domingo, 12 de setembro de 2021

Pequeno retrato do poder


Uma biografia surrealista muito bem feita, diga-se de passagem. Assim é Chatô, o Rei do Brasil, que conta detalhes da figura de Assis Chateaubriand, fundador dos Diários Associados.

Nada de endeusamento, como em biografias autorizadas. A breguice, o machismo, a corrupção, o amor desmedido pelo poder financeiro, tudo é esfregado na nossa cara sem a menor cerimônia durante 1h45, numa boa atuação de Marco Ricca no papel principal.

O retrato é na verdade de um país entre os as décadas de 1930 e 1960 e do que se é capaz de fazer em busca de seus próprios interesses. Nisso, o filme me pareceu muitíssimo atual, infelizmente. 

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