sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Correção dos infernos

Dizem que os smartphones estão aí para facilitar a vida. Sei. Tente digitar um texto longo nessas desgraças com sistema Android e o sofrimento é quase tortura.

Sim, os smartphones querem saber mais do que nós mesmos o que queremos escrever. Digito "e". Porém, basta dar um espaço para que vire "é". O Android deve ficar pensando: "Bobinha, nem sabe que o verbo leva acento...". Ele simplesmente ignora que eu queria mesmo era usar a conjunção aditiva.

Nessa batida, gerúndios viram particípios passados, particípios passados viram infinitivos, inglês vira português  (e vice-versa) e qualquer outra moléstia amaldiçoada aparece onde não é chamada. Ou digitada. Para quem não tem hábito, é possível até acreditar que o celular foi possuído por algum espírito. Quem manja o basicão de informática aposta em vírus. Mas é só o Android mesmo tendo certeza de que sabe muito mais do que você.

Terminei descobrindo como desativar as correções automáticas. Nada de espaço virando ponto ou transformando "e" em "é". Se erro, volto e apago. A digitação flui muito melhor e não tenho mais a péssima sensação de descobrir mil inconsistências depois da publicação de um texto. 

Claro que, para não ser troglodita, deixei as sugestões - essas sim normalmente úteis. 3 letrinhas e a palavra apareceu nas sugestões? Clico nela e problema resolvido. 

Mas chega de corrigir o pensamento alheio! Quem sabe do meu pensamento sou eu. Logo, quem manda nas minhas palavras também sou eu. Bem ao estilo "cala a boca já morreu/ quem manda na minha boca sou eu". Isso, pelo menos, a partir de agora. E até que uma atualização acabe com o meu sossego.

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