sexta-feira, 13 de março de 2015

Máquina de fazer doido

Dia lindo, bom humor, felicidade plena. Nada que o trânsito de Natal não consiga transformar em poucos segundos.

Basta subir a ladeira próxima à minha rua para sentir o sangue fervilhar. A ladeira a que me refiro fica ao lado do shopping Via Direta. Nela, há um canteiro que separa a parte de cima da minha rua da rua dessa ladeira. Como todo motorista sabe (ou deveria saber), estacionar em canteiro é proibido, mas e daí? Todos os dias que passo por esse trecho lá estão carros estacionados dos mais variados jeitos: na contra-mão, perpendiculares à calçada, em mão dupla. 

Ressalte-se que os agentes da SEMOB multam com gosto quase que 24h por dia, mas os flanelinhas nem ligam em indicar o estacionamento proibido. 

Entro na marginal da BR-101 e a raiva aumenta. Agora são os ônibus que se arvoram no direito de vir pela esquerda para parar à direita. Filas duplas e às vezes triplas de ônibus são formadas e outros motoristas que se lixem. A marginal da BR vira um grande estacionamento de ônibus.

Nem preciso falar muito dos doentes que dirigem usando o celular para as mais variadas besteiras. Não enxergam que precisam de tratamento mental.

Viro à esquerda no túnel da UFRN em direção à Candelária e lá estão engraçadinhos que querem entrar para a faixa da direita bloqueando a livre entrada da faixa da esquerda.

Para fechar meu dia, nada como trafegar na Av. Engenheiro Roberto Freire no sentido Ponta Negra - centro. Não há um único ônibus que utilize os enormes recuos feitos para eles. Essas pestes preferem parar bloqueando toda a faixa da direita. Devem sentir enorme regojizo ao verem todo o trânsito só aguardando sua boa vontade.

É muito egoísmo no trânsito natalense. As pessoas agem como se o Código de Trânsito valesse apenas para as outras pessoas. Talvez seja assim mesmo. Talvez ele esteja em vigor só para mim, a mané da nação. 

O resultado é que hoje procuro uma solução transcendental para não me incomodar mais com essas coisas porque minha saúde sofre com tamanho stress contínuo. Ainda não encontrei. Continuo minha busca. 

Sonho com o dia em que seremos picados pelo mosquito da civilização e aprenderemos a seguir regras. Sim, porque nem aquelas míseras instruções pintadas no chão para organizar filas nós seguimos. Até lá, vivemos nessa máquina de fazer doidos. E ainda há quem veja o tal jeitinho brasileiro como vantagem! Mais um doido, coitado...

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