Há um mês mais ou menos eu relatei por aqui o encontro que tive com um dado estatístico personificado na minha frente: um eleitor de Lula que votaria em Bolsonaro pela ausência daquele.
Nunca entendi a lógica disso. Tive até pena de sua esposa, pois já tinha ideia dos princípios machistas que moviam o eleitor, ainda mais quando ele passou a defender que mulher tinha que ganhar menos mesmo por engravidar.
Num novo encontro, as coisas mudaram. A esposa, que ouvira caladinha as abobrinhas acima, enfim mostrou algo tão próprio das mulheres. Do seu jeitinho, ela convenceu o marido a abandonar a candidatura que personifica todos os abomináveis preconceitos existentes neste país, mas não foi só isso. O cara agora é um eleitor de carteirinha de Haddad!
No mesmo encontro, outra realidade das estatísticas: pelo menos 2 casais, um mais jovem, outro mais experiente, têm o homem com intenção de voto no candidato com viés autoritário e a mulher com intenção progressista. Uma delas inclusive se fará presente na manifestação Mulheres contra Bolsonaro que acontecerá em Natal no dia 29/09, às 15h, em frente ao Midway Mall.
É exatamente o que têm mostrado as pesquisas: se o Brasil não se rendeu ainda totalmente ao autoritarismo, isso se deve em grande parte à resistência das mulheres.
Também havia um casal totalmente a favor do líder das pesquisas, neste caso, o homem é militar, e outros tantos que são absolutamente contra, o que incluía homens policiais.
Enfim, adoro quando encontro na realidade os dados que são apontados nas pesquisas. Mas sobre a resistência feminina, nem precisava de pesquisa. Vemos isso diariamente em qualquer aspecto da vida. Já nascemos forjadas na luta. Afinal, precisamos fazer tudo 2 ou 3 vezes melhor para ver se conseguimos pelo menos a metade do reconhecimento.
A lição que fica é clara: nunca subestime uma mulher.
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