segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O potencial

Apesar dos maus-tratos, o clássico América x ABC mostrou ontem que tem potencial de crescimento. Afinal, 4.033 malucos compareceram a um jogo que ninguém sabia se aconteceria mesmo, sem um ônibus circulando na cidade, com o poder público (o que inclui as polícias daqui) do RN totalmente desmoralizado pela bandidagem de Alcaçuz e com uma chuva incessante e ameaçadora de relâmpagos e trovões o dia inteiro.

Não sei de quem foi a ideia de adiar o jogo para o domingo. No sábado, com zero chuva e alguns ônibus ainda circulando certamente o público teria sido melhor.

De todo jeito, num clássico cujo público vem definhando a cada ano, o fato de termos 4.033 espectadores nas condições atuais de guerra é acontecimento para aplaudirmos de pé.

Já imaginaram se tivéssemos todos tratamento VIP nos clássicos, especialmente no Frasqueirão, onde infelizmente persistem os confrontos? Se voltássemos à realidade de públicos de no mínimo 18.000 pessoas para acompanhar América x ABC, como voltamos a ter no Machadão a partir de 1997, quando o América subiu para a Série A pela primeira vez?

Acho que ando meio delirante...

Atualização - na primeira versão, lá fui eu passando vergonha pelo corretor. Onde havia "maltratos", já corrigi para "maus-tratos". Aff...

6 comentários:

  1. Até quando vocês americanos vão manter esse recalque em relação ao Frasqueirão. Já fui a vários ABC e América no Frasqueirão e pouquíssimas vezes vi alguma confusão entre as torcidas. No Machadão o pau comia solto nos arredores, na Arena tem vídeos de torcedores do América correndo atrás dos torcedores do ABC é se orgulhando disso. O Frasqueirão é elogiado frequentemente pela imprensa nacional, mas os americanos não conseguem esconder o despeito pelo mesmo.

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    1. Caro(a) anônimo (a), pelo menos no meu caso não é recalque, é constatação mesmo. O estádio em si não tem problema algum. O problema é a localização, que coloca quase que todo mundo para sair pelas mesmas vias. É uma concentração perigosa para a realidade de clássicos. Eu mesma deixei de ir após presenciar um quebra-pau na entrada e provocações perigosas no congestionamento da saída.
      O Frasqueirão é um ótimo estádio, mas não é o local ideal para a realidade dos clássicos em Natal.

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  2. E o Nazarenão comportava? Então, em Santa Catarina não poderíamos ter clássico, visto que todos os estádios de lá tem mais ou menos o mesmo porte do Frasqueirão, Vila Belmiro jamais poderia ter um clássico, conversa!

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    1. O que diminuía o problema no Nazarenão era sua enorme distância de Natal, o que já diminuía o público, e sua pequena capacidade, mas também não era adequado. Não posso falar da realidade de outros estados sem nunca ter ido a um jogo por lá. Falo do que vejo por aqui há mais de 20 anos. E insisto que o problema não está no estádio.

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  3. O problema não está no estádio, na localização, etc. O problema está no ser humano. Um estádio pode ter um milhão de acessos diferentes, mesmo assim será impossível torcedores não se cruzarem. Por exemplo: Se você mora na zona norte, você terá que se destinar para determinada parada de ônibus ou determinada avenida, independente de qual time você torce. Acho sinceramente que o real motivo dos americanos não quererem clássico no Frasqueirão, é técnico. É muito mais difícil enfrentar o ABC no Frasqueirão que na Arena, isso é uma questão de estatística, os confrontos no Frasqueirão aparece uma supremacia clara do ABC, são 9 vitórias do ABC contra 5 do América, praticamente o dobro. Na Arena são 4 vitórias do ABC contra 3 do América, muito mais equilibrado.

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    1. Respeito seu ponto de vista e até concordo com ele em grande parte, apenas insisto na ressalva de que não acho problema algum o ABC enfrentar o América no Frasqueirão e lá ser muito superior.
      Sonho com o dia em que os próprios dirigentes não vão estimular confrontos com atitudes mesquinhas, como ingressos mais caros para visitantes, diminuição de setores apenas para prejudicar os torcedores do rival, comentários públicos incentivando a animosidade. Também sonho com o dia em que as polícias do RN vão garantir um clima bem mais tranquilo na chegada e, principalmente, na saída do estádio (no caso do Frasqueirão, com atenção especial à Av. Eng. Roberto Freire e os ônibus que ali circulam).
      Quanto mais tivermos um clima de receptividade e amizade antecedendo os clássicos, mais os espíritos se desarmam. Afinal, é esporte, não guerra.
      Vamos aguardar o próximo clássico no Frasqueirão para ver se enfim teremos uma realidade mais próxima do meu sonho. Quero muito ter tranquilidade para voltar a ver clássicos no Frasqueirão, o que não faço há alguns anos.

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