terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Orlando - Tampa - Orlando

Esqueci de falar de três coisas curiosíssimas nesta viagem: há poucos brasileiros por aqui em relação ao número de americanos (normalmente a coisa fica 50-50 ou até 60-40 para os brasileiros), o número de vezes que ouvi sirenes de bombeiros e policiais e o número de ultrapassagens que já levei tanto na viagem de Miami a Orlando, como na de Orlando para Tampa e na volta para Orlando. 

Sobre o número de brasileiros, o motivo é óbvio: quem não pegou uma oferta muito boa (meu caso) não vem. O inglês voltou a ser extremamente dominante por aqui. Mas há uma ruma de gente de olhinho puxado. Até na Orlando Eye 4 restaurantes são de orientais. 

Sobre as ultrapassagens, estou acostumada a empreendê-las em viagens. Mas por aqui devo realizar uma ou duas a cada cem que levo. É humilhante como só eu ando no limite de velocidade. Bem, os outros não têm ideia do que é uma multa multiplicada por 4,20...

Sobre as sirenes, o coração dispara. Não é fácil estar nos Estados Unidos e não lembrar de ataques terroristas e de todo tipo de louco que já matou gente por aqui.

Hoje o sol deu o ar da graça e já senti calor, mesmo com a mínima partindo de 17º.  É que aqui não há muito vento e o clima é um tanto quanto seco. Assim, fomos ao Busch Gardens, que fica em Tampa. São muitas montanhas russas com loopings de todos os estilos e tamanhos. Destaque para Kumba, que já foi a maior do mundo com seus 8 loopings, e Sheikra, com sua paradinha "sem graça" antes da descida. Mas há também Cheetah Hunt com suas subidas furiosas e as ótimas atrações de sair encharcada, como Congo River Rapids, e encharcada depois de descidas radicais, como Stanley Falls e Tidal Wave. Nada de casacos! Hoje foi dia de camisa do Mecão e capa de chuva para as atrações molhadas. 

Em 1h mais ou menos se chega a Tampa. A maior parte do trecho é a 70 mph. O problema foi que hoje todos os engarrafamentos do mundo resolveram se formar. O bom de estrada privada é ter os avisos nos letreiros bem antes de chegar ao problema (normalmente 3 milhas antes). Aliás, as estradas daqui dão um sono danado. Não há buracos e é tudo uma reta sem fim. Por isso nem coloco o cruise control.

Fui ouvindo rádio. Vou dizer uma coisa: pode até ter gente que goste de Justin Bieber e Adele como os americanos, mas não há quem os supere. Já ouvi Hello umas vinte vezes desde que comecei a dirigir por aqui (22/01) e Justin Bieber parece até comercial - qualquer música sua toca praticamente a cada duas canções. Por mais que seja repetitivo, é muito melhor que certas músicas que infestam as rádios brasileiras. Nem me irrito com a repetição; acho graça.

No Busch Gardens, o estacionamento também aumentou para $18. Em seguida, pegamos um trenzinho para chegar até a entrada. E aí começa um dia de extensas caminhadas num ambiente com bichos para todos os gostos. Para onde olhamos, há flamingos, orangotangos, tigres, aves, répteis e muito verde. Dessa vez, deixei tudo num locker (armário cofre) perto de Stanley Falls ($0.50 por uso), coloquei a capa de chuva e fui para as atrações molhadas. No caminho para a última, resolvi passar logo por Kumba. Até um garotinho me perguntou se Kumba era uma atração molhada por me ver de capa de chuva. Respondi que não; na verdade, já estava pronta para a próxima. Como esperado, Kumba secou rapidinho minha capa. Por falar nisso, no acesso a Kumba, pois não é que um brasileiro reconheceu a camisa do América por baixo da capa de chuva molhada? Incrível! Devia ser torcedor também.

Aí resolvi fazer logo tudo de capa de chuva (comprei no Walmart com o mesmo preço da última viagem: $ 2.97). No fim, usei o locker só uma vez. Mais econômico e seguro, uma vez que não corri risco nem de molhar as coisas nas atrações em que eu podia entrar com itens soltos. Guardei as capas (nada como uma montanha russa para secar uma capa de chuva!) e me dirigi ao Dragon Fire Grill para almoçar e assistir a um show de dança. Esse restaurante fica em frente ao Falcon's Fury - a mais nova atração do Busch Gardens para doidos varridos. Nela, a pessoa sobe mais de 100 metros, apenas para ter sua cadeira virada de rosto para baixo no ponto mais alto e então descer com tudo, como se fosse um falcão em plena caçada. Não fui. É praticamente suicídio para quem tem medo de altura como eu e já enfrentara Manta no dia anterior, e Sheikra no mesmo dia.

Comi as melhores costelas bovinas da minha vida. Um prato de costelas com batatas fritas e um cookie condimentado e uma Heineken de garrafa de alumínio saíram por $ 26.73 (com imposto). A garrafa segue para coleção. Em seguida houve um interessante show de dança no restaurante. Deu para relaxar. Assim que acabou, comecei a peregrinação para sair do parque (o Busch Gardens é enorme).

Na mesma rua do parque, parei para abastecer. Novamente $10 encheram meio tanque do Corolla. O galão saiu a $ 1.77. 

Na chegada a Orlando, tomei um banho, mas repeti a camisa do Mecão. Resolvi voltar à Orlando Eye e descobri que há muitos bares e atrações por ali agora. Não resisti e tomei um sorvete: só americano mesmo para inventar um sabor com brownie e caramelo salgado (sim, salgado!). 

Outro grupo de brasileiros reconheceu a camisa do América. Ah, quase esqueço de dizer que vi uma camisa do Flamengo e outra do Corinthians no Busch Gardens. Ou seja, o América detinha o maior número de camisas do futebol brasileiro hoje no Busch Gardens.

Voltando à Orlando Eye, eis o novo point do momento. O local é super agradável. Até estacionamento com valet existe. E é um desfile de carros esportivos aguardando esse tipo de estacionamento. Eu nem preciso. Atravesso a rua a pé mesmo. Alguns bares estavam bem cheios (numa terça à noite). Tem restaurante japonês, mexicano, espanhol, italiano... Tem Outback. Tem sorveteria. Tem Walgreens (farmácia). Tem burburinho.

Amanhã e quinta têm previsão de chuvas e trovoadas. Vejamos o que dá para fazer.

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