O relato abaixo é de Meire Reis e foi publicado na Tribuna do Norte desta sexta (página 8). Meire é administradora de empresas, tem 53 anos e sobreviveu ao naufrágio de uma barca em Mar Grande-BA:
"Eu conversei com meu marido ainda na quarta à noite sobre o acidente com o barco no Pará. Estava triste e ele me falou que na hora do desastre é bom mergulhar e ir para longe. (...) Pego a barca diariamente. Parece que pressentia algo ruim."
Segundo a Tribuna, quando a barca virou Meire olhou para o teto para pegar os coletes que estavam amarrados, mas o nó era difícil de desfazer. Ela bateu a cabeça no teto do barco e viu pessoas caírem por cima das outras.
"Foi um desespero total. Imagina, no mar e eu não sei nadar. Lembrei da conversa com meu marido e mergulhei e fui me distanciando do local onde havia desespero. Nisso, me deparei com um bote e me segurei nele. O socorro demorou a chegar. Eu olhava e via muitos corpos no mar. Tinha criança lá. Que tragédia!".
Meire chorou durante seu relato. Quem não choraria?
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