quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O eleitor envergonhado

Para todo canto que se olhe nesta eleição, o que mais se vê é... nada que lembre uma eleição!

Poucas pessoas se arriscam a colocar um adesivo no carro ou uma bandeira em casa. Podem prestar atenção. Ninguém tem mais coragem de dizer em quem vai votar. O eleitor está envergonhado. 

Também pudera. Sem bandeiras ou ideias que os diferencie mais, os partidos não conseguem mais empolgar a população. Nem os candidatos conseguem. A cada dia mais se percebe que o discurso de todos jamais será confirmado em sua totalidade na prática. 

Tanto é assim que as campanhas voltaram no tempo e levam mais tempo falando porque os outros candidatos não prestam do que as qualidades e propostas de cada um. 

Chato, chatíssimo. E para quem sabe que a História é cíclica, basta fechar os olhos para ver que velhos embates estão personificados nos atuais candidatos à presidência do Brasil e ao governo do Rio Grande do Norte. A diferença é apenas a adoção hoje do discurso do adversário de ontem. Uma vergonha mesmo!

Daqui eu apenas me junto aos meus envergonhados conterrâneos e compatriotas e aconselho a escolherem o "menos ruim" ante a situação nacional e local e a prestar muita atenção ao voto para o legislativo. Afinal, de que adianta votar num candidato a presidente do partido X e votar num deputado do partido Y, que fará oposição a aquele? 

Outra coisa, dê preferência aos que são coerentes. Micarla se elegeu sem maioria na câmara municipal, mas tal problema já estava resolvido antes mesmo de sua posse, com os famosos vira casaca. Assim, firme posição com quem vai respeitar seu voto e, se o candidato majoritário não for eleito, manter-se-á na oposição, sem ceder ao canto da sereia dos cargos de livre nomeação.

Para exemplificar com os líderes de pesquisa: se você vota em Dilma, escolha deputado federal e senador preferencialmente do PT; se vota em Marina, escolha deputado federal e senador preferencialmente do PSB; se vota em Aécio, escolha deputado federal e senador preferencialmente do PSDB; se vota em Henrique, escolha deputado estadual preferencialmente do PMDB; se vota em Robinson, escolha deputado estadual preferencialmente do PSD.

Há também o arco de alianças de cada um, mas eu sempre acho a confiabilidade em relação ao canto de sereia menor quando se trata de outro partido, mas há casos e casos. É sempre bom checar o passado do candidato.

Faltando pouquíssimos dias para a eleição e ante a grande indecisão que reina, é bom começar a pensar no destino do estado e do país com um pouco mais de racionalidade.

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