quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Orlando com chuva de novo

Hoje a chuva chegou com força por aqui. Como ontem a chuva não foi tão forte, terminamos decidindo enfrentá-la hoje, mas encontramos uma chuvinha insistente que engrossou de verdade. Depois do café da manhã, saímos às 9h40 para o complexo da Universal, que fica na mesma rua do hotel, mas o GPS sempre indica um certo arrodeio para chegar lá. Cortando caminho, imagino. 

Universal Studios, Universal Islands of Adventure e Universal CityWalk (esse só vale a pena à noite - boates, bares, pubs, etc...) ficam no mesmo endereço e utilizam o mesmo estacionamento. Por falar em estacionamento, adivinhem, o preço subiu. Agora são $20. Pegamos algumas esteiras até a entrada do parque. Na entrada é preciso registrar uma impressão digital para ter acesso (o ticket para os dois parques pode ser usado durante 14 dias). Dei os ingressos trocados: virei Janaina; e Janaina, Raissa. Tenho que lembrar disso enquanto for usar o ingresso sob pena de ter que me explicar no acesso, mostrar passaporte e tudo mais - o que já ocorreu na minha última visita a Universal. 

Logo na entrada é preciso pegar um mapa - regra essencial em qualquer parque por aqui. Os parques são gigantes e é preciso ter pelo menos uma ideia de onde você está. Perder-se é a regra. E com a minha habilidade de entender mapas então... Nem perca tempo de pegar o mapa em português no complexo Universal: os horários das atrações com show só estão disponíveis no mapa em inglês. Se tem dificuldade com a língua, pegue os dois. 

Começamos pelo Studios. A maior parte do povo seguiu para Islands of Adventure. Se pretende fazer os dois parques no mesmo dia (coisa que só é possível no inverno americano), comece pelo Studios - a caminhada será, digamos, ladeira abaixo quando passar para Islands of Adventure. 

Lá fomos nós para o ET. Já perdi as contas de quantas vezes ajudei o ET a voltar para seu planeta e salvar seus amiguinhos com seu poder de cura. É uma atração bobinha, mas linda. No início é preciso dizer seu nome - nem perco meu tempo; aviso logo que vou soletrar. Raissa é uma verdadeira armadilha para os americanos, coitados. Isso tudo para o ET dizer seu nome no fim. Confesso que nunca ouvira meu nome, só o dos outros. Dessa vez vi o coitadinho tentar: saiu algo tipo Rayz. Ouvi o de Janaina bem mais nítido. 

Na sequência, Terminator. Essa é uma atração que mistura performance ao vivo com cinema 3D, por isso tem hora para começar. Para quem lembra de Exterminador do Futuro, esse é inspirado no número 2. Legal. 

A chuva apertou na saída e corremos para The Simpsons Ride. Essa é a sucessora da ótima Back to the Future. A estrutura é a mesmíssima de décadas atrás, mas toda adaptada ao humor ácido dos Simpsons. Nem se iluda achando que é para criança. The Simpsons Ride consegue ser pior do que uma montanha russa e aproveita cada segundo para criticar os parques temáticos (e olhe que a atração está num dos maiores) com claras referências a grandes atrações, como o show de Shamu no Sea World, e a realidade de que toda atração termina na loja da atração. Numa das quedas, até os capetas estão preparados para te pegar.

Fui ver o show de The Blues Brothers, conhecidos no Brasil lá nos anos 80 como os irmãos Cara de Pau. Como estava chovendo não houve o animado show, mas os atores/cantores ficaram disponíveis para fotos. Amei! São muito simpáticos.

Em seguida, uma moça me pediu para participar de uma pesquisa. O complexo Universal adora pesquisas. E eu tenho um chama para elas aqui nos EUA!

Dali fomos para a montanha russa coberta Revenge of the Mummy. Ela fica na antiga atração do King Kong, que voltará totalmente repaginada no Islands of Adventure. Essa montanha russa só não lhe mata, mas prepara o funeral. Tão radical que é preciso deixar tudo num locker. Boa notícia: todos os lockers (armários) de atrações na Universal são de graça por determinado tempo (entre 30-60 minutos, dependendo da atração). No inverno, isso é tempo mais do que suficiente para ir e voltar para pegar as coisas. 

Na saída, procurei Disaster. Depois de décadas, a Universal resolveu fechar Disaster para colocar algo totalmente diferente no lugar, cuja inauguração ocorrerá somente em 2017. Me deu uma ponta de tristeza, mas assim é a vida: algo antigo vai para que algo novo possa surgir. 

Fui aos Transformers 3D. A fila em si já é uma atração com todos os botões de computadores e vídeos à disposição. Super radical, mas dá para levar a bolsa. 

Na saída, matei minha curiosidade de comer uma turkey leg. Me senti uma mulher das cavernas. É enorme e até difícil de comer. Vale pela foto e pela fome. Por $ 14.37 (com imposto) você ainda leva um pacotinho de Lays. Duas pessoas podem dividir sem problemas. 

Finalizei o Studios com Harry Potter, inaugurado no ano passado. Agora há Harry Potter nos dois parques e você pode passar de um para o outro pegando o Hogwarts Express, desde que seu ticket dê acesso aos dois parques.  Mas o mundo mesmo de Harry Potter já vale a pena só de ver. Impressionante em cada detalhe, Atravesssamos uma parede para chegar até lá. A melhor atração do Studios é Harry Potter and the Escape from Gringotts. Logo no início o diabo de uma bruxa faz o trilho da montanha russa descer e lá vamos nós ladeira abaixo. Radical e por isso tivemos que usar lockers mais uma vez. 

Ainda havia de grandes atrações Shrek 4D, Minions Mayhem e Hollywood Rip, Ride, Rock-it. Das três, até iríamos na última - uma montanha russa aberta que lhe lança em 90º como um foguete com direito a escolha individual de música. Da vez anterior, fui ao som de Evanescence (Bring Me to Life); Janaina escolhera a otimista I Will Survive (Gloria Gaynor). Desta vez, pactuamos que não iríamos nas abertas por causa da chuva e da ameaça de raios. Por isso, encerramos o Studios.

Pegamos o Hogwarts Express para Islands of Adventures. O trem já lhe coloca na história de Harry Potter, como se estivéssemos no meio dela. Entramos no mundo de Harry Potter do outro parque à tarde (por volta das 15h) e fomos direto para a Forbidden Journey, a montanha russa do castelo que estava fechada na última visita. Uau! Show! Não é bem uma montanha russa, mas você é lançado em todas as direções com direito a 3D.

Daí partimos para nos molhar de verdade. Depois de muito frio, 18º representam calor. E como diz aquele ditado, "quem está na chuva...". Rumo ao Jurassic Park. Já sabíamos que não visitaríamos dois mundos desse parque: um deles para crianças (Seuss Landing) e o outro (The Lost Continent) por não ter nada de diferente e interessante, a não ser um túnel de água em Poseidon's Fury, cuja parte teatral é muito longa. 

E aqui começa a descida. Por isso o ideal é começar pelo Studios. Do contrário, essa é a hora da subida. Fomos ao River Adventure para ver dinossauros e enfrentar uma queda desgraçada e molhada. Uma diversão.

Já partimos para outro mundo (Toon Lagoon). Aqui são os quadrinhos infantis, como Popeye, que dão as cartas. Corri para Rip Saw Falls, mas estava fechada (reabre amanhã!). Então me dirigi a Popeye & Bluto's Bilge-Rat Barges. Se alguém estava seco até aqui, não escapou. Entramos em corredeiras e é água para todo lado com os solavancos do caminho. E ainda há quem perca seu tempo para espirrar água nos outros pagando 25 centavos para usar um esguicho. É bem divertido.

Por fim, com as pernas absolutamente encharcadas (a capa de chuva não faz milagre), fomos para Marvel Super Hero Island. A montanha russa do Hulk está passando por grandes mudanças e reabre no verão americano. Não tenho coragem de ir em Doctor Doom's Fear Fall, ainda mais chovendo. Logo, encerrei Islands of Adventures com Spider-Man, uma atração em 3D com bastante velocidade.

A saída foi super tranquila. Cheguei por volta das 17h40 no hotel mesmo tendo passado pelo engarrafamento diário e sem graça da Sand Lake Road, que corta a Universal Boulevard, rua onde fica o hotel em que estou hospedada.

Agora estou criando coragem para dar uma esticada até a Orlando Eye para conhecer um bar ou restaurante. A previsão diz que a chuva vai parar em 37 minutos. Essas previsões daqui são ridiculamente precisas. Mas devo dizer que Orlando tem um clima amigo: frio e chuva raramente andam juntos. Ou chove e faz calor, ou faz sol e frio.

Quem vier no verão se prepare para 40º em média e temporal quase todo dia às 17h. E essa programação de dois parques num dia só é praticamente impossível, a menos que se queira ver bem menos atrações.

That's all for now, folks!

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