terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Miami - Orlando

O 2.º dia em Miami (3.º da viagem) começou com o café da manhã no Burger King. 1 small coffee ($1) é grande o suficiente para 2 ou até 3 pessoas. Aliás, quase tudo dito small por aqui quando se trata de comida não é pequeno. A small soda ($2.09) do mesmo Burger King tem quase 500ml e direito a refil. Além do small coffee, small hash brown (digamos que é uma batata frita que parece um nugget - também $1), croissan'wich (um sanduíche feito croissant com ovos, queijo e hamburguer de linguiça ou bacon - há um combo de 2 por $4).

Do Burger King segui para o Sedano's, um supermercado na rua do hotel (3 quarteirões). Encontrei um homem em seus 30-40 anos falando sozinho quase na porta do supermercado. Imediatamente lembrei de São Paulo. Nunca vi tanta gente falando sozinha nas ruas como em Sampa. Mas Miami entrou forte na disputa pelo primeiro lugar neste ano. No Sedano's, comprei 24 garrafinhas d'água purificada (uma concorrente da mineral) por $ 2.99. Na noite anterior, eu precisei comprar no hotel e paguei $ 1.65 por apenas 1! Compro água mineral principalmente por causa dos parques. É que aqui nos Estados Unidos podemos beber água da torneira sem qualquer risco de morrermos de cólera ou qualquer coisa assemelhada. A água é tratadíssima e chega a ter gosto mais forte do que a de Natal. No Sedano's também encontrei batatas fritas por $2. Todas por aqui são boas; não precisa ser Ruffles. E Waffers Sedano's de chocolate e doce de leite saíram por $ 0.79 cada.

Aí chegou a hora de visitar o Vizcaya Museum. No caminho, uma rajada de vento balançou o carro como se fosse terremoto. Deu medo. O vento estava tão forte (chegou a 35 mph nesse dia) que eu precisava corrigir a rota do carro para esquerda a quase todo instante. O caminho por Coral Gables e Coconut Grove mostra as mais belas e agradáveis áreas de Miami. Na chegada ao Vizcaya, ninguém na porta. Entro ou não entro de carro? Na dúvida, encostei de lado. Logo levei uma buzinada (coisa típica por aqui): um funcionário parou para reclamar que eu estava bloqueando a entrada (eu não estava, mas eles não passam com outro carro aparentemente na vez) e eu aproveitei para perguntar se podia entrar com o carro. "Claro", respondeu. Entrei e lá dentro descobri que o estacionamento estava lotado e eu tinha que seguir para o outro lado da rua para deixar o carro no estacionamento extra. Ou seja, entrei para sair. Nada que atrapalhasse a beleza do Vizcaya. Nunca havia visto uma propriedade assim. Recomendo demais a visita a este belo museu que já foi residência de inverno de um milionário. A entrada custa $ 16.

Na volta, um combo no Burger King (5 for $4). Banho tomado, hora de dirigir até a American Airlines Arena para ver o novo show de Madonna. Só que Miami, como Natal, tem sempre vento, mas no sábado 23/01, ligaram um tufão na cidade. Isso, junto a uma onda de frio, fez com que a sensação térmica despencasse para próximo de 0º. A Arena só abriria as portas às 19h, mas às 18h era precisa achar um lugar para estacionar até porque a cidade já se preparava para a Maratona de Miami no dia seguinte, com vários bloqueios de rua. A 2 quarteirões da Arena estacionei a $25. Quase chorei, mas quem manda meu país ter uma moeda se desfazendo igual a castelo de areia na beira-mar? 

A vista da espera na frente da Arena é linda. A American Airlines Arena fica do lado do Bayside Market Place, ambos à beira da Miamarina e de frente para a Freedom Tower e o famoso Skyline de Miami. O problema era o frio e o vento. Lembrei da espera no frio congelante do Magic Kingdom em 2014 e do Lago Negro de Gramado em 2010 (ou 2011?). A única vantagem aqui era saber que a tortura acabaria com a abertura das portas da Arena. 

1 cachorro quente para não ficar muito tempo em jejum custa $7 no ponto mais barato da Arena. Havia de $10. E como todo cachorro quente americano, uma delícia!

Madonna arrasou. Ela tem uma relação bem íntima com a cidade (morou em Miami até 1996, salvo engano). Para completar, ainda era aniversário de 10 anos de sua filha Mercy Jones. Com fôlego naturalmente diminuindo com o avançar da idade, a Rainha do Pop agora mostra natural talento para a comédia. Brincou com o público o show inteiro. Intercalou bem mais músicas lentas e flashbacks, alguns até sem ela estar no palco, como se fossem performances de seus dançarinos. E daí? O show foi superlativo. O que assisti no Morumbi não amarrou nem o chinelo da Rebel Heart Tour. 10!

Aliás, que povo abençoado o de Miami! Dois dias seguidos de Madonna, e ainda Plácido Domingo na mesma semana. Achou pouco? Tem Rihanna em 15/03 e Adele (sim, Adele!) nos dias 25 e 26 de outubro. Enquanto isso em Natal...

O show acabou mais de 1h da manhã e a saída foi congelante. Valeu a pena ter deixado o carro a dois quarteirões. Escapei da parte totalmente parada do congestionamento. Até conseguir chegar ao hotel, tomar banho e dormir, já eram 3h30. Resultado: nada de podcast no domingo.

Acordei já quase na hora de ouvir Marcos Lopes pelo Tune In narrando Alecrim 0x4 América. Já ouvi o finzinho do jogo tomando banho. Corri para fazer check-out (às 11h encerra a diária), tomar café no BK e partir para Orlando. 224 milhas, com trechos a 40, 55 e (a maior parte) 70 mph. Parei quase na última plaza para abastecer. Outra buzinada por seguir o limite de velocidade. Foi a primeira vez na minha vida que banquei a frentista. É que essa profissão quase nem existe mais nos Estados Unidos. Paguei $ 10 dentro da loja de conveniência. O galão custava $1.83. Deu meio tanque no Corolla. Onde abastecemos meio tanque com menos de R$ 50 no Brasil?

A viagem é quase uma reta só, sem buracos e sem sustos. Nem acertei o cruise control porque fiquei com medo até de dormir dirigindo. Aqui já não usamos o pé esquerdo nem a mão direita. Se não precisasse controlar a velocidade e usar o pé direito corria o risco de dormir mesmo ante o cansaço da noite anterior.

E nessa história de não usar pés e mãos, vi um cara viajando a 70 mph e lendo e digitando no celular! Só acredito porque vi pelo retrovisor e o acompanhei por uns 10 minutos.

Em Orlando, o trânsito é menos selvagem do que em Miami apesar de que tudo é praticamente uma viagem. Mas viagem mesmo eu fiz ao entrar no quarto do La Quinta: viajei no tempo. O quarto tem decoração muito semelhante com a que vi na primeira vez que vim aos Estados Unidos, isso há 22 anos! 

Outra coisa: foi a primeira vez na vida que passei mais frio em Miami do que em Orlando. 

Os preços do BK são os mesmos de Miami, com a vantagem de que aqui em Orlando o imposto é mais baixo (6.5% contra 7%). Fui logo ao Walmart, uma verdadeira tentação para qualquer brasileiro. Uma dica: o Walmart é vendedor oficial dos produtos Disney. Lá você compra qualquer artigo bem mais barato do que dentro dos parques. E a sessão de chocolates? Impossível não se abestalhar!

Hoje foi dia de Sea World. O estacionamento agora custa $18. Mas Shamu voltou! O show One Ocean continua encantando como sempre. Manta é sempre um capítulo à parte e que sempre merece bis. Descobri que ela não segue a lógica das outras montanhas russas: ir na frente é moleza; fogo é ir na última fila. O armário para guardar tudo (em Manta, não se pode ter nada nos bolsos porque sai voando!) custa $1/hora. A fila era de apenas 10 minutos. Fui 2 vezes e não excedi os 60 minutos.

Na volta ao hotel, resolvi conhecer (depois do BK, claro) a famosa e recém inaugurada Orlando Eye - uma roda GIGANTE mesmo - de onde se vê Orlando e cidades vizinhas. Fui a pé, afinal era só atravessar a rua. São 23 minutos numa volta panorâmica. Fui à noite. O pessoal do controle deve ter se acabado de rir com o meu medo de altura, finalmente também sentido por Janaina. Eu fiquei praticamente imóvel, sentada no banquinho e agarrada no ferro central, com medo até de respirar e assim balançar aquele negócio, que poderia despencar (de acordo com o meu medo). Cheguei a ver os fogos do Magic Kingdom que fica numa cidade vizinha (Lake Buena Vista). 

Comprei o ingresso que dava acesso ao Madame Tussauds - museu dos bonecos de cera mais reais do mundo. Um show! Orlando Eye + Madame Tussauds para duas pessoas com imposto ficou por $83.08. Mas quem está na chuva é para se molhar, né? Aí comprei umas fotos com livro + ímã e chaveiro da visita ao Madame Tussauds. Outros $ 37.28 (snif, snif) foram embora.

Esses foram os dias 3, 4 e 5 da viagem.

2 comentários:

  1. Adorei seu relato. Fico feliz por você estar se divertindo tanto por ai. O calo de Natal continua insuportável, mas eu estou veraneano na praia de Cotovelo cm a família. Aguado mais notícias da sua viagem. Beijos.

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    1. Você sempre gentil, Paulo. Obrigada. Vou driblando o cansaço para postar esses relatos. E aproveite essa delícia de veraneio em Cotovelo. Beijos.

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