Hoje o dia começou frio, mas pegamos a estrada rumo a St. Augustine na costa leste da Flórida. St. Augustine é a primeira cidade de toda a América do Norte. Fica a mais ou menos 2 horas de Orlando. E vale cada segundo da viagem.
A minha curiosidade em relação a St. Augustine é antiga. Os livros Oxford citam a cidade aqui e ali. Como surgiu a oportunidade nessa viagem, não pensei duas vezes. Botei no GPS Castillo de San Marcos e segui nas retas sem fim.
Parei no 1.° posto que vi na cidade. Primeiro pedimos o valor tal de gasolina comum na bomba tal. Depois de receber o recibo, basta ir à bomba, apertar o botão do combustível escolhido e apertar o gatilho no tanque (aberto previamente, claro). Se nada mais der certo nas minhas profissões, tenho a foto abaixo para comprovar experiência numa nova carreira no Brasil.
O caixa, bem sulista, entregou o recibo e já nos ofereceu amostras grátis de todo tipo de laranja. Enormes, lindas e gostosas. Provei a red grapefruit primeiro. A mais parecida na aparência com a nossa laranja é a valencia. Havia outras frutas à venda no posto de gasolina. Uma graça.
De volta ao caminho, parei numa CVS. Ganhei um cartão para receber - adivinhem - descontos nas compras. A CVS é uma farmácia que vende tudo que se possa imaginar. Basta dizer que saí de lá com luvas (de frio) novas!
De volta ao caminho para o forte. Dei uma volta na frente em busca do estacionamento mais próximo, mas estava lotado. Voltei para o estacionamento municipal. $ 12. O centro de informações para visitantes fica na frente. Peguei um mapa lá. Poderia ter comprado ingresso para 3 atrações por menos de $20, mas eu queria mesmo era ficar mais tempo no forte sem preocupação com horário. Um adulto paga $10 para entrar.
A vista é de tirar o fôlego. Para quem gosta de detalhes, há informação para tudo que é lado. Há um minifilme mostrando o manuseio das armas. E há uma apresentação ao vivo com voluntários realizando os mesmos exercícios que os soldados do século 18 realizavam. Até um tiro de canhão foi dado. Quem dera Natal acordasse para fazer algo semelhante com o lindíssimo Forte dos Reis Magos.
A fome arrochou e segui por uma ruazinha na frente do forte que é totalmente voltada para turismo. Muita música ao vivo, lojinhas, bares. É uma mistura da antiga praia do Jacaré em Cabedelo-PB e Pipa. Com a devida realidade de primeiro mundo, claro. Mas não espere ouvir português. St. Augustine não é um paraíso de compras.
Fomos de pizza. Só americano mesmo para nomear uma pizza "lata de lixo". Foi a melhor lata de lixo que já comi.
A duas milhas, atravessando uma ponte que abre para navios, está o farol de St. Augustine. Estacionei no Yacht Club. Coincidentemente, um carro da polícia entrou logo atrás. Pensei no que teria feito de errado, mas o policial apenas me cumprimentou.
Como já passava das 16h, não subi os mais de 200 degraus do farol. Fui ao local, tirei uma foto e segui para a marina do clube. Uma calmaria só, daquelas que dão uma enorme paz interior. Havia 4 pessoas pescando.
Sol se pondo, hora de voltar a Orlando. Se normalmente os carros já andam encangados uns nos outros nas estradas, imaginem nos trechos de apenas 2 faixas! A vantagem do horário é que à noite finalmente esse povo passou a andar dentro do limite de velocidade e eu consegui ultrapassar vários carros. Mas muitos ainda insistiam em menosprezar as placas.
Houve vários pequenos engarrafamentos em algumas saídas. Aliás, as saídas são todas numeradas, o que facilita a vida do motorista.
Em Orlando, dessa vez a culpa não era da Sand Lake Road, mas da International Drive, mais fervida do que nunca num sábado à noite.
De volta ao hotel, o resto da pizza e o SAG Awards quebraram o galho de quem só queria sossego. Ainda bem.
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