quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Pressão, Jussimar, Tony e a estreia

O técnico do América Felipe Surian em entrevista à repórter Ana Karla Martins, do Esporte Interativo, publicada parte na TV Mecão e parte na Rádio Mecão, falou sobre a pressão no América, Jussimar fora dos relacionados para hoje, a provável escalação de Tony e a estreia na Copa do Nordeste contra o Botafogo-PB.

Pressão da torcida
A pressão é muito válida porque a equipe vem nos 2, 3 últimos anos sofrendo com resultados negativos. É uma pressão normal porque começamos do jeito do que nós perdemos a última partida, podendo, no mínimo, empatar o jogo, o que deixou todos chateados, não só a torcida, como nós também da comissão. Então é normal que haja essa cobrança. É bom que tenha também porque os jogadores, todos, estavam cientes da responsabilidade e têm que desempenhar esse bom futebol dentro de campo e, pelo protesto, a torcida  está vendo que ainda falta algo da parte deles. E eu no comando tenho que também receber essas críticas e talvez também essa pressão para que venhamos no dia a dia fazer com que melhoremos um pouco mais nos jogos.

A entrada de Tony
A princípio não vou mudar muito a equipe. É claro que vamos ter talvez essa mudança no setor mais ofensivo, visto que passamos em branco 3 jogos, somente 1 gol. Isso nos prejudica um pouco e também os jogadores ficam apreensivos. Então é bom que você mude. E o jogador que está entrando também entra com uma autoconfiança grande, acreditando em fazer um bom jogo, em fazer os gols. Então é em cima disso que a gente faz provavelmente essa mudança.

Pênaltis e Jussimar fora do jogo
A penalidade é algo tão importante que muitos dentro do futebol, devido a responsabilidade, brincam dizendo que até o presidente talvez teria que bater. Então o jogador que assume essa responsabilidade, como o Jussimar assumiu, de fazer principalmente um clássico, a gente fazendo uma boa partida principalmente no segundo tempo, perdendo o jogo, então aquele era o momento do empate, o último minuto de jogo. Com a perda do pênalti, acredito que ainda não se recuperou. A gente viu ele cabisbaixo durante alguns dias. Nem está relacionado para a partida. A princípio, não vai para o jogo. E trabalho no geral. O trabalho foi todo no geral. Trabalhei penalidades como a gente trabalha todos os dias. Outros jogadores que não estavam fazendo os treinamentos começaram a fazer também. Jogadores experientes, que batiam antigamente.  Pra gente encontrar esse homem, esse batedor e não sofrer mais com esse quesito. (...) A pressão nele foi maior por ser o clássico, pênalti no final da partida, ele assumiu a batida quando não era ele para bater, havia uma determinação já na preleção que era um outro jogador, então a torcida veio [ao CT] e gritou o nome dele... Isso acredito que afetou um pouco. A gente preferiu segurar e trabalhar ele um pouco mais extracampo. 

Estreia na Copa do Nordeste
É uma competição muito importante. É a primeira vez que estou disputando, mas já disputei outras competições semelhantes até mesmo em formato de tabela, de regulamento. Então é não perder em casa, principalmente ganhar em casa. São seis jogos. Três em casa é essencial que você vença e busque pontos fora para que no quesito número de pontos desempate e você esteja à frente e consiga a classificação. O único que consegue a classificação direto é o primeiro. Então é essencial que você vença em casa.

Grupo E
É um grupo bem regular. As equipes... salvo o Vitória, que tem um orçamento maior e está fazendo grandes contratações, mas talvez ainda não encaixe e acredito que essas contratações sejam mais visando o Campeonato Brasileiro. Vai usar muito essa Copa do Nordeste, é claro, vai vir com força, mas a equipe vai ganhar força durante a competição para chegar forte no Campeonato Brasileiro. As demais acredito que no mesmo nível e o fator mando de campo, jogar em casa vai fazer a grande diferença. 

Botafogo-PB
Vi os dois últimos jogos. Uma equipe muito experiente. Equipe experiente que joga muito bem com a posse de bola, gosta de reter essa bola, trabalha com dois atacantes de força e velocidade já dentro das zaga, enfiados. Traz muito perigo ofensivamente quando essa bola chega neles. Mas existem algumas possibilidades que nós vimos nos vídeos e onde nós vamos trabalhar para conseguir fazer um bom resultado.

Um comentário:

  1. Coerência não falta ao nosso treinador. O problema são os resultados que não aparecem e isso aumenta apressão. Pode parecer prematuro, mas creio que alguns jogadores deveriam ser emprestados. Já deram provas que não sabem trabalhar na pressão. Aliás, pressão é o que não vai faltar ao América em 2017 e isso atrapalha qualquer planejamento.
    ADAIL PIRES

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