Assisti a Valentina sem grandes expectativas, mais como uma oportunidade para filmes brasileiros que não sejam comédias.
De início mais difícil e com a velha dificuldade de som que o cinema nacional enfrenta, a estória da adolescente trans que se muda com a mãe para uma cidadezinha no interior de Minas Gerais vai cativando por honestidade.
Valentina sofre apenas porque quer existir. E há pessoas que se incomodam apenas com a sua existência sem que ela tenha lhes feito qualquer mal .
Há vários outros pequenos grandes conflitos que passam como pano de fundo da estória, mas nem por isso menos interessantes de se observar.
Com 1h35 de uma caminhada muito arrastada inicialmente, a sensação ao fim, especialmente após os dados apresentados antes dos créditos, é de que ainda temos uma longa jornada pela frente para aceitarmos que as pessoas sejam quem elas são, mas não podemos desistir da beleza da individualidade.
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