domingo, 31 de agosto de 2014

O brasileiro e o Português

É triste a constatação, mas algo de que podemos ter a mais alta certeza ao ver as redes sociais dia após dia é que o brasileiro tem verdadeira aversão ao Português. 

Como pode uma língua ser assim tão desprezada por seus nativos? E aqui não me refiro a regras elevadas, como as de colocação pronominal (próclise, ênclise e mesóclise), não. Os problemas mais evidentes estão em ortografia (disparadamente), concordância e pontuação simples, como o uso da vírgula.

Todos os dias, somos invadidos por palavras como foce (fosse), agente (a gente = nós), mal (mau, antônimo de bom), concerteza (com certeza; melhor seria certamente), só para ficar nas mais comuns.

Em pontuação, coitada da vírgula. Sempre mal utilizada. Mal aqui antônimo de bem, viu? Frases do tipo "o garoto, bateu palmas.". Ok. Quem bateu palmas? O que danado o garoto faz como espécie de aposto da frase? Se foi o garoto que praticou a ação, nada de vírgula para separá-los!

Em concordância, Deus nos acuda! É um tal de "falta 2 jogadores", "no Arena das Dunas"... Se são dois os jogadores, então faltam, não falta. Se é uma arena, então só posso estar NELA, não NELE. 

E por aí vai. Não tomem este texto como arrogância ou sapiência, até porque Português tem mesmo regras complicadas. No entanto, os exemplos dados nada têm de complicados. Aliás, o segredo da comunicação perfeita, sem ruídos, é a simplicidade. Quanto mais simples, melhor o entendimento e menores os riscos de erro.

Dê uma chance ao Português. Se você não é muito chegado(a) em leitura, o que aprimora o vocabulário e seu uso, basta lembrar de uma regra: simplicidade é luxo. A língua agradece.

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