domingo, 24 de agosto de 2014

Os chutões para cima

Nunca Oliveira Canindé esteve tão ameaçado por algo no América como agora com essa moda dos chutões para cima. Não que esses não sejam necessários em determinados momentos do jogo. São e muito! Mas eles viram ameaça quando se tornam um padrão chato, e irritantemente ineficiente se é o América que está atrás no placar.

A meu ver, em algum ponto, alguém no time, ou o próprio técnico, perdeu a noção entre o que é marcar de verdade e só marcar posição.

Quando marca de verdade, o América é um time de velocidade nos contra-ataques, quase irresistível para o adversário. Quando marca posição, torna-se lento, previsível. Pior: contenta-se em dar chutões para cima, tentando a sorte grande, como quem aposta na Mega Sena.

Aqui deveria entrar o dedo do treinador. Ou talvez seja isso mesmo o que ele espera de sua equipe, já que foi a justificativa dada para tirar Rodrigo Pimpão e colocar Isac contra a Ponte Preta, num despautério sem tamanho.

É preciso que alguém obrigue Oliveira Canindé e seus comandados a assistirem aos vídeos dos 2.°s tempos das derrotas contra Santa Cruz, Ponte Preta e Náutico. Certamente ficarão incomodados com a tolice de insistir em jogar bolas para cima. E, se têm bom senso, vão querer que alguém desligue logo aquela repetição humilhante de erros.

Enfim, entenderão a minha impaciência (e a de toda torcida americana) com esse padrão "jornada nas estrelas" de futebol.

Como o próprio Oliveira já sabe, não há retranca que resista a toques rápidos e triangulações nas pontas. Não fazer isso tendo o melhor elenco dos últimos tempos à disposição é no mínimo intrigante.

Só sei que o cavalo da Série A está passando selado pelo América. Se não montar, que pelo menos tenha cuidado para não levar um coice.

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