domingo, 13 de agosto de 2017

Papelão

O título passa longe de se referir ao fato do América perder o acesso mais certo do mundo para a Juazeirense, o pior entre os classificados. Afinal, tradição não entra em campo. Nem retrospecto entra.

Também não se refere à escalação inventada por Leandro Campos de Richardson como lateral quando o América tinha a obrigação de golear, sendo o mais puro reflexo do velho "o medo de perder tira a vontade de ganhar". 

Nada a ver com também a pífia atuação do trio de ataque Jean Silva, Uederson e Tadeu, especialmente os dois últimos.

O papelão ficou para a torcida do América. Melhor: parte ínfima dela. Porque a maioria esmagadora deu um show. Quase 13 mil pagantes num jogo sem promoção e com o adversário tendo vencido o jogo de ida por 3x0 só mostram a grandeza dessa torcida.

Mas parte ínfima fez um papelão neste domingo. Não posso afirmar, mas vi que a confusão começou com o goleiro e o preparador de goleiros da Juazeirense. Não sei o que fizeram, mas a torcida estava extremamente inflamada chamando os dois para a arquibancada do Setor Sul. A partir daí, o que se viu foi uma selvageria indigna do Orgulho do RN. Perder é chato, mas quem não sabe perder não merece ganhar. Foi um verdadeiro pandemônio, com tudo sendo quebrado e jogado em direção ao campo. Balas de borracha, spray de pimenta, pânico. Ao sair, tudo destroçado ao redor da Arena: lixeiras, postes, tudo. Ridículo.

Se de fato houve provocação do goleiro e do preparador de goleiros, ambos deveriam ser punidos, tanto pelo STJD, como pela própria Juazeirense. No barril de pólvora que é o futebol brasileiro, é inadmissível que profissionais sirvam de gatilho para confusões. Talvez imagens esclareçam isso. De todo jeito, não dá para aceitar a reação selvagem e o América será punido duplamente: terá que ressarcir à Arena os danos e ainda perderá o mando de campo em alguns jogos em 2018. 

Definitivamente, um papelão!

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