Sempre que posso, encaixo pelo menos um filme para ver por semana. Antigamente, eu fazia a festa na sessões independentes de Moviecom, Cinemark e Cinépolis. A pandemia mudou as coisas e agora é o streaming que cumpre esta função.
Às vezes é preciso fuçar muito porque o algoritmo tende a nos empurrar coisas mais comerciais. Neste aspecto, a Amazon Prime Video tem mais opções inusitadas.
É o caso de Age of Kali, aparentemente chamado Era de Kali por aqui. O filme é de 2005 e me pegou com uma duração de 2h, tempo típico dos bons dramas, ainda mais com um título diferente e uma sinopse falando em pessoas em busca de um caminho na vida.
Ledo engano. O filme é completamente doido, com personagens mal desenvolvidas, estereotipadas, quase um pornô, de tão ávido por mostrar sexo (calma, não há nada nem perto de sexo explícito nem tão violento, pois a censura 16 anos é no estilo das antigas de 16 anos, no máximo lembrando um filme 14 anos), e tão insuficiente em costurar um enredo com bons e plausíveis diálogos. Quase nada dele se aproveita.
Ele vem ficar um pouco mais interessante já nos últimos 30 minutos, mas até aí o diretor perdeu a mão. Uma pena.
No fim, a sensação é que observamos alguém chapado contando uma estória.
Não chego ao ponto de dizer que é ruim porque consegue trazer uns pontos diferentes/surpreendentes e eu gosto quando um filme faz isso (sim, adoro filmes independentes), mas não posso recomendar para que alguém assista porque sei que a decepção é quase 100% garantida com tamanha doidera.
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