não ter um recibo? Agoniei tanto o povo da portaria que eles aceleraram a entrega do dito cujo. Coisa de advogada brasileira desconfiada.
O pessoal do Massis é bastante atencioso e educado. O hotel foi indicação da gerente da CVC Tirol, que já tem ideia do meu nível de chatice, como expus em outra postagem. É um tanto quanto formal, com um ar mais clássico. O quarto tinha até sala ampla com TV. E a diária foi mais barata do que a da pousada em Campos do Jordão.
E a localização? De frente a ele, um shopping (Shopping Center 3) que é só atravessar para chegar à Av. Paulista, meu destino principal. Ainda tem outra saída pela Rua Augusta. Show de praticidade, fora o mundo de coisas no próprio shopping.
Assim que deixamos as malas, partimos em busca de um restaurante japonês por ali para almoçar. Conhecer o Takami aqui em Natal termina sendo uma coisa ruim porque o parâmetro sobe muito. Não gostei de nenhum por ali, nem mesmo no shopping. Também não estava em condições de andar um pouco mais até o shopping Frei Caneca, onde comi uma comidinha japonesa legal da última vez que estive em São Paulo.
Depois de muito rodarmos no Shopping 3, acabamos comendo um sanduíche num local em que escolhíamos tudo que ia dentro (Rizzo/Burger+). Sanduíches são sempre bons em São Paulo. Adorei.
Barriguinha preenchida, hora de ir atrás do meu verdadeiro objetivo ali: conhecer a Livraria Cultura (Conjunto Nacional). Até abri mão de ir ao querido Masp para tanto, já que o tempo da estada não me permitia passear pelos dois locais. A dica da livraria me foi passada por João. Já estava ansiosa.
Ao pisar na Paulista, sempre somos abordadas por alguém. Assim como em Orlando, quando comerciantes de quiosque identificam brasileiros de longe, na Paulista, turistas são alvo fácil. Dessa vez, a abordagem foi muito simpática. Era um pessoal do Greenpeace. Mas estávamos com uma certa pressa e nem paramos para ouvir a conversa.
Ao ler uma entrevista com o diretor de Malhação falando que precisou ensinar até os figurantes da atual temporada, que se passa em São Paulo, a andar, entendi como sou identificada. Todo mundo em São Paulo anda em ritmo apressado. Eu não ando assim nem quando estou apressada. Prefiro correr se preciso andar mais rápido. Logo, o povo de lá me vê andando e já sabe que não moro ali.
Rodamos para lá e para cá e nada de eu conseguir achar a enorme Livraria Cultura. Para completar, meu Google Maps estava travando. Um livraria tão grande bem em frente ao shopping e nenhum sinal dela.
Depois de perguntar ao pessoal de uma banca, resolvi entrar num prédio enorme, cujo destaque era um banco. Abri o Maps e nós estávamos pertinho da danada. Morri quando descobri a entradinha discreta dela. De fora, não damos nada pela Livraria Cultura. Mas ao entrar...
Ela fica dentro de um prédio chamado Conjunto Nacional. Entrada discreta, mas o interior da Cultura tonteia amantes de livros. São 3 pisos com direito a ladeira no meio de um acervo absurdo de livros. Parece uma biblioteca!
Depois do encantamento, vem a aflição. Por onde começar? O que procurar? Como traçar um plano de compras? Como não ir à falência num ambiente desse (fãs de livros me entendem)?
Fui de prateleira em prateleira. Folheei alguns títulos. Vivi a experiência de uma forma tão intensa que cheguei a ter dor de cabeça. E ainda estava no 1.° piso. Tudo que se possa imaginar tem ali. Até DVDs. Muitos. Muuuuitos. E diga-se a mesma coisa dos CDs.
Terminado o reconhecimento, desisti de comprar qualquer coisa. Precisava respirar, raciocinar. Voltamos para o hotel. Ideias organizadas após um banho e alguns minutos de TV no hotel, lá estávamos nós duas na Cultura de novo. Outro encantamento - coisa de gente doida por livros. Mas dessa vez parti para o ataque. Como havíamos traçado uma estratégia de compra no hotel, me senti mais segura para as escolhas. Afinal, não poderia comprar tudo porque não caberia nas malas (lembram dos copos da Baden Baden?). Amei a experiência e já agradeci muito a João pela dica.
De lá, voltamos ao Shopping 3 para jantar. Janaina se engraçou com uma picanha da Terra do Fogo. Eu fiquei só com o vinagrete mesmo. Atendimento muito atencioso. Ao perguntar por outra porção de vinagrete e descobrir que só saía uma enorme, Janaina desistiu porque seria muito. Mas as moças do atendimento providenciaram uma porção extra do exato tamanho da original de cortesia. E ainda foram deixar na mesa. Um amor!
Aliás, NUNCA fomos mal atendidas em São Paulo. Muito pelo contrário, como o exemplo acima comprova.
Ainda descobrimos um sorvete maravilhoso lá. Ofner era o nome do quiosque de enlouquecer formigas como eu, diga-se de passagem. Doces, bolos e sorvete. Mesmo proibida de consumir açúcar, eu não resisti ao sorvete. Gente, o de doce de leite não era desse mundo, não! Janaina teve a mesma opinião a respeito do de chocolate. Arranjamos uma mesinha e saboreamos a felicidade em casquinha.
Retornamos ao hotel e já falamos com o pessoal da recepção a respeito do trânsito para Guarulhos no sábado de manhã (30-40 minutos para chegar). Depois perguntamos se poderíamos fazer o check-out e em seguida tomar o café da manhã, o que nos foi garantido. Subimos para arrumar as malas e ainda ficamos com uma certa inveja de quem estava aproveitando o bar do hotel num converseiro engraçado. Mas um voo logo cedo nos impedia de qualquer estripulia, ainda mais que teríamos que abastecer o carro antes de o devolver à Localiza.
Encaixa aqui, mexe ali e deixamos quase tudo pronto para a partida cedinho no dia seguinte. Mas o relato desse retorno fica para a próxima (e última) postagem a respeito dessa super legal viagem de mini férias.
Na entrada mesmo, o trânsito começa a travar. Mas nada de buzinas enlouquecidas. Os motoristas estão acostumados ao passo lento.
Muita gente me pergunta sobre a paciência para dirigir em São Paulo e eu sempre respondendo que é em Natal que a paciência é mais necessária. Precisa trocar de faixa? É só ligar a seta e o educado motorista favorece a sua entrada. Aqui? Prepare-se para uma verdadeira guerra porque a seta fará com que todos os da faixa apontada acelerem para que você não entre na frente deles. Em São Paulo, o trânsito é mil vezes mais travado do que em Natal, mas trocar de faixa nunca foi problema.
Uns 10 minutos parada perto da entrada para o hotel Massis Five-Star, mas assim que peguei uma ladeirinha (comum em São Paulo), o trânsito fluiu e chegamos ao hotel. É bom deixar claro que ladeirinha é um diminutivo no estilo nordestino. Ou seja, é aunentativo; quer dizer "ladeira muito grande ou muito inclinada".
O Massis tem estacionamento gratuito (coisa rara na região da Paulista) para hóspedes. Vi o local e já passei direto para lá. Mas aí o manobrista me avisou que eu teria que fazer o check-in e entregar o carro ao manobrista do hotel mesmo. Direto no estacionamento, eu teria que pagar para deixar o carro. Em São Paulo, é coisa de R$ 12-15/hora. Voltei rapidinho para a entrada do hotel.
E o receio do carro ser roubado e eu não ter um recibo? Agoniei tanto o povo da portaria que eles aceleraram a entrega do dito cujo. Coisa de advogada brasileira desconfiada.
O pessoal do Massis é bastante atencioso e educado. O hotel foi indicação da gerente da CVC Tirol, que já tem ideia do meu nível de chatice, como expus em outra postagem. É um tanto quanto formal, com um ar mais clássico. O quarto tinha até sala ampla com TV. E a diária foi mais barata do que a da pousada em Campos do Jordão.
E a localização? De frente a ele, um shopping (Shopping Center 3) que é só atravessar para chegar à Av. Paulista, meu destino principal. Ainda tem outra saída pela Rua Augusta. Show de praticidade, fora o mundo de coisas no próprio shopping.
Assim que deixamos as malas, partimos em busca de um restaurante japonês por ali para almoçar. Conhecer o Takami aqui em Natal termina sendo uma coisa ruim porque o parâmetro sobe muito. Não gostei de nenhum por ali, nem mesmo no shopping. Também não estava em condições de andar um pouco mais até o shopping Frei Caneca, onde comi uma comidinha japonesa legal da última vez que estive em São Paulo.
Depois de muito rodarmos no Shopping 3, acabamos comendo um sanduíche num local em que escolhíamos tudo que ia dentro (Rizzo/Burger+). Sanduíches são sempre bons em São Paulo. Adorei.
Barriguinha preenchida, hora de ir atrás do meu verdadeiro objetivo ali: conhecer a Livraria Cultura (Conjunto Nacional). Até abri mão de ir ao querido Masp para tanto, já que o tempo da estada não me permitia passear pelos dois locais. A dica da livraria me foi passada por João. Já estava ansiosa.
Ao pisar na Paulista, sempre somos abordadas por alguém. Assim como em Orlando, quando comerciantes de quiosque identificam brasileiros de longe, na Paulista, turistas são alvo fácil. Dessa vez, a abordagem foi muito simpática. Era um pessoal do Greenpeace. Mas estávamos com uma certa pressa e nem paramos para ouvir a conversa.
Ao ler uma entrevista com o diretor de Malhação falando que precisou ensinar até os figurantes da atual temporada, que se passa em São Paulo, a andar, entendi como sou identificada. Todo mundo em São Paulo anda em ritmo apressado. Eu não ando assim nem quando estou apressada. Prefiro correr se preciso andar mais rápido. Logo, o povo de lá me vê andando e já sabe que não moro ali.
Rodamos para lá e para cá e nada de eu conseguir achar a enorme Livraria Cultura. Para completar, meu Google Maps estava travando. Um livraria tão grande bem em frente ao shopping e nenhum sinal dela.
Depois de perguntar ao pessoal de uma banca, resolvi entrar num prédio enorme, cujo destaque era um banco. Abri o Maps e nós estávamos pertinho da danada. Morri quando descobri a entradinha discreta dela. De fora, não damos nada pela Livraria Cultura. Mas ao entrar...
Ela fica dentro de um prédio chamado Conjunto Nacional. Entrada discreta, mas o interior da Cultura tonteia amantes de livros. São 3 pisos com direito a ladeira no meio de um acervo absurdo de livros. Parece uma biblioteca!
Depois do encantamento, vem a aflição. Por onde começar? O que procurar? Como traçar um plano de compras? Como não ir à falência num ambiente desse (fãs de livros me entendem)?
Fui de prateleira em prateleira. Folheei alguns títulos. Vivi a experiência de uma forma tão intensa que cheguei a ter dor de cabeça. E ainda estava no 1.° piso. Tudo que se possa imaginar tem ali. Até DVDs. Muitos. Muuuuitos. E diga-se a mesma coisa dos CDs.
Terminado o reconhecimento, desisti de comprar qualquer coisa. Precisava respirar, raciocinar. Voltamos para o hotel. Ideias organizadas após um banho e alguns minutos de TV no hotel, lá estávamos nós duas na Cultura de novo. Outro encantamento - coisa de gente doida por livros. Mas dessa vez parti para o ataque. Como havíamos traçado uma estratégia de compra no hotel, me senti mais segura para as escolhas. Afinal, não poderia comprar tudo porque não caberia nas malas (lembram dos copos da Baden Baden?). Amei a experiência e já agradeci muito a João pela dica.
De lá, voltamos ao Shopping 3 para jantar. Janaina se engraçou com uma picanha da Terra do Fogo. Eu fiquei só com o vinagrete mesmo. Atendimento muito atencioso. Ao perguntar por outra porção de vinagrete e descobrir que só saía uma enorme, Janaina desistiu porque seria muito. Mas as moças do atendimento providenciaram uma porção extra do exato tamanho da original de cortesia. E ainda foram deixar na mesa. Um amor!
Aliás, NUNCA fomos mal atendidas em São Paulo. Muito pelo contrário, como o exemplo acima comprova.
Ainda descobrimos um sorvete maravilhoso lá. Ofner era o nome do quiosque de enlouquecer formigas como eu, diga-se de passagem. Doces, bolos e sorvete. Mesmo proibida de consumir açúcar, eu não resisti ao sorvete. Gente, o de doce de leite não era desse mundo, não! Janaina teve a mesma opinião a respeito do de chocolate. Arranjamos uma mesinha e saboreamos a felicidade em casquinha.
Retornamos ao hotel e já falamos com o pessoal da recepção a respeito do trânsito para Guarulhos no sábado de manhã (30-40 minutos para chegar). Depois perguntamos se poderíamos fazer o check-out e em seguida tomar o café da manhã, o que nos foi garantido. Subimos para arrumar as malas e ainda ficamos com uma certa inveja de quem estava aproveitando o bar do hotel num converseiro engraçado. Mas um voo logo cedo nos impedia de qualquer estripulia, ainda mais que teríamos que abastecer o carro antes de o devolver à Localiza.
Encaixa aqui, mexe ali e deixamos quase tudo pronto para a partida cedinho no dia seguinte. Mas o relato desse retorno fica para a próxima (e última) postagem a respeito dessa super legal viagem de mini férias.
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