quinta-feira, 19 de setembro de 2019

MPF contra a censura

Lembram da peça Abrazos do grupo potiguar Clowns de Shakespeare que foi censurada pela Caixa Econômica Federal a 5 minutos do início da segunda sessão em Recife?

O Ministério Público Federal não engoliu a justificativa de descumprimento contratual dada pela Caixa da parte de bate-papo entre elenco e plateia, ante cláusula que previa "zelar pela boa imagem dos patrocinadores, não fazendo referências públicas de caráter negativo ou pejorativo", e recomendou que o banco federal retome imediatamente as sessões previstas.

Segundo reportagem na Tribuna do Norte de hoje, para o MPF, "o cancelamento abrupto das apresentações - ainda que por alegada violação a obrigação contratual por parte da companhia teatral - teve um impacto negativo, gerando na comunidade - como se extrai da repercussão na imprensa e nas redes sociais - receio quanto ao cerceamento da liberdade artística e da liberdade de manifestação do pensamento".

E segue: "Na recomendação, as procuradoras da República argumentam que a Constituição Federal assegura a livre manifestação do pensamento e proíbe qualquer espécie de censura. Destacam ainda que a liberdade de expressão não se esgota no dever de abstenção do Estado em praticar atos de censura, necessitando também da promoção de ações positivas visando à possibilidade real de exercício e aprofundamento dos debates sobre os mais diversos aspectos da sociedade".

Xô, censura! 

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