Acho que ele (ou ela) só perde para o trio de arbitragem e empata com o presidente de clube. Estou falando do treinador de futebol e da paciência de Jó que deve ser necessária para o exercício da profissão.
A escalação está sempre errada, ainda que o resultado seja de vitória no fim do jogo. Neste caso, foi o acaso que ajudou: ou um erro de arbitragem, ou um lance de sorte de um jogador muito talentoso, ou ainda um erro pior do treinador adversário.
Se indica jogadores, é porque só traz seus peixes. Se não indica, é porque não entende de mercado e é pau mandado da diretoria.
Se acompanha as tendências do futebol moderno, é um professor Pardal. Se faz o feijão com arroz, é ultrapassado. A mesma coisa pode ser dita a respeito da idade: ser jovem é ser sem conhecimento; com mais idade, é jurássico, já deveria ter se aposentado.
Se é daqui, não conhece o mercado de fora. Se é de fora, não conhece a realidade daqui. Se não se valoriza, é humilde demais para a posição. Se se valoriza, é arrogante demais para a posição.
Se fala mais grosso com os jogadores, perde o comando do time. Se é mais educado, não tem comando.
Se o time é ofensivo e veloz, é peladeiro. Se cadencia mais o jogo, é retranqueiro.
Seu cargo é praticamente uma cadeira elétrica: é difícil manter-se na mesma posição por muito tempo. Quando consegue tal feito, ficou acomodado e também não serve.
Hoje é dia de parabenizar aquele que tem direito a um coro só seu nos estádios - pena que é depreciativo: o treinador de futebol, a cabeça pensante mais pressionada do mundo do futebol, especialmente o brasileiro.
Fica a minha homenagem a aqueles imbuídos de verdadeiro profissionalismo e que assim seguem buscando o aperfeiçoamento próprio e dos seus colegas de comissão e comandados e até da instituição que representam. Que um dia os estádios passem a enaltecer mais o importante trabalho daquele(a) que ganha sim (e perde) jogo e, principalmente, campeonato.
Parabéns aos treinadores, homens e mulheres, do futebol brasileiro!
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