Dizem que os seres humanos submetidos a dias de seca (e sede!) no deserto começam a sofrer alucinações pela forte desidratação e passam a enxergar oásis na aridez que os cercam.
A fase do ataque americano (o Vermelho de Paixão trouxe a conta de que só um mísero golzinho foi marcado nas últimas seis partidas do Orgulho do RN) já começa a produzir alucinações. Desde o jogo do Potiguar que eu escuto na arquibancada a torcida ventilar nomes que foram goleadores por aqui.
O nome mais lembrado é o de Max. O Homem de Pedra não esconde de ninguém o amor que tem pelo América, mas atualmente é o artilheiro do Campeonato Carioca (1.a fase) e talvez (leiam bem, melindrosos, talvez) tenha alguma possibilidade de vestir a camisa americana na sequência da temporada. Mas isso me parece um sonho distante, principalmente pela questão financeira.
Na sequência, Lúcio. Nem sei onde anda Lúcio. No ano passado, chegou no 2.° turno do estadual e só não foi artilheiro porque a Chinkungunya lhe retirou um bom tempo de campo. Na Série C, vivia às turras com Diá, mas já havia virado talismã da torcida, quando expôs de vez as divergências com o técnico. Foi dispensado.
Neste ano, já se ofereceu para voltar ao América. É outro que não esconde de ninguém que ama o clube. Pode estar mal em todo lugar, mas aqui se encontra. Talento tem. O problema é o potencial para desagregar, vez que não é muito chegado a um treinamento. E depois do que ocorreu no ano passado, dificilmente teria espaço no América 2017. Com bastante educação, Felipe Surian e Moura descartaram sua volta naquele momento. Entretanto, pensando em condição financeira do clube, Lúcio seria até um bom investimento com as devidas garantias contratuais (pisou na bola, rua!).
Gosto muito do empenho de Luiz Eduardo. Mas a seca sempre traz essas alucinações. Vamos torcer para que essa fase passe logo.
Lúcio está jogando no Rio Branco/PR. Sábado, marcou dois em um amistoso contra o Avaí/SC.
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