Em artigo sobre a Caern e o programa Águas do RN publicado na Tribuna do Norte de hoje, o senador Jean Paul Prates terminou trazendo uma pequena história do abastecimento d'água de Natal.
Confesso que nunca lera tantos detalhes a respeito, portanto, vale compartilhar os principais trechos para conhecimento geral.
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Até o final do século XIX, o abastecimento de água em Natal era feito por meio do transporte de barris e pequenos tonéis no lombo de animais. Uma bica, no Baldo, e uma cacimba, na Ribeira, eram as principais fontes onde os recipientes eram enchidos. Poucas residências possuíam cisternas ou tanques para armazenar quantidades maiores de água.
Esse modelo perdurou até 1882, quando a Câmara Municipal de Natal autorizou a cessão dos direitos de exploração do serviço de abastecimento de água na cidade para o dinamarquês Felipe Leinhardt. Nove anos mais tarde, ele associou-se ao comerciante Nicolau Bigois para criar a firma Bigois & Leinhardt, depois rebatizada de Empresa d'Água de Natal. Um ano após, Leinhardt deixou a sociedade.
A viúva de Bigois vendeu a companhia em 1910 ao governo do estado, que a arrendou à Empresa de Melhoramentos de Natal. A nova concessionária se tornou responsável não apenas pelos serviços de abastecimento de água e esgoto, mas também pela iluminação e pelo transporte em bondes elétricos. Posteriormente, a paulista Empresa Tração, Força e Luz de Natal assumiu os serviços públicos de água e telefonia.
A partir de 1923, o estado passou a criar, dentro do seu organograma, estruturas para pensar os serviços urbanos, notadamente abastecimento de água e saneamento O esforço culminou, no dia 2 de setembro de 1969, com a criação da Caern, pelo então governador monsenhor Walfredo Gurgel. Até então, os serviços de abastecimento de água eram oferecidos apenas aos municípios de Acari, Angicos, Assú, Caicó, Cruzeta, Jardim do Seridó, Macaíba, Mossoró, Natal e Santana do Matos.
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