Confesso que às vezes me pergunto onde nos perdemos, se é que nos perdemos. Corremos muito, corremos sempre, mas ninguém sabe dizer para onde e por quê.
De uma hora para outra trocamos o contato real pelo virtual. Tudo em nome de ganharmos tempo. Ganhamos? Só vejo o tempo se esvaindo para todo mundo, especialmente para quem vive conectado.
Vejo gente abrir mão de se concentrar em coisas importantes e perigososas, como dirigir, em nome de estar antenado com o mundo virtual.
Esse tal mundo virtual, especialmente o do WhatsApp, deve ser fenomenal. Deve trazer muita felicidade, dinheiro e/ou saúde.
Ou deveria, pois o que vejo é muita angústia porque baterias estão acabando. Também vejo um terrível isolamento presencial.
E aí corremos mais, fazemos tudo alinhavado, em nome de presença virtual. Já o nosso velho mundinho de abraços com braços, beijos com lábios, fofocas e confidências ao pé do ouvido, refeições com conversas olho no olho vai ficando cada vez mais na memória de saudosistas como eu.
Será que um dia desaceleraremos? Como sociedade, não acredito. Individualmente, talvez. O certo é que a cada dia que passa ficamos mais íntimos da angústia, da ansiedade e até da depressão.
Pelo sim, pelo não, vivemos virtualmente. Apenas as dores são reais.
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