sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Tite Ferreirão

Há uns 10 anos o América tinha como treinador o folclórico - para não dizer doido - Luiz Carlos Ferreira, popularmente conhecido como Ferreirão. Há muitas histórias (talvez estórias) a respeito das manias de Ferreirão no dia a dia dos treinamentos, qualquer profissional da imprensa pode confirmar, mas uma era de conhecimento de todos: ele colocava o time para treinar o ataque e toda a posse de bola sem ninguém no outro lado. Nada. A movimentação era feita apenas imaginando que havia um adversário ali na espreita para roubar a bola ainda na intermediária e puxar o contra-ataque. De vez em quando, ele gritava: "Parou, parou, parou!". Lembro do atacante Paulo Matos fazendo piada dessas paradas, dizendo que puxava o freio de mão imediatamente. 

Era muito esquisito. O time trabalhava a bola na espera de um bom momento para infiltrar ofertado por uma adversário imaginário - apenas o vento marcava os jogadores do América. 

Nem preciso dizer que Ferreirão não durou muito. E o América só escapou do rebaixamento já nas últimas com Ruy Scarpino.

Entretanto, não é que hoje eu abro o site da CBF e descubro que o técnico da seleção brasileira de futebol masculino Tite também é adepto desse tipo de treinamento? Nas palavras da CBF: "No trabalho de véspera, o técnico Tite comando (sic) o seu tradicional treino 'invisível', ou fantasma para alguns, quando 11 jogadores exercitam o posicionamento e a movimentação da equipe sem um adversário do outro lado."

Quem diria, hein? Ou Ferreirão sabia demais ou Tite anda sabendo de menos.

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