domingo, 31 de janeiro de 2016

Podcast 31/01/16

Podcast rapidinho por causa do ar seco e do wifi do hotel https://www.spreaker.com/user/8553048/from-orlando



Potiguar 2016: América x ABC às 19h

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelos canais EI MAXX e Esporte Interativo)

América (4-3-3): Pantera, Gabriel, Flávio Boaventura, Gustavo, Alex Cazumba; Bruno Renan, Felipe Macena, Cascata; Reis, Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Técnico: Aluísio Moraes.

ABC (4-4-2): Vaná, Filipi Souza, Gabriel, Gustavo Bastos, Hugo; Márcio Passos, Zaquel, Erivelton, Lúcio Flávio; Jones Carioca, Alemão. Técnico: Narciso.

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA)
Assistentes: Flávio Gomes Barroca (CBF) e Vinícius Melo de Lima (CBF)

Destaques do Mecão
Cascata - bom na movimentação e na finalização.
Thiago Potiguar - artilheiro da competição.

Destaques do ABC
Lúcio Flávio - bom na movimentação e nas cobranças de falta.
Alemão - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o América (1.°) até agora confirma a posição de franco favorito ao título. O ABC (5.°) ainda busca a melhor formação e seu treinador já entrou na frigideira, de onde só sairá se vencer o clássico. Vitória do América.

Potiguar 2016: Potiguar x Baraúnas às 17h

Local: Estádio Nogueirão

Potiguar (3-5-2): Santos, Ramon, Anselmo, Pedro Dias; Magno, Jozicley, Dunga, Radames, Léo Paulista; João Manuel, Carlos Alberto. Técnico: Bira Lopes.

Baraúnas (4-4-2): Érico, Fernandes, Nildo, Cláudio Baiano, Fabrício; Batata, Júnior Borracha, Da Silva, Murillo; Fabinho Cambalhota, Chalerson. Técnico: Givanildo Sales.

Árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF)
Assistentes: Francisco de Assis da Hora (CBF) e Alex Batista da Silva (FNF)

Destaques do Potiguar
Santos - experiente.
João Manuel - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Baraúnas
Érico - experiente.
Fabinho Cambalhota - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: clássico é como final - cada detalhe conta. Até então o desempenho do Potiguar (2.°) em campo, não nos números, tem sido bem melhor do que o do Baraúnas (3.°). Vitória do Potiguar.

Potiguar 2016: ASSU x Globo às 17h

Local: Estádio Edgarzão

ASSU (4-4-2): Elias, Sandro, Romeu, Gilmar, Rogerinho; Lano, Lua Clayton, Jair, Léo Silva; Ila, Tiago Souza. Técnico: Reginaldo Souza.

Globo (4-4-2): Rafael, Geovanne, Alex, Jamerson, Renatinho Carioca; Leomir, Pablo, Rivaldo, Renatinho Potiguar; Romarinho, Vavá. Técnico: Higor César.

Árbitro: Tarcísio Flores da Silva (FNF)
Assistentes: Jean Márcio dos Santos (CBF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (FNF)

Destaques do ASSU
Lano - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Tiago Souza - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Globo
Renatinho Potiguar - bom na movimentação e na finalização.
Vavá - atacante que não perdoa.

Prognóstico: apesar de não ser clássico, o jogo entre ASSU (6.°) e Globo (3.°) deve ser um jogo duríssimo. Empate.

Potiguar 2016: Alecrim x Palmeira às 17h

Local: Estádio Barrettão

Alecrim (4-4-2): Messi, Albert, Geilson, Cleiton Potiguar, Douglas Pereira; Santiago, Felipe Potengi, Arês, Piúba; Ronaldinho, Tiago Santos. Técnico: Fernando Tonet.

Palmeira (4-4-2): Yuri, Augusto, Rafael, Lucas Carioca, Guilherme; Oliveira, Tiago Bispo, João Luka, Moisés; Romário, Santa Cruz. Técnico: Marcos Ferrari.

Árbitro: Luiz de França Varela (FNF)
Assistentes: Ryan Neres Souza de Queirós (CBF) e George Ítalo Antas Nogueira (FNF)

Destaques do Alecrim
Arês - bom na movimentação.
Ronaldinho - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Palmeira
Yuri - faz o que pode.
Moisés - bom na movimentação.

Prognóstico: o Alecrim (8.°) tem até jogado bem, mas sem poder de finalização. O Palmeira (7.°) aposta em contra-ataques. Empate.

Orlando - St. Augustine - Orlando

Hoje o dia começou frio, mas pegamos a estrada rumo a St. Augustine na costa leste da Flórida. St. Augustine é a primeira cidade de toda a América do Norte. Fica a mais ou menos 2 horas de Orlando. E vale cada segundo da viagem.

A minha curiosidade em relação a St. Augustine é antiga. Os livros Oxford citam a cidade aqui e ali. Como surgiu a oportunidade nessa viagem, não pensei duas vezes. Botei no GPS Castillo de San Marcos e segui nas retas sem fim. 

Parei no 1.° posto que vi na cidade. Primeiro pedimos o valor tal de gasolina comum na bomba tal. Depois de receber o recibo, basta ir à bomba, apertar o botão do combustível escolhido e apertar o gatilho no tanque (aberto previamente, claro). Se nada mais der certo nas minhas profissões, tenho a foto abaixo para comprovar experiência numa nova carreira no Brasil.


O caixa, bem sulista, entregou o recibo e já nos ofereceu amostras grátis de todo tipo de laranja. Enormes, lindas e gostosas. Provei a red grapefruit primeiro. A mais parecida na aparência com a nossa laranja é a valencia. Havia outras frutas à venda no posto de gasolina. Uma graça. 

De volta ao caminho, parei numa CVS. Ganhei um cartão para receber - adivinhem - descontos nas compras. A CVS é uma farmácia que vende tudo que se possa imaginar. Basta dizer que saí de lá com luvas (de frio) novas!

De volta ao caminho para o forte. Dei uma volta na frente em busca do estacionamento mais próximo, mas estava lotado. Voltei para o estacionamento municipal. $ 12. O centro de informações para visitantes fica na frente. Peguei um mapa lá. Poderia ter comprado ingresso para 3 atrações por menos de $20, mas eu queria mesmo era ficar mais tempo no forte sem preocupação com horário. Um adulto paga $10 para entrar.

A vista é de tirar o fôlego. Para quem gosta de detalhes, há informação para tudo que é lado. Há um minifilme mostrando o manuseio das armas. E há uma apresentação ao vivo com voluntários realizando os mesmos exercícios que os soldados do século 18 realizavam. Até um tiro de canhão foi dado. Quem dera Natal acordasse para fazer algo semelhante com o lindíssimo Forte dos Reis Magos.

A fome arrochou e segui por uma ruazinha na frente do forte que é totalmente voltada para turismo. Muita música ao vivo, lojinhas, bares. É uma mistura da antiga praia do Jacaré em Cabedelo-PB e Pipa. Com a devida realidade de primeiro mundo, claro. Mas não espere ouvir português. St. Augustine não é um paraíso de compras.  

Fomos de pizza. Só americano mesmo para nomear uma pizza "lata de lixo". Foi a melhor lata de lixo que já comi.

A duas milhas, atravessando uma ponte que abre para navios, está o farol de St. Augustine. Estacionei no Yacht Club. Coincidentemente, um carro da polícia entrou logo atrás. Pensei no que teria feito de errado, mas o policial apenas me cumprimentou.

Como já passava das 16h, não subi os mais de 200 degraus do farol. Fui ao local, tirei uma foto e segui para a marina do clube. Uma calmaria só, daquelas que dão uma enorme paz interior. Havia 4 pessoas pescando. 

Sol se pondo, hora de voltar a Orlando. Se normalmente os carros já andam encangados uns nos outros nas estradas, imaginem nos trechos de apenas 2 faixas! A vantagem do horário é que à noite finalmente esse povo passou a andar dentro do limite de velocidade e eu consegui ultrapassar vários carros. Mas muitos ainda insistiam em menosprezar as placas.

Houve vários pequenos engarrafamentos em algumas saídas. Aliás, as saídas são todas numeradas, o que facilita a vida do motorista.

Em Orlando, dessa vez a culpa não era da Sand Lake Road, mas da International Drive, mais fervida do que nunca num sábado à noite. 

De volta ao hotel, o resto da pizza e o SAG Awards quebraram o galho de quem só queria sossego. Ainda bem.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Orlando - Lake Buena Vista - Orlando

Antes de falar sobre ontem, vou completar sobre anteontem. A ida para Universal teve como trilha sonora Hello de Adele e a volta, Sorry de Justin Bieber. Só para variar. 

Também terminamos a noite num restaurante japonês da Orlando Eye: Naru. Fomos atraídas por uma promoção do bar do restaurante: um balde com 5 Budweisers ou Bud lights por $12 nas noites de futebol americano. Descobri lá dentro que a promoção era só para o bar, não o restaurante, mas como fomos atendidas por Angela (brasileira) e ela providenciou para que recebêssemos nosso balde de Bud light. 

Não estranhem! Há muito tempo deixei de beber. Mas quando viajo de navio ou avião, ao desembarcar, passo vários dias tonta e descobri por acidente também há muito tempo que essa tontura só vai embora depois de beber. Daí ter partido para a Bud light. O detalhe é que tem que beber as 5 do balde: elas vêm previamente abertas. Mas vale a pena, pois uma única cerveja custa em torno de $5-6.

A tontura melhorou, mas não passou completamente. Acho que é muita montanha russa e elevador (estou no 7.° andar do hotel) para mim.

Ontem o destino era o Hollywood Studios da Disney. Muita gente pensa que os parques da Disney ficam em Orlando, mas eles ficam numa cidade colada em Orlando: Lake Buena Vista. Na ida, trânsito traquilíssimo. Saímos bem tarde daqui, por volta das 10h.

O vento aumentou muito a sensação de frio apesar do sol firme. Até um senhor do Hawaii comentou comigo que era bom mesmo o trenzinho do estacionamento lotar para todos nos aquecermos uns aos outros. Muito simpático ele. Estava visitando o parque absolutamente sozinho. Achei o máximo.

Como todo parque da Disney há poucas atrações radicais mesmo. E elas nunca são radicais ao ponto de você ter que alugar um locker (armário). A Disney prefere o público família, por isso investe bastante em coisas que todos possam fazer juntos. E compensa com beleza nos mínimos detalhes, especialmente nos shows.

Esse é o parque voltado para filmes. Começamos com a encantadora e lenta The Great Movie Ride, onde se vê a reprodução de várias cenas clássicas enquanto o carrinho passa por cenários. Os guias interagem com algumas das cenas. 

Depois, hora do show de Indiana Jones, que junta muito bom humor, explosões, cenas de luta, perseguição, tudo ao vivo. Essa atração é exatamente a mesma de quando estive aqui aos quinze anos e o parque era chamado MGM Studios.

Em seguida, corremos para ver carros em alta velocidade e em todo tipo de acrobacia. O cheiro de pneu queimado é constante. Isso já dá uma ideia das loucuras que os pilotos fazem. É um verdadeiro balé.

Depois Muppets. Menos interessante do que da primeira vez, mas ainda com algumas boas piadas. Não sai da minha cabeça a tentativa de um dos personagens de mostrar um rato qualquer como Mickey Mouse. Um outro o repreendeu, ao que ele respondeu: "O que é que tem? Eles são turistas. O que eles sabem?" Ri muito, mas terminei perdendo de ver a Bela e a Fera. Faz parte. Cheguei tarde porque quis.

De lá, mais uma atração antiga: o voo de Star Wars. Apenas adaptaram uma parte com o novo que foi lançado no ano passado. 3D. Janaina foi identificada logo no início como espiã e teve sua foto mostrada para todos como procurada. Morri de rir.

No almoço, comemos no Backlot Express, vizinho ao Star Wars Tours. Por menos de $15, você pegar um cheeseburger de angus com bacon com muitas fritas e refrigerante.

Ruim foi a apreensão de ir de estômago cheio para as duas atrações mais radicais (no padrão Disney): a montanha russa de Aerosmith e a Twilight Zone Tower of Terror. Mas as filas estavam grandes e não reservamos FastPass para elas. Ou seja, levaria um certo tempo.

Uma tinha espera de 40 minutos; a outra, 50. Começamos pela menor: a montanha russa. Somos convidados pela banda Aerosmith para um show deles, mas estamos atrasados e temos que voar no trânsito. Essa montanha russa tem uma aceleração inicial que dá medo. As fotos tiradas desse momento refletem bem isso. Ela não vai o tempo todo na mesma velocidade, mas ainda assim é muito rápida. Tanto que há loopings, mas a mochila que ia junto ao meus pés nem fez menção de desabar.

Depois, o temido elevador da torre Twilight. A estória aqui é que um povo morreu num dos elevadores durante uma tempestade no início do século passado. E agora temos que enfrentar a viagem num dos elevadores. É tanto arremesso para cima e para baixo... É bem divertido. Dizem que cada vez os arremessos são diferentes. O elevador até abre as portas para vermos o parque lá de cima durante algumas quedas. Numa delas, mal fomos arrmessados para cima, já despencamos.

Eram 17h30 e já deveriamos nos dirigir a Fantasmic, show de águas, luzes e fogos do Mickey Mouse. Uma coisa que todo mundo que vai a um parque Disney tem que fazer é garantir seu ligar num show desse. São sempre lindos. Compramos sorvete - uma ótima ideia para um dia muito frio - e fomos buscar um lugar no show das 19h. Nem preciso dizer que as mãozinhas sofreram com o frio e precisamos calçar as luvas. Sim luvas se calçam e meias se vestem. Português não é um mistério?

Depois do show, ainda tínhamos 10 minutos para o show sinfônico de fogos. Era tanto frio que corri para uma atração de 10 minutos: Star Wars: Path of the Jedi. É um filmezinho para o povo que nunca viu Star Wars se orientar sobre a história. Afinal há quase um mundo de Star Wars nesse parque. No nosso caso, valeu pela temperatura: bem quentinho. Uma delícia! Pena que não começou assim que entramos. Perdemos o início do show de fogos, mas vimos o grand finale. Lindo!

Hora de pegar o trenzinho para o estacionamento. Dica importante: memorize muito bem onde estacionou o carro. Conte filas, tire foto, use referenciais. Os carros aqui não têm a placa da frente e os estacionamentos são enormes! Sem saber ao menos onde o danado pode estar nem adianta acionar a buzina. Especialmente porque na saída há um festival de buzinas acionadas por gente que não sabe onde está o carro.

Engarrafamento da Sand Lake Road, Sorry e Hello no rádio e chegamos ao hotel para dormir o sono dos justos. Mais tarde eu conto sobre hoje.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Orlando com chuva de novo

Hoje a chuva chegou com força por aqui. Como ontem a chuva não foi tão forte, terminamos decidindo enfrentá-la hoje, mas encontramos uma chuvinha insistente que engrossou de verdade. Depois do café da manhã, saímos às 9h40 para o complexo da Universal, que fica na mesma rua do hotel, mas o GPS sempre indica um certo arrodeio para chegar lá. Cortando caminho, imagino. 

Universal Studios, Universal Islands of Adventure e Universal CityWalk (esse só vale a pena à noite - boates, bares, pubs, etc...) ficam no mesmo endereço e utilizam o mesmo estacionamento. Por falar em estacionamento, adivinhem, o preço subiu. Agora são $20. Pegamos algumas esteiras até a entrada do parque. Na entrada é preciso registrar uma impressão digital para ter acesso (o ticket para os dois parques pode ser usado durante 14 dias). Dei os ingressos trocados: virei Janaina; e Janaina, Raissa. Tenho que lembrar disso enquanto for usar o ingresso sob pena de ter que me explicar no acesso, mostrar passaporte e tudo mais - o que já ocorreu na minha última visita a Universal. 

Logo na entrada é preciso pegar um mapa - regra essencial em qualquer parque por aqui. Os parques são gigantes e é preciso ter pelo menos uma ideia de onde você está. Perder-se é a regra. E com a minha habilidade de entender mapas então... Nem perca tempo de pegar o mapa em português no complexo Universal: os horários das atrações com show só estão disponíveis no mapa em inglês. Se tem dificuldade com a língua, pegue os dois. 

Começamos pelo Studios. A maior parte do povo seguiu para Islands of Adventure. Se pretende fazer os dois parques no mesmo dia (coisa que só é possível no inverno americano), comece pelo Studios - a caminhada será, digamos, ladeira abaixo quando passar para Islands of Adventure. 

Lá fomos nós para o ET. Já perdi as contas de quantas vezes ajudei o ET a voltar para seu planeta e salvar seus amiguinhos com seu poder de cura. É uma atração bobinha, mas linda. No início é preciso dizer seu nome - nem perco meu tempo; aviso logo que vou soletrar. Raissa é uma verdadeira armadilha para os americanos, coitados. Isso tudo para o ET dizer seu nome no fim. Confesso que nunca ouvira meu nome, só o dos outros. Dessa vez vi o coitadinho tentar: saiu algo tipo Rayz. Ouvi o de Janaina bem mais nítido. 

Na sequência, Terminator. Essa é uma atração que mistura performance ao vivo com cinema 3D, por isso tem hora para começar. Para quem lembra de Exterminador do Futuro, esse é inspirado no número 2. Legal. 

A chuva apertou na saída e corremos para The Simpsons Ride. Essa é a sucessora da ótima Back to the Future. A estrutura é a mesmíssima de décadas atrás, mas toda adaptada ao humor ácido dos Simpsons. Nem se iluda achando que é para criança. The Simpsons Ride consegue ser pior do que uma montanha russa e aproveita cada segundo para criticar os parques temáticos (e olhe que a atração está num dos maiores) com claras referências a grandes atrações, como o show de Shamu no Sea World, e a realidade de que toda atração termina na loja da atração. Numa das quedas, até os capetas estão preparados para te pegar.

Fui ver o show de The Blues Brothers, conhecidos no Brasil lá nos anos 80 como os irmãos Cara de Pau. Como estava chovendo não houve o animado show, mas os atores/cantores ficaram disponíveis para fotos. Amei! São muito simpáticos.

Em seguida, uma moça me pediu para participar de uma pesquisa. O complexo Universal adora pesquisas. E eu tenho um chama para elas aqui nos EUA!

Dali fomos para a montanha russa coberta Revenge of the Mummy. Ela fica na antiga atração do King Kong, que voltará totalmente repaginada no Islands of Adventure. Essa montanha russa só não lhe mata, mas prepara o funeral. Tão radical que é preciso deixar tudo num locker. Boa notícia: todos os lockers (armários) de atrações na Universal são de graça por determinado tempo (entre 30-60 minutos, dependendo da atração). No inverno, isso é tempo mais do que suficiente para ir e voltar para pegar as coisas. 

Na saída, procurei Disaster. Depois de décadas, a Universal resolveu fechar Disaster para colocar algo totalmente diferente no lugar, cuja inauguração ocorrerá somente em 2017. Me deu uma ponta de tristeza, mas assim é a vida: algo antigo vai para que algo novo possa surgir. 

Fui aos Transformers 3D. A fila em si já é uma atração com todos os botões de computadores e vídeos à disposição. Super radical, mas dá para levar a bolsa. 

Na saída, matei minha curiosidade de comer uma turkey leg. Me senti uma mulher das cavernas. É enorme e até difícil de comer. Vale pela foto e pela fome. Por $ 14.37 (com imposto) você ainda leva um pacotinho de Lays. Duas pessoas podem dividir sem problemas. 

Finalizei o Studios com Harry Potter, inaugurado no ano passado. Agora há Harry Potter nos dois parques e você pode passar de um para o outro pegando o Hogwarts Express, desde que seu ticket dê acesso aos dois parques.  Mas o mundo mesmo de Harry Potter já vale a pena só de ver. Impressionante em cada detalhe, Atravesssamos uma parede para chegar até lá. A melhor atração do Studios é Harry Potter and the Escape from Gringotts. Logo no início o diabo de uma bruxa faz o trilho da montanha russa descer e lá vamos nós ladeira abaixo. Radical e por isso tivemos que usar lockers mais uma vez. 

Ainda havia de grandes atrações Shrek 4D, Minions Mayhem e Hollywood Rip, Ride, Rock-it. Das três, até iríamos na última - uma montanha russa aberta que lhe lança em 90º como um foguete com direito a escolha individual de música. Da vez anterior, fui ao som de Evanescence (Bring Me to Life); Janaina escolhera a otimista I Will Survive (Gloria Gaynor). Desta vez, pactuamos que não iríamos nas abertas por causa da chuva e da ameaça de raios. Por isso, encerramos o Studios.

Pegamos o Hogwarts Express para Islands of Adventures. O trem já lhe coloca na história de Harry Potter, como se estivéssemos no meio dela. Entramos no mundo de Harry Potter do outro parque à tarde (por volta das 15h) e fomos direto para a Forbidden Journey, a montanha russa do castelo que estava fechada na última visita. Uau! Show! Não é bem uma montanha russa, mas você é lançado em todas as direções com direito a 3D.

Daí partimos para nos molhar de verdade. Depois de muito frio, 18º representam calor. E como diz aquele ditado, "quem está na chuva...". Rumo ao Jurassic Park. Já sabíamos que não visitaríamos dois mundos desse parque: um deles para crianças (Seuss Landing) e o outro (The Lost Continent) por não ter nada de diferente e interessante, a não ser um túnel de água em Poseidon's Fury, cuja parte teatral é muito longa. 

E aqui começa a descida. Por isso o ideal é começar pelo Studios. Do contrário, essa é a hora da subida. Fomos ao River Adventure para ver dinossauros e enfrentar uma queda desgraçada e molhada. Uma diversão.

Já partimos para outro mundo (Toon Lagoon). Aqui são os quadrinhos infantis, como Popeye, que dão as cartas. Corri para Rip Saw Falls, mas estava fechada (reabre amanhã!). Então me dirigi a Popeye & Bluto's Bilge-Rat Barges. Se alguém estava seco até aqui, não escapou. Entramos em corredeiras e é água para todo lado com os solavancos do caminho. E ainda há quem perca seu tempo para espirrar água nos outros pagando 25 centavos para usar um esguicho. É bem divertido.

Por fim, com as pernas absolutamente encharcadas (a capa de chuva não faz milagre), fomos para Marvel Super Hero Island. A montanha russa do Hulk está passando por grandes mudanças e reabre no verão americano. Não tenho coragem de ir em Doctor Doom's Fear Fall, ainda mais chovendo. Logo, encerrei Islands of Adventures com Spider-Man, uma atração em 3D com bastante velocidade.

A saída foi super tranquila. Cheguei por volta das 17h40 no hotel mesmo tendo passado pelo engarrafamento diário e sem graça da Sand Lake Road, que corta a Universal Boulevard, rua onde fica o hotel em que estou hospedada.

Agora estou criando coragem para dar uma esticada até a Orlando Eye para conhecer um bar ou restaurante. A previsão diz que a chuva vai parar em 37 minutos. Essas previsões daqui são ridiculamente precisas. Mas devo dizer que Orlando tem um clima amigo: frio e chuva raramente andam juntos. Ou chove e faz calor, ou faz sol e frio.

Quem vier no verão se prepare para 40º em média e temporal quase todo dia às 17h. E essa programação de dois parques num dia só é praticamente impossível, a menos que se queira ver bem menos atrações.

That's all for now, folks!

Orlando com chuva

7.º dia de viagem, 4.º dia em Orlando. Para vir para cá e não ter surpresas, é bom se acostumar a seguir a previsão do tempo. Hoje, por exemplo, a previsão era de tempestades (chuva com raios). A chuva foi fininha, mas insistente o dia inteiro. Melhor adiar os parques e antecipar as compras. Mesmo não estando frio (a coisa ficou nos 16º), é chato acompanhar o abre e fecha da montanha russa por causa da chuva. E se tenho medo de altura, juntar isso a raios já é demais.

Começamos o dia um pouco mais tarde e fomos à Perfumeland, uma loja de brasileiros bem conceituada por aqui. Havia algumas boas promoções. Algumas. Os clássicos estavam todos com preço normal de perfume. Para quem gosta dos importados (basta um pingo para o cheiro tomar conta) sempre vale a pena comprá-los por aqui, independente do dólar. É que se sobe em dólar, o preço sobe no Brasil também (são importados). Ainda estou imaginando quantas vidas Janaina terá para usar todos que adquiriu...

Em seguida, fomos para o Pointe Orlando, shopping que fica bem pertinho da Orlando Eye. O estacionamento é pago por períodos (2 em 2 horas). Não aceita dinheiro, só cartão de crédito porque os guichês de recebimento são automáticos. Paguei $6 por ficar entre 2 e 4 horas. 

No Pointe Orlando, o meu interesse era um só: Tommy Hilfiger Clearance, a loja dos encalhes da TH. Mas se há dois anos achei blusa de $7, short de $4 e calça de $10, tive que me contentar com $13 como o menor preço. Em compensação, o atendimento melhorou demais. Bati até papo com uma das funcionárias de lá, que inclusive me ajudou a decidir sobre algumas roupas. Também tive mais paciência e provei quase tudo. Não quero ficar com blusas super largas por falta de prova. Aliás, esta é a regra número um daqui: não confie no olho, nem na etiqueta. Prove as roupas! Daí a dificuldade em presentear com roupas. 

Também havia esquecido que esta loja Tommy não aceita qualquer outro cupom de desconto. Eu queria usar um e-mail, mas não pude. Guardei para a loja do Orlando Premium, outro shopping.

Na saída, resolvi conferir a Victoria's Secret. Nunca havia entrado pra valer numa. Terminei comentando isso com a vendedora Rosie. Para quê? Viramos cobaias num treinamento da Victoria's Secret. Fomos paparicadas por uma ruma de mulheres, provamos n sutiãs e fomos atendidas diretamente por Olga, a responsável pelo treinamento da Victoria's Secret em todos os Estados Unidos. Ela fez questão de nos dizer que este era o nosso lucky day, pela coincidência de ser nossa primeira vez lá e ela estar em Orlando e naquela loja realizando o treinamento com as meninas. Tivemos uma aula sobre sutiãs. Fomos tratadas como superstars. Ficamos tanto tempo à disposição delas (éramos 5 mulheres num provador, embora tenham entrado ali muitas mais!), que no fim, ganhamos cada uma um desconto de $20 para comprarmos produtos Victoria's Secret. Saímos de lá com sutiãs (m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s) e cremes hidratantes. A brincadeira nos custou em torno de $180, mas valeu cada centavo. Tiramos uma selfie com Rosie (essa que aparece na frente tirando a foto) e algumas das meninas. Esquecemos de chamar Olga para a foto...


E lá fomos nós ao Burger King para almoçar. Começar a fazer compras sempre dá uma depressão pela rapidez com que o dinheiro vai embora, mas é preciso lembrar o tempo de economia para que chegássemos até aqui. Demos uma espanada na depressão e tomamos o rumo do Orlando Premium. Como chegamos à tarde, o local estava lotado (o povo só faz compras à tarde). Rodei muito para achar uma vaguinha no enorme estacionamento. Quem vem a Orlando precisa se acostumar com o fato de que o padrão de shopping aqui está mais para o CCAB do que para o Midway Mall. Não há primeiro andar; tudo se espalha por milhares de metros quadrados. Às vezes há ruas dividindo o shopping. Então nem pense que você vai aguentar rodar de loja em loja com suas compras. Pegue um mapa, compre seu livro de descontos (coupon book) por $5, marque o que deseja mesmo ver e onde quer comprar e siga seu trajeto. O mapa é essencial. Eu, por exemplo, sempre me perco. E hoje, para variar, tomei mais chuva porque achei que ia numa direção e estava seguindo para o lado oposto. 

Fui logo à Tommy Hilfiger. Depois de muitas compras, saquei meu celular para usar meu e-mail com desconto e...descubri que só tinha 1% de carga e a fila estava enorme. Deixei Janaina na fila e corri para comprar o livro. O desconto do e-mail era bem melhor, mas não podia correr o risco de chegar a hora de  pagar e o celular ter dado o último suspiro. Livro comprado, voltei para a fila e, na hora de pagar, o celular já era. Mostrei ao caixa e perguntei se era suficiente eu passar para ele o código do desconto. Ele me disse que tinha que ver o e-mail. Quase morri. Perdi uns $40 por isso, mesmo usando o desconto do livro. Vocês já podem imaginar a cara de "eu avisei" de Janaina por ter me dito um milhão de vezes para trocar meu celular ultramoderno quem nem o botão físico de liga/desliga funciona mais. Só me recolhi à minha insignificância. Vou passar para um velhinho mais enxuto em Natal.

Ainda fomos a Calvin Klein. Assim que compramos na TH, recebemos 10% para usar na CK, fora outros descontos para outras lojas. É assim que os americanos fazem a roda das compras girar num shopping enorme. E esses descontos só valem para o mesmo dia. Aquilo fica martelando na sua cabeça. Por isso digo que é preciso traçar um plano para começar as compras por aqui e não perder a cabeça e torrar todo o dinheiro.

Finalizamos na rainha dos preços baixos: a Gap. Achei blusa até de $ 5.99. Só não dá para escolher muito. Quando achamos a cor, não achamos o tamanho. E vice-versa. E se achamos os dois, na maioria dos casos o preço é bem maior.

Já noite em Orlando entramos no carro. E tome engarrafamento na Sand Lake Road! Orlando não tinha muito isso não. No entanto, desde que aqui cheguei todos os dias vi engarrafamentos grotescos. Acho que por isso estão duplicando várias estradas na Flórida e algumas vias aqui. Mas assim que passamos no teste da paciência da Sand Lake Road, num pulinho chegamos ao hotel. Tiramos o resto da noite para organizarmos as malas, já que as compras acabaram. E eu aproveito sempre o finzinho de noite para atualizar o blog.

Amanhã a previsão é de chuva com raios, tudo mais intenso. Como adiantamos muito as compras, provavelmente vamos ficar pelo hotel mesmo, só saindo para comer. Dou detalhes amanhã.

P.S.: Já ia esquecendo de avisar como ligar para o Brasil sem o wifi. Uma opção barata é achar um telefone público (cada vez mais raros) e ligar 1-800-745-55-21. Esse é o número do Brasil Direto da Embratel. Escolha 1 para português e 1 novamente para ligar a cobrar sem necessidade de atendente. Pronto! Basta discar o código da cidade e o número do telefone que você quer acessar. É assim que falo com quem não usa internet. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Potiguar 2016: Palmeira x Potiguar às 20h

Local: Estádio Nazarenão

Palmeira (4-4-2): Yuri, Augusto, Rafael, Lucas Carioca, Guilherme; Oliveira, Tiago Bispo, João Luka, Moisés; Romário, Santa Cruz. Técnico: Marcos Ferrari.

Potiguar (3-5-2): Santos, Marinho, Ramon, Anselmo; Magno, Jozicley, Dunga, Radames, Ciel; João Manoel, Carlos Alberto. Técnico: Bira Lopes.

Árbitro: Tarso Rocha Lula Pereira (FNF)
Assistentes: João Henrique Queiroz da Silva (FNF) e Giovanni Luigi de Medeiros (FNF)

Destaques do Palmeira
Yuri - faz o que pode.
Moisés - bom na movimentação.

Destaques do Potiguar
Santos - experiente.
Jozicley - bom na marcação e no apoio ofensivo.

Prognóstico: o Palmeira (6.°) ainda busca a melhor formação. O Potiguar (5.°) tem mais entrosamento. Vitória do Potiguar.

Potiguar 2016: Baraúnas x Alecrim às 20h

Local: Estádio Nogueirão

Baraúnas (4-4-2): Érico, Batata, Nildo, Cláudio Baiano, Deivinho; Henrique, Fabrício, Romário, Murilo; Fabinho Cambalhota, Charleson. Técnico: Givanildo Sales.

Alecrim (4-4-2): Messi, Albert, Geilson, Charles Paraíba, Cleiton Paraíba; Santiago, Arês, Diego Mipibu, Ronaldinho; Felipe Potengi, Carlos Henrique. Técnico: Fernando Tonet.

Árbitro: Carlos José da Silva (FNF)
Assistentes: José Givanilson dos Santos (FNF) e Belchior Ferreira Neto (FNF)

Destaques do Baraúnas
Érico - líder.
Fabinho Cambalhota - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Alecrim
Arês - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Ronaldinho - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: com mais jogadores à disposição, o Baraúnas (6.°) deve superar o Alecrim (8.°). Vitória do Baraúnas.

Potiguar 2016: América x ASSU às 19h

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelos canais EI MAXX2 e Esporte Interativo)

América (4-3-3): Pantera, Gabriel, Flávio Boaventura, Gustavo, Alex Cazumba; Bruno Renan, Felipe Macena, Cascata; Reis, Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Técnico: Aluísio Moraes.

ASSU (4-4-2): Elias, Sandro, Romeu, Gilmar, Rogerinho; Lano, Jair, Marcelo Assú, Léo Silva; Tiago Souza, Ila. Técnico: Reginaldo Souza.

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (CBF)
Assistentes: Flávio Gomes Barroca (CBF) e George Ítalo Antas Nogueira (FNF)

Destaques do Mecão
Cascata - bom na movimentação e na finalização.
Thiago Potiguar - terror da linha de fundo, é artilheiro da competição.

Destaques do ASSU
Marcelo Assú - bom na movimentação e na finalização.
Tiago Souza - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: jogo duro, mas o América (2.°) leva vantagem sobre o ASSU (3.°) principalmente por jogar em casa. Vitória do América.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Orlando - Tampa - Orlando

Esqueci de falar de três coisas curiosíssimas nesta viagem: há poucos brasileiros por aqui em relação ao número de americanos (normalmente a coisa fica 50-50 ou até 60-40 para os brasileiros), o número de vezes que ouvi sirenes de bombeiros e policiais e o número de ultrapassagens que já levei tanto na viagem de Miami a Orlando, como na de Orlando para Tampa e na volta para Orlando. 

Sobre o número de brasileiros, o motivo é óbvio: quem não pegou uma oferta muito boa (meu caso) não vem. O inglês voltou a ser extremamente dominante por aqui. Mas há uma ruma de gente de olhinho puxado. Até na Orlando Eye 4 restaurantes são de orientais. 

Sobre as ultrapassagens, estou acostumada a empreendê-las em viagens. Mas por aqui devo realizar uma ou duas a cada cem que levo. É humilhante como só eu ando no limite de velocidade. Bem, os outros não têm ideia do que é uma multa multiplicada por 4,20...

Sobre as sirenes, o coração dispara. Não é fácil estar nos Estados Unidos e não lembrar de ataques terroristas e de todo tipo de louco que já matou gente por aqui.

Hoje o sol deu o ar da graça e já senti calor, mesmo com a mínima partindo de 17º.  É que aqui não há muito vento e o clima é um tanto quanto seco. Assim, fomos ao Busch Gardens, que fica em Tampa. São muitas montanhas russas com loopings de todos os estilos e tamanhos. Destaque para Kumba, que já foi a maior do mundo com seus 8 loopings, e Sheikra, com sua paradinha "sem graça" antes da descida. Mas há também Cheetah Hunt com suas subidas furiosas e as ótimas atrações de sair encharcada, como Congo River Rapids, e encharcada depois de descidas radicais, como Stanley Falls e Tidal Wave. Nada de casacos! Hoje foi dia de camisa do Mecão e capa de chuva para as atrações molhadas. 

Em 1h mais ou menos se chega a Tampa. A maior parte do trecho é a 70 mph. O problema foi que hoje todos os engarrafamentos do mundo resolveram se formar. O bom de estrada privada é ter os avisos nos letreiros bem antes de chegar ao problema (normalmente 3 milhas antes). Aliás, as estradas daqui dão um sono danado. Não há buracos e é tudo uma reta sem fim. Por isso nem coloco o cruise control.

Fui ouvindo rádio. Vou dizer uma coisa: pode até ter gente que goste de Justin Bieber e Adele como os americanos, mas não há quem os supere. Já ouvi Hello umas vinte vezes desde que comecei a dirigir por aqui (22/01) e Justin Bieber parece até comercial - qualquer música sua toca praticamente a cada duas canções. Por mais que seja repetitivo, é muito melhor que certas músicas que infestam as rádios brasileiras. Nem me irrito com a repetição; acho graça.

No Busch Gardens, o estacionamento também aumentou para $18. Em seguida, pegamos um trenzinho para chegar até a entrada. E aí começa um dia de extensas caminhadas num ambiente com bichos para todos os gostos. Para onde olhamos, há flamingos, orangotangos, tigres, aves, répteis e muito verde. Dessa vez, deixei tudo num locker (armário cofre) perto de Stanley Falls ($0.50 por uso), coloquei a capa de chuva e fui para as atrações molhadas. No caminho para a última, resolvi passar logo por Kumba. Até um garotinho me perguntou se Kumba era uma atração molhada por me ver de capa de chuva. Respondi que não; na verdade, já estava pronta para a próxima. Como esperado, Kumba secou rapidinho minha capa. Por falar nisso, no acesso a Kumba, pois não é que um brasileiro reconheceu a camisa do América por baixo da capa de chuva molhada? Incrível! Devia ser torcedor também.

Aí resolvi fazer logo tudo de capa de chuva (comprei no Walmart com o mesmo preço da última viagem: $ 2.97). No fim, usei o locker só uma vez. Mais econômico e seguro, uma vez que não corri risco nem de molhar as coisas nas atrações em que eu podia entrar com itens soltos. Guardei as capas (nada como uma montanha russa para secar uma capa de chuva!) e me dirigi ao Dragon Fire Grill para almoçar e assistir a um show de dança. Esse restaurante fica em frente ao Falcon's Fury - a mais nova atração do Busch Gardens para doidos varridos. Nela, a pessoa sobe mais de 100 metros, apenas para ter sua cadeira virada de rosto para baixo no ponto mais alto e então descer com tudo, como se fosse um falcão em plena caçada. Não fui. É praticamente suicídio para quem tem medo de altura como eu e já enfrentara Manta no dia anterior, e Sheikra no mesmo dia.

Comi as melhores costelas bovinas da minha vida. Um prato de costelas com batatas fritas e um cookie condimentado e uma Heineken de garrafa de alumínio saíram por $ 26.73 (com imposto). A garrafa segue para coleção. Em seguida houve um interessante show de dança no restaurante. Deu para relaxar. Assim que acabou, comecei a peregrinação para sair do parque (o Busch Gardens é enorme).

Na mesma rua do parque, parei para abastecer. Novamente $10 encheram meio tanque do Corolla. O galão saiu a $ 1.77. 

Na chegada a Orlando, tomei um banho, mas repeti a camisa do Mecão. Resolvi voltar à Orlando Eye e descobri que há muitos bares e atrações por ali agora. Não resisti e tomei um sorvete: só americano mesmo para inventar um sabor com brownie e caramelo salgado (sim, salgado!). 

Outro grupo de brasileiros reconheceu a camisa do América. Ah, quase esqueço de dizer que vi uma camisa do Flamengo e outra do Corinthians no Busch Gardens. Ou seja, o América detinha o maior número de camisas do futebol brasileiro hoje no Busch Gardens.

Voltando à Orlando Eye, eis o novo point do momento. O local é super agradável. Até estacionamento com valet existe. E é um desfile de carros esportivos aguardando esse tipo de estacionamento. Eu nem preciso. Atravesso a rua a pé mesmo. Alguns bares estavam bem cheios (numa terça à noite). Tem restaurante japonês, mexicano, espanhol, italiano... Tem Outback. Tem sorveteria. Tem Walgreens (farmácia). Tem burburinho.

Amanhã e quinta têm previsão de chuvas e trovoadas. Vejamos o que dá para fazer.

Potiguar 2016: Globo x ABC às 19h

Local: Estádio Barrettão (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pels canais EI MAXX2 e Esporte Interativo)

Globo (4-4-2): Rafael, Alexsandro, Jemerson, Alex, Renatinho Carioca; Leomir, Pablo Oliveira, Rivaldo, Renatinho Potiguar; Romarinho, Vavá. Técnico: Higor César.

ABC (4-3-3): Vaná, Filipe Souza, Gustavo Bastos, Gabriel, Hugo; Márcio Passos, Gomes, Erivelton; Amoroso, Nando, Alvinho. Técnico: Narciso.

Árbitro: Leandro Saraiva Dantas de Oliveira (CBF)
Assistentes: Luís Carlos de França Costa (CBF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (FNF)

Destaques do Globo
Renatinho Potiguar - bom na movimentação e na finalização.
Vavá - atacante que não perdoa.

Destaques do ABC
Márcio Passos - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Alvinho - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o Globo (4.°) vem bem mais entrosado do que o ABC (2.°). Vitória do Globo.

Miami - Orlando

O 2.º dia em Miami (3.º da viagem) começou com o café da manhã no Burger King. 1 small coffee ($1) é grande o suficiente para 2 ou até 3 pessoas. Aliás, quase tudo dito small por aqui quando se trata de comida não é pequeno. A small soda ($2.09) do mesmo Burger King tem quase 500ml e direito a refil. Além do small coffee, small hash brown (digamos que é uma batata frita que parece um nugget - também $1), croissan'wich (um sanduíche feito croissant com ovos, queijo e hamburguer de linguiça ou bacon - há um combo de 2 por $4).

Do Burger King segui para o Sedano's, um supermercado na rua do hotel (3 quarteirões). Encontrei um homem em seus 30-40 anos falando sozinho quase na porta do supermercado. Imediatamente lembrei de São Paulo. Nunca vi tanta gente falando sozinha nas ruas como em Sampa. Mas Miami entrou forte na disputa pelo primeiro lugar neste ano. No Sedano's, comprei 24 garrafinhas d'água purificada (uma concorrente da mineral) por $ 2.99. Na noite anterior, eu precisei comprar no hotel e paguei $ 1.65 por apenas 1! Compro água mineral principalmente por causa dos parques. É que aqui nos Estados Unidos podemos beber água da torneira sem qualquer risco de morrermos de cólera ou qualquer coisa assemelhada. A água é tratadíssima e chega a ter gosto mais forte do que a de Natal. No Sedano's também encontrei batatas fritas por $2. Todas por aqui são boas; não precisa ser Ruffles. E Waffers Sedano's de chocolate e doce de leite saíram por $ 0.79 cada.

Aí chegou a hora de visitar o Vizcaya Museum. No caminho, uma rajada de vento balançou o carro como se fosse terremoto. Deu medo. O vento estava tão forte (chegou a 35 mph nesse dia) que eu precisava corrigir a rota do carro para esquerda a quase todo instante. O caminho por Coral Gables e Coconut Grove mostra as mais belas e agradáveis áreas de Miami. Na chegada ao Vizcaya, ninguém na porta. Entro ou não entro de carro? Na dúvida, encostei de lado. Logo levei uma buzinada (coisa típica por aqui): um funcionário parou para reclamar que eu estava bloqueando a entrada (eu não estava, mas eles não passam com outro carro aparentemente na vez) e eu aproveitei para perguntar se podia entrar com o carro. "Claro", respondeu. Entrei e lá dentro descobri que o estacionamento estava lotado e eu tinha que seguir para o outro lado da rua para deixar o carro no estacionamento extra. Ou seja, entrei para sair. Nada que atrapalhasse a beleza do Vizcaya. Nunca havia visto uma propriedade assim. Recomendo demais a visita a este belo museu que já foi residência de inverno de um milionário. A entrada custa $ 16.

Na volta, um combo no Burger King (5 for $4). Banho tomado, hora de dirigir até a American Airlines Arena para ver o novo show de Madonna. Só que Miami, como Natal, tem sempre vento, mas no sábado 23/01, ligaram um tufão na cidade. Isso, junto a uma onda de frio, fez com que a sensação térmica despencasse para próximo de 0º. A Arena só abriria as portas às 19h, mas às 18h era precisa achar um lugar para estacionar até porque a cidade já se preparava para a Maratona de Miami no dia seguinte, com vários bloqueios de rua. A 2 quarteirões da Arena estacionei a $25. Quase chorei, mas quem manda meu país ter uma moeda se desfazendo igual a castelo de areia na beira-mar? 

A vista da espera na frente da Arena é linda. A American Airlines Arena fica do lado do Bayside Market Place, ambos à beira da Miamarina e de frente para a Freedom Tower e o famoso Skyline de Miami. O problema era o frio e o vento. Lembrei da espera no frio congelante do Magic Kingdom em 2014 e do Lago Negro de Gramado em 2010 (ou 2011?). A única vantagem aqui era saber que a tortura acabaria com a abertura das portas da Arena. 

1 cachorro quente para não ficar muito tempo em jejum custa $7 no ponto mais barato da Arena. Havia de $10. E como todo cachorro quente americano, uma delícia!

Madonna arrasou. Ela tem uma relação bem íntima com a cidade (morou em Miami até 1996, salvo engano). Para completar, ainda era aniversário de 10 anos de sua filha Mercy Jones. Com fôlego naturalmente diminuindo com o avançar da idade, a Rainha do Pop agora mostra natural talento para a comédia. Brincou com o público o show inteiro. Intercalou bem mais músicas lentas e flashbacks, alguns até sem ela estar no palco, como se fossem performances de seus dançarinos. E daí? O show foi superlativo. O que assisti no Morumbi não amarrou nem o chinelo da Rebel Heart Tour. 10!

Aliás, que povo abençoado o de Miami! Dois dias seguidos de Madonna, e ainda Plácido Domingo na mesma semana. Achou pouco? Tem Rihanna em 15/03 e Adele (sim, Adele!) nos dias 25 e 26 de outubro. Enquanto isso em Natal...

O show acabou mais de 1h da manhã e a saída foi congelante. Valeu a pena ter deixado o carro a dois quarteirões. Escapei da parte totalmente parada do congestionamento. Até conseguir chegar ao hotel, tomar banho e dormir, já eram 3h30. Resultado: nada de podcast no domingo.

Acordei já quase na hora de ouvir Marcos Lopes pelo Tune In narrando Alecrim 0x4 América. Já ouvi o finzinho do jogo tomando banho. Corri para fazer check-out (às 11h encerra a diária), tomar café no BK e partir para Orlando. 224 milhas, com trechos a 40, 55 e (a maior parte) 70 mph. Parei quase na última plaza para abastecer. Outra buzinada por seguir o limite de velocidade. Foi a primeira vez na minha vida que banquei a frentista. É que essa profissão quase nem existe mais nos Estados Unidos. Paguei $ 10 dentro da loja de conveniência. O galão custava $1.83. Deu meio tanque no Corolla. Onde abastecemos meio tanque com menos de R$ 50 no Brasil?

A viagem é quase uma reta só, sem buracos e sem sustos. Nem acertei o cruise control porque fiquei com medo até de dormir dirigindo. Aqui já não usamos o pé esquerdo nem a mão direita. Se não precisasse controlar a velocidade e usar o pé direito corria o risco de dormir mesmo ante o cansaço da noite anterior.

E nessa história de não usar pés e mãos, vi um cara viajando a 70 mph e lendo e digitando no celular! Só acredito porque vi pelo retrovisor e o acompanhei por uns 10 minutos.

Em Orlando, o trânsito é menos selvagem do que em Miami apesar de que tudo é praticamente uma viagem. Mas viagem mesmo eu fiz ao entrar no quarto do La Quinta: viajei no tempo. O quarto tem decoração muito semelhante com a que vi na primeira vez que vim aos Estados Unidos, isso há 22 anos! 

Outra coisa: foi a primeira vez na vida que passei mais frio em Miami do que em Orlando. 

Os preços do BK são os mesmos de Miami, com a vantagem de que aqui em Orlando o imposto é mais baixo (6.5% contra 7%). Fui logo ao Walmart, uma verdadeira tentação para qualquer brasileiro. Uma dica: o Walmart é vendedor oficial dos produtos Disney. Lá você compra qualquer artigo bem mais barato do que dentro dos parques. E a sessão de chocolates? Impossível não se abestalhar!

Hoje foi dia de Sea World. O estacionamento agora custa $18. Mas Shamu voltou! O show One Ocean continua encantando como sempre. Manta é sempre um capítulo à parte e que sempre merece bis. Descobri que ela não segue a lógica das outras montanhas russas: ir na frente é moleza; fogo é ir na última fila. O armário para guardar tudo (em Manta, não se pode ter nada nos bolsos porque sai voando!) custa $1/hora. A fila era de apenas 10 minutos. Fui 2 vezes e não excedi os 60 minutos.

Na volta ao hotel, resolvi conhecer (depois do BK, claro) a famosa e recém inaugurada Orlando Eye - uma roda GIGANTE mesmo - de onde se vê Orlando e cidades vizinhas. Fui a pé, afinal era só atravessar a rua. São 23 minutos numa volta panorâmica. Fui à noite. O pessoal do controle deve ter se acabado de rir com o meu medo de altura, finalmente também sentido por Janaina. Eu fiquei praticamente imóvel, sentada no banquinho e agarrada no ferro central, com medo até de respirar e assim balançar aquele negócio, que poderia despencar (de acordo com o meu medo). Cheguei a ver os fogos do Magic Kingdom que fica numa cidade vizinha (Lake Buena Vista). 

Comprei o ingresso que dava acesso ao Madame Tussauds - museu dos bonecos de cera mais reais do mundo. Um show! Orlando Eye + Madame Tussauds para duas pessoas com imposto ficou por $83.08. Mas quem está na chuva é para se molhar, né? Aí comprei umas fotos com livro + ímã e chaveiro da visita ao Madame Tussauds. Outros $ 37.28 (snif, snif) foram embora.

Esses foram os dias 3, 4 e 5 da viagem.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Potiguar 2016: ASSU x Baraúnas às 17h

Local: Estádio Edgarzão

ASSU (4-4-2): Elias, Sandro, Romeu, Gilmar, Rogerinho; Lano, Jair, Marcelo Assú, Léo Silva; Tiago Souza, Ila. Técnico: Reginaldo Souza.

Baraúnas (4-4-2): Érico, Batata, Nildo, Cláudio Baiano, Deivinho; Henrique, Fabrício, Romário, Murilo; Fabinho Cambalhota, Charlerson. Técnico: Givanildo Sales.

Árbitro: Zandick Gondim Alves Júnior (CBF)
Assistentes: Ruan Neres Souza de Queirós (CBF) e Alex Batista da Silva (FNF)

Destaques do ASSU
Marcelo Assú - bom na movimentação e na finalização.
Tiago Souza - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Baraúnas
Érico - líder.
Fabinho Cambalhota - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o ASSU vem em melhor ritmo da fase de preparação. O Baraúnas ainda precisa de muitos ajustes. Vitória do ASSU.

Potiguar 2016: Alecrim x América às 9h30

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo EI MAXX2)

Alecrim (4-4-2): Messi, Albert, Geilson, Charles Paraíba, Cleiton Paraíba; Santiago, Diego Mipibu, Joan, Ronaldinho; Felipe Potengi, Carlos Henrique, Técnico: Fernando Tonet.

América (4-3-3): Pantera, Gabriel, Flávio Boaventura, Gustavo, Alex Cazumba; Bruno Renan, Felipe Macena, Cascata; Reis, Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Técnico: Aluísio Moraes.

Árbitro: Leandro Saraiva Dantas de Oliveira (CBF)
Assistentes: Jean Márcio dos Santos (CBF) e Francisco Jailson da Silva (CBF)

Destaques do Alecrim
Messi - versátil.
Ronaldinho - bom na movimentação e na finalização

Destaques do Mecão
Alex Cazumba - bom nos cruzamentos e cobranças de falta e escanteios.
Cascata - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o América é o franco favorito na busca do tricampeonato, especialmente por ter mantido a base do time do ano passado. O Alecrim ainda é uma incógnita. Vitória do Mecão.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Potiguar 2016: Potiguar x Globo às 17h

Local: Estádio Nogueirão

Potiguar (4-4-2): Santos, Marinho, Ramon, Anselmo; Magno, Jozicley, Dunga, Radames, Ciel; João Manoel e Carlos Alberto. Técnico: Bira Lopes.

Globo (4-4-2): Rafael, Alexsandro, Jemerson, Alex, Renatinho Carioca; Leomir, Pablo Oliveira, Rivaldo, Renatinho Potiguar; Romarinho, Vavá. Técnico: Higor César.

Árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF)
Assistentes: Vinícius Melo de Lima (CBF) e Belchior Ferreira Neto (FNF)

Destaques do Potiguar
Anselmo - experiente.
Jozicley - experiente, bom na marcação e no apoio ofensivo.

Destaques do Globo
Renatinho Potiguar - bom na movimentação e na finalização.
Vavá - atacante que não perdoa.

Prognóstico: ambas as equipes já se preparam há algum tempo, O Potiguar reuniu uma base que foi campeã em 2013 e o Globo vem mantendo uma base desde 2014. Vitória do Globo.

Potiguar 2016: ABC x Palmeira às 16h

Local: Estádio Maria Lamas Farache (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo EI MAXX2)

ABC (4-3-3): Vaná, Filipe, Jérferson, Gustavo, Hugo; Márcio Passos, Bida, Chiclete; Bruno Furlan, Amoroso, Nando. Técnico: Narciso.

Palmeira (4-4-2): Yuri, Augusto, Rafael, Lucas Carioca, Guilherme; Oliveira, Tiago Bispo, João Luka, Moisés; Romário, Santa Cruz.  Técnico: Marcos Ferrari.

Árbitro: Suelson Diógenes de França Medeiros (CBF)
Assistentes: Francisco de Assis da Hora (CBF) e José Givanilson dos Santos (FNF)

Destaques do ABC
Bida - bom na movimentação.
Chiclete - bom na movimentação.

Destaques do Palmeira
Guilherme - bom no apoio ofensivo.
Moisés - bom na movimentação.

Prognóstico: é o embate de duas incógnitas. O ABC por sua tradição, seu maior poder de investimento e por jogar em casa é o franco favorito. Vitória do ABC.

Natal - Recife - Miami

Acho até uma vergonha, mas ainda não conheço o novo aeroporto de Natal. Desde que foi inaugurado, não consegui fazer uma só viagem a partir dele. O motivo é o mais óbvio possível: dinheiro. Todas as viagens que fiz desde então teriam o valor da passagem praticamente dobrado se eu decidesse largar João Pessoa e/ou Recife para sair da Praieira dos Meus Amores.

Não foi diferente agora. Vir para os Estados Unidos partindo de Recife saiu quase 60% do preço de chegar ao mesmo destino partindo de Natal. E olha que eu já me preparava para pagar as indigestas diárias do estacionamento de Recife, mas Mariza e Fabrício, duas criaturas sem juízo e que moram no meu coração, decidiram por cima de pau e pedra que nos deixariam em Recife e nos pegariam lá na nossa volta.

Alguém ainda pode dizer que viajar de carro para Recife seria desgastante. Gente, desgastante é passar por dois pousos e duas decolagens e ainda ter que ficar de molho em dois aeroportos, transformando uma viagem mediana (8h) em uma maratona de resistência (quase 24h)! 

O aeroporto de Recife tem boa variedade quanto à alimentação. Não pensei duas vezes, fui ao São Braz Coffee Shop. Os preços são os mesmos de Natal. Um espresso (com s mesmo; é italiano) médio e 2 pastéis de forno bem suculentos saíram R$ 25,70. A água eu levei de Natal mesmo.

Sobre o voo, foi a primeira vez que voei com uma companhia americana (American Airlines). E só isso já dá ideia dos requififes por que temos que passar. A melhor foi a verdadeira entrevista sobre o que iria fazer em Miami e Orlando, além do que faço em Natal, onde trabalho, perto de quê... E nem adianta argumentar que você não está só na viagem - a entrevista é absolutamente individual. O funcionário simpaticíssimo que me atendeu em Recife era português. Me senti uma estrangeira no Brasil. E digo a vocês: nem na hora de entrar nos Estados Unidos respondemos a tantas perguntas!

Ao contrário das outras companhias, a American entrega logo aqui no Brasil a declaração da alfândega, que nas outras preenchemos durante o voo. Fiquei alerta apenas para a data da declaração, já que eu só a entregaria no dia seguinte.

A American Airlines divide o embarque por grupos (eram 6 ou 7), o que me pareceu bastante inteligente e confortável para todos. O que não era muito confortável era o espaço da classe econômica. Viva a TAM e seu voos para Miami. Tem filme, joguinho, etc., tudo individual. A American ainda está na fase dos fones de ouvido, embora, ponto para ela, eles sejam extremamente anatômicos. O que faltou no espaço e na ergonomia das poltronas sobrou na tranquilidade do voo. Nunca havia voado, especialmente para os Estados Unidos, com quase nenhuma turbulência ou mesmo desconforto nos ouvidos pela diferença de pressão. Até consegui cochilar - uma vitória para quem sempre passa sem pregar os olhos nem um minutinho sequer. Tudo saiu tão bem que o voo chegou uma hora antes do previsto - parece até uma certa companhia - e eu matei um pouco do cansaço aguardando sentadinha a hora do aluguel do carro chegar.

Sobre o aluguel do carro, há alguns detalhes. O cartão de crédito a ser apresentado para as últimas despesas (seguro completo no lugar do básico, tanque de gasolina antecipado, cobrança automática de pedágios e que praticamente dobram o valor já pago por causa da cotação do dólar!) tem que ser no nome de quem vai dirigir o veículo. Ainda bem que lembrei de trazer um. O vendedor ainda insiste para trocar a categoria do carro alegando que não vai caber tudo. Não troquei. O Corolla (carro intermediário) tinha indicação para uma mala grande e uma pequena. Deu folgado uma grande, uma média e uma pequena. E certamente aguentará pelo menos mais uma, que devo comprar no Walmart, em virtude de uma das minhas guerreiras.

Em Miami, escapei de um alerta de tornado, mas não da chuva. O trânsito, que já não é uma das boas características da cidade, virou um caos com as fortes chuvas e rajadas de vento e as inúmeras batidas bloqueando faixas de importantes vias. Levei umas boas buzinadas por aqui, me lembrando educamente que posso dobrar à direita se o sinal está fechado e não vem carro nem pedestre. Aliás, o motorista de Miami é tão desatento quanto o brasileiro. Dirige olhando celular, não tá nem aí para limite de velocidade e adora buzinar. Mas não dá nem para se irritar. É mania por aqui mesmo e é assim que as coisas funcionam. No entanto, por aqui ninguém estaciona onde não pode, especialmente em vagas especiais. Nós, brasileiros, ainda precisamos evoluir nesse quesito. Eu até já subi uma pontinha de calçada numa conversão proibida (ah, o GPS...) e estou rezando para não ter tomado uma multa.

As chuvas me empurraram para dar uma volta de carro mesmo por aqui. Cheguei ao hotel às 8h e meu check-in só aconteceria às 15h. Deixei as malas e, por causa das chuvas, terminei trocando o agradável Bayside pelo Dolphin Mall. Apesar de bem mais distante e de não ter a privilegiada vista de Miami e da Miamarina que o Bayside tem, o Dolphin tem algumas vantagens: estacionamento gratuito. muitas lojas de fábrica e saldão e melhores opções de alimentação. E ainda tem um passaporte (gratuito) com descontos para viajantes. Descobri uma lanchonete chamada Johnny Rock. Atendimento simpático e eficiente, decoração a la anos 60, música boa de todas as décadas e um tal de sanduíche Texas Pork BBQ (ou seria Texas BBQ Pork?). Morri. Uma delícia que valeu cada centavo dos seus nada baratos $ 8.95. Recomendo. Dividi uma Diet Coke com Janaina de $ 2.98. Tinha direito a refil, mas se já era grande o suficiente para dividir... Lembrando que aqui os famosos 10% que pagamos por serviço no Brasil viram no mínimo 15%. Saiu tudo com desconto, imposto e gorjeta por $ 22.40. Ah, o piso da parte interna é hiper escorregadio. Não sei como aquelas garotas andam com tanta agilidade por ali. Em seguida, matei o cansaço da andança e do voo com uma invenção diabólica: milk shake Häagen-Dazs Dulce de Leche. Custa $ 7.25, mas consegui um desconto de 15%. É para tomar chorando de tão gostoso. Com o imposto (em Miami, 7%), dois saíram por $ 13.19. E essa foi a minha alimentação paga no 1.º dia: algo em torno de $ 40 para duas pessoas.

Sobre lojas e preços do Dolphin, a Tommy Hilfiger tem várias unidades, inclusive uma clearance (liquidação do que encalhou). Produtos a $ 14.99. Mas não achei nada interessante. A normal era de enlouquecer de tanta coisa linda, mas não comprei nada. Vou ficar com a de Orlando mesmo. Afinal, o imposto lá é um pouco menor e as vendas, maiores. Calvin Klein, Armani Exchange, DKNY, Gap, Masharlls, Ross... a lista é enorme. Peguei o mapa e tive que marcar de caneta o que queria ver para não me perder e não perder tempo. A Levi's tinha calças a $ 25 em média. Achei até uma de $ 12, mas não deu. A Puma tinha as meias que adoro. O pacote com 6 pares com o desconto do passaporte saiu a $ 6.12 (sem o imposto). Uma blusinha ficou $ 10.63 (sem o imposto). Tênis casual a partir de $ 34.99 (com desconto e sem imposto, saiu por $ 29.74). Calculo uma média aproximada do preço rapidamente de cabeça multiplicando por 4. Ah, e roupas têm que ser provadas. O tamanho varia muito.

Não pude deixar de lembrar de Mariza e Kelly no Dolphin. Vi aquele ferro que engoma através do vapor feito pelo sal em água em ebulição. E também fui cobaia na demonstração de outros produtos (bem mais caros do que aquele kit das unhas) que levam o sal do Mar Morto de Israel. O rapaz judeu, muito simpático, até seus sapatos me ofereceu de brinde para ver se me convencia a comprar no momento. Uma diversão! Saí de lá com um voucher de desconto garantido em caso de retorno.

E como tudo por aqui acontece 2 horas mais tarde do que em Natal, fiquei com sono logo no início da noite!

Hoje eu deveria correr a Tropical 5k, um sonho antigo. Mas ganhei uma suspeita de fratura por estresse no pé na última semana da preparação. Preferi não arriscar o resto do passeio, já que tanto em Miami como em Orlando (nesta principalmente) se anda muito e se anda sempre e para todo lugar. E não posso nem sonhar com um gesso agora. Quem sabe em outra oportunidade eu realize esse desejo, né?

Se não chover (a previsão diz que hoje a temperatura cai bruscamente, mas não chove), quero ver o Vizcaya Museum. Conto por aqui. E hoje é dia de Madonna, bebê! A diferença de horário para o Brasil deve me deixar sonolenta, mas nada que The Queen of Pop não contorne lá na American Airlines Arena, casa do Miami Heat.

Sobre idioma, o apego de Miami ao espanhol (70% da população é composta de latinos) faz com que todo mundo tente o primeiro contato em espanhol. Às vezes, até os funcionários da imigração do aeroporto. Como não tenho a menor habilidade na língua, respondo logo em inglês para que troquemos de língua e a conversa evolua adequadamente.

Por falar em imigração, aqui você sai do avião e não pega as malas: passa direto para a enorme, mas até rápida (para a quantidade de gente) fila da imigração, onde mostrará passaporte e visto e vai tirar foto e impressões digitais. Também mostra a declaração de entrada da alfândega. Dessa vez, o oficial tava meio com preguiça de falar, mas não deixou de ser cordial. Só depois vamos em busca das malas, que normalmente já estão fora de uma das esteiras (são muitas, o MIA é enorme). Cheguei no exato momento de pegar a última na esteira (viajei na fila 13, por isso desembarquei logo). Daí, passamos por outra oficial para declarar novamente quantos dias vamos ficar, quanto de dinheiro trazemos e entregarmos a folhinha da declaração conferida pelo primeiro oficial. Se viajar em grupo, somente a primeira pessoa demora um pouco mais. Em seguida, descemos uma rampa, pegamos o elevador para o nível 3, entramos no MIA Mover (um metrô de superficie) para chegar até o centro de locação de veículos. De lá, descemos para o piso 1 e escolhemos qualquer carro da fila indicada (todos estão abertos e com a chave na ignição). Hora de se familiarizar com o câmbio automático do veículo, pegar a saída e escolher North ou South dependendo de sua direção (geografia ajuda até o GPS se achar; Downtown Miami é South, por exemplo).

Como havia prometido aos amigos, vou dando detalhes dessa viagem por aqui para uma melhor noção de quem quiser programar a sua. Esses foram os dias 1 (voo) e 2.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"Não fale com estranhos!"

Não importa quanto tempo passe. Filhos serão sempre crianças para seus pais. A preocupação também é infinita e as recomendações, sem fim.

Hoje mamãe completa mais um ano de vida. Devo muito a ela. As lições, sobre tudo que se possa imaginar, ajudaram a moldar o meu caráter. Seu amor incondicional me tornou mais segura de mim. E o bem maior que me foi dado - a vida - me veio às custas de muito sofrimento ante um parto natural sem qualquer tipo de anestesia.

Cresci ouvindo "você não é todo mundo", "isso que você quer é supérfluo", "não converse com estranhos", "não aceite nem refrigerante que não seja aberto na sua frente" e por aí vai.

E hoje em seu aniversário ela nem quis uma festa só porque eu viajo amanhã. Mas saímos para um café da manhã numa padaria que ela queria conhecer e almoçamos o prato que ela adora. Providenciamos um bolo minúsculo (ela é diabética) só para colocar as velinhas e cantarmos parabéns.

Ainda aguardando o almoço, ela olhou para mim e soltou essa pérola sobre a minha viagem: "Olhe! Você não dê cabimento a quem quer que seja, homem ou mulher. Nada de falar com estranhos!". Voltei aos meus 5 anos de idade em segundos. Caí numa gargalhada e garanti que isso não seria problema. 

Foi aí que percebi que não importa a nossa idade. Nossos pais, especialmente as mães, sempre nos verão como crianças indefesas, ainda que sejam eles agora os mais fragilizados pelo passar dos anos.

Se antes essas recomendações me chateavam, hoje me sinto lisonjeada com tanta preocupação. É que finalmente percebi que elas não se referiam a um possível entendimento de mamãe de que eu não teria discernimento para a vida. São apenas reflexo do amor incondicional de quem gerou uma vida e tem zelo por sua criação.  Foi preciso que muitos anos se passassem para que enfim eu compreendesse isso. Demorou, mas eu cheguei lá.

Para nossos pais, somos Peter Pan - não envelhecemos jamais!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Um passo para a frente, dois para trás

Quem advoga há um certo tempo sabe bem o que vou dizer. A luta contra a burocracia do Poder Judiciário é grande, diária e interminável. 

Com uma, digamos, produção setorizada, os órgãos judiciais possuem funcionários que se especializam em apenas uma etapa do serviço. E como o andamento desse serviço sofre se um funcionário está de licença ou de férias!

Com a virtualização da justiça, a esperança é de um trâmite mais célere, vez que não é mais necessário carregar volumes enormes de documentos de um lado para outro. A internet e um computador resolvem o problema.

Só que, a exemplo de quase tudo neste país, parece que damos 1 passo à frente apenas para logo em seguida recuarmos 2 passos. Essa é a situação de alvarás. Quem pegou o sistema antigo sabe o quanto era sofrida a expedição de alvarás. O dinheiro de um processo lá no banco já, escutando a conversa, e sua liberação dependendo de um funcionário que adoeceu ou viajou. Muitas idas e vindas à vara e muita reza para que enfim o alvará fosse expedido. Mas aí começava a reza para que não houvesse nem uma virgulazinha fora do lugar, sob pena de o banco não pagar e termos que rezar para que houvesse a expedição de novo alvará.

Pois bem. Com a virtualização, não precisamos mais nos deslocar até a secretaria da vara para recebermos o alvará. Mas se tivermos que receber mais de um alvará no mesmo processo... O PJE tem um sistema que determina que um alvará somente seja expedido se o anterior já houver sido assinado pelo juiz. Ou seja, se forem 5 alvarás, os 5 não ficarão prontos no mesmo momento, como ocorria antes. Agora vamos de um em um. 

E o que isso quer dizer? Que autores e advogados num mesmo processo vão receber os valores que lhes cabem com um intervalo que pode chegar a meses! Por quê? Porque normalmente só há um funcionário que prepara alvarás e isso num único dia da semana. Depois de confeccionados, o juiz assina. E como um só pode ser feito depois do outro ter sido assinado... 

É o fim da picada! A economia de tempo que o litisconsórcio (a grosso modo, quando reunimos num só processo vários autores contra um ou vários réus e vice-versa) proporciona ao Brasil termina recebendo um tratamento punitivo no fim das contas. Se fossem vários os processos, os alvarás poderiam ser todos confeccionados no mesmo dia. Como se trata de um só processo com vários autores, estes entram numa fila entre si.

Pior que isso é saber que é o advogado que carrega nas costas a conta por qualquer demora do processo, como se estivéssemos dificultando sua tramitação para ficarmos em vantagem. Só queria saber que vantagem seria essa se o trabalho só se acumula...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Fajitas de fraldinha, milho tostado e guacamole

Vi essa receita num intervalo da GNT (aquele canal que desafia a dieta de qualquer um) e corri para o site para conferir os detalhes. É claro que fiz alterações senão morreria a tradição de que não deixo uma receita incólume.

Ingredientes da fraldinha:
1 peça de fraldinha limpa
1 pimentão verde em fatias
1 cebola grande em fatias
1 garrafinha de shoyu (150 ml)
A mesma medida de óleo
A mesma medida de suco de limão (+/- 3 limões grandes e 1 pequeno)
50 g de açúcar (+/- 3 colheres de sobremesa)
1 pitada de cominho (+/- a pontinha de uma colher de café)
1 pitada de pimenta do reino
1 pitada de sal
1 pimenta dedo de moça partida longitudinalmente ao meio (não retirar nada)


Ingredientes do milho:
4 espigas de milho partidas ao meio
Água
Sal a gosto


Ingredientes da guacamole:
1 abacate maduro
1 cebola picada
1 pimentão verde picado
1 tomate picado
1 pimenta dedo de moça picada (sem sementes!)
Suco de limão a gosto (usei 1)
Sal a gosto (+/- meia colher dcoentro
1 molho de coentro


Modo de preparo
Coloque o milho para cozinhar com água suficiente para cobri-lo. No meu caso, coloquei quase uma colher (de sobremesa) de sal.


Misture o shoyu, o suco de limão, o óleo, o açúcar, o cominho, a pimenta do reino, a pimenta dedo de moça e o sal numa tigela. Divida a mistura en duas partes iguais. Numa parte, mergulhe a carne; na outra, o pimentão e a cebola. Deixe-os marinando por 4 horas.

Assim que o milho amolecer (1 hora de cozimento), é hora de escorrer a água. Reserve.

Após as 4 horas, esquente uma chapa ou frigideira de ferro, coloque a fraldinha (sem a marinada) e sele os dois lados (3-4 minutos de cada lado). Deixe a carne descansar. Coloque a cebola e o pimentão (sem a marinada) na mesma chapa ou frigideira (depois de lavar, claro!) para cozinhar. Mexa de vez em quando para não queimar.

Enfie as espigas de milho num garfo e gire-as uma a uma sobre uma boca do fogão acesa para tostá-las.

Bata todos os ingredientes da guacamole num processador/liquidificador. 

Agora, basta montar o prato com tudo separado. Corte fatias da fraldinha, coloque uma porção de cebola e pimentão, um pedaço de milho e uma porção de guacamole. A ideia é que a guacamole seja saboreada com o milho, que substitui as tortillas.

A foto é do GNT porque esqueci de tirar a minha (a fome foi maior), mas a aparência é exatamente essa.


No fim, acho que a guacamole ficou muito mole. Poderia ter processado/liquidificado menos. Também acho que poderia ter ou diminuído o coentro ou dobrado a cebola, o tomate e o pimentão.

A carne ficou show. Super macia e com um sabor agridoce. Estou pensando em testar na brasa. Se criar coragem, comento o resultado por aqui. 

E o milho... Finalmente descobri como comer milho assado sem fogueira e sem fumaça. Muito prático.

domingo, 17 de janeiro de 2016

A técnica do McFlurry

Não. Esse post não vai ensinar como fazer um McFlurry, aquela invenção do McDonald's feita com a única intenção de acabar com dietas Brasil afora. Sim, Brasil afora, porque o McFlurry daqui é único - disparadamente o melhor do mundo. O dos EUA nem de longe amarra o sapato.

Primeiro, vi um vídeo a respeito da utilidade daquela colher super estranha do McFlurry. Ela só faz sentido no McFlurry de outras bandas. Por aqui vale pelo design.


Mas hoje eu descobri que sim, só eu, a diferentona, rainha da organização, supra sumo do sabor em harmonia, adoradora do sorvete de baunilha, tomo o McFlurry na ordem natural de um sorvete: de cima para baixo. 

Janaina, Mariza e Clarice quase me trucidam por tamanha blasfêmia. Segundo essas criaturas, há uma técnica para saborear o McFlurry. É preciso abrir um buraco no sorvete para ir tomando logo o exclusivamente de baunilha, deixando para o final a parte de cima, com a cobertura de chocolate e os extras, que dependem do sabor em alta. Agora, por exemplo, é o trufado da Kopenhagen.

Ainda estou processando o choque. Como alguém prefere deixar a parte da cobertura para o final? Se o legal do sorvete é ele ir ficando menos doce perto do fim! 

Até o nome cobertura indica que é o que vem por cima, não por baixo. Mas a técnica que me foi passada hoje consiste em transformar a cobertura em base do sorvete. 

Santa inversão de sabores, Batman!

Podcast de 17/01/2016

Olha aí o podcast de hoje! 



sábado, 16 de janeiro de 2016

O que atrai nos programas de sócio

Num mundo passional como o do futebol, ser sócio de carteirinha do seu clube de coração deveria ser a grande motivação de torcedores afora. Foi-se o tempo. Ainda existem pessoas assim, mas a exigência aumentou.

Segundo estudo de Rodolfo Ribeiro, professor de administração e marketing e líder do núcleo de pesquisas em futebol do Senac em São Paulo, divulgado por Rodrigo Capelo (da coluna Época EC), 9 itens foram citados como determinantes de alguma forma na decisão de se associar aos programas dos clubes brasileiros (em ordem de relevância):
1 - desconto nos ingressos
2 - prioridade de compra dos ingressos
3 - direito a voto nas eleições do clube
4 - desconto no estádio (alimentação, estacionamento, etc.)
5 - kit de boas vindas (uniforme)
6 - experiências exclusivas (viagens com jogadores, eventos fechados, etc.)
7 - pontos em programas de fidelidade
8 - recebimento de revista oficial do clube
9 - desconto em produtos de parceiros

Para se ter uma ideia, desconto em ingressos (item 1) é 19 vezes mais atrativo do que desconto em produtos de parceiros (item 9). O item 2 é 17 vezes mais efetivo. O 3, 13 vezes. Os itens 4 e 5 são 9 vezes mais efetivos do que o 9. O item 6 é 6 vezes mais efetivo. O 7 é 4 vezes mais efetivo e o item 8, 3 vezes.

Os primeiros 5 itens da lista são os mais influentes na decisão de se associar. Aceitar o sócio como eleitor do clube , algo raro Brasil afora, pode dar o estímulo que falta a qualquer programa de sócio. Por outro lado, o programa da Brahma "Por um futebol melhor", embora seja o de maior visibilidade, é o de menor influência.

Foram ouvidas 312 pessoas com idade média de 29 anos. 79% eram homens e 21% mulheres.

É claro que o fator de maior peso nem passou na lista: o preço. Se for fora da realidade do torcedor, virar sócio passa a ser visto como uma prisão, um verdadeiro mico.

Aliás, sobre preço, Oliver Seitz, professor brasileiro de Administração Esportiva da University College of Football Business em Londres, fez as contas sobre quantas horas uma pessoa que recebe salário mínimo precisa trabalhar para comprar o ingresso mais barato disponível. Ele utilizou como parâmetro o ingresso mais barato para ver os campeões nacionais de 2014. Sinceramente, não me causou surpresa que no Brasil o trabalhador precise trabalhar mais horas do que em qualquer outro lugar para ver um jogo no estádio. Vamos aos números.

1 - Brasil: 10 horas e 18 minutos para ver um jogo do Cruzeiro.
2 - Espanha: 6 horas e 42 minutos para ver um jogo do Barcelona.
3 - Inglaterra: 6 horas e 18 minutos para ver um jogo do Chelsea.
4 - Portugal: 4 horas e 12 minutos para ver um jogo do Benfica.
5 - Itália: 3 horas e 42 minutos para ver um jogo da Juventus.
6 - Argentina: 3 horas e 30 minutos para ver um jogo do Racing.
7 - Estados Unidos: 3 horas e 12 minutos para ver um jogo do Los Angeles Galaxy.
8 - França: 2 horas e 36 minutos para ver um jogo do Paris Saint Germain.
9 - Alemanha: 1 hora e 48 minutos para ver um jogo do Bayern de Munique. 

A reportagem de Rodrigo Capelo ainda traz o dado de que o valor ideal de ingresso para o brasileiro seria de R$ 20,63, ou quatro horas e quinze minutos de trabalho. Seguindo os dados de 2014, somente o São Paulo disponibilizou setor com ingressos a R$ 20 na Série A (4 horas e 7 minutos de trabalho).

Obviamente ingresso a R$ 20 não é garantia de lotação. Muita coisa pesa na decisão de ir ao estádio, inclusive a campanha do time. Mas o jornalista traz uma consideração relevante:

"Arena lota de baixo para cima. Quando começam as vendas, primeiro esgota o setor que tem entradas mais baratas. Depois, o seguinte. Se a primeira faixa de preço é cara demais para o torcedor que ganha um salário mínimo, ela é ocupada por outro, e este deixa de pagar pelo setor seguinte. O resultado é que, na hora do jogo, as arquibancadas mais salgadas, geralmente as que ficam visíveis durante a transmissão da partida pela TV, ficam às moscas. (...) estádio precisa ser setorizado, e as faixas de preço precisam atender a todo tipo de público, do popular à elite, até encher a casa."

Os dirigentes sempre querem um preço de ingresso que praticamente obrigue o torcedor a se associar. Mas estádio vazio é desestimulante para todo mundo, inclusive sócios. Além de péssimo portfólio na conquista de um patrocinador de peso.

Neste aspecto, parece que os programas de sócio de América e ABC ficaram um pouco mais dentro da realidade, com valores em torno de R$ 30/ mês para garantir acesso a todos os jogos na arquibancada. Vamos esperar que o preço dos ingressos também não fique muito acima disso. Afinal, cabe ao torcedor decidir se quer pagar um valor para ter direito só a uma partida ou a todas do mês. O importante mesmo neste momento é trazer o torcedor de volta à arquibancada. Pelo bem do futebol do RN.