quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Já foi

Ontem eu nem vi, nem ouvi ABC 2x2 América. Acompanhei alguma coisa pelas redes sociais. Sem TV nem Rádio Mecão, eu, que ando na luta contra elevados níveis de estresse, achei melhor evitar o estresse de escutar propagandas/comentários exatamente na hora da posse de bola do América.

Da escalação de Roberto Fernandes, confesso que apenas Felipe Cordeiro me surpreendeu. O resto, para quem conhece o jeito de trabalhar de Roberto e acompanhou os últimos jogos, particularmente América 1x1 CRB, já era esperado. Como eu vinha dizendo na última semana, seria mesmo no clássico que conheceríamos aquele time mais próximo do que ele tinha como ideal para titular.

Como não vi nem ouvi, não posso opinar sobre entrosamento com a presença de Edimar pela primeira vez na esquerda e Felipe Cordeiro pela primeira vez no time. Lelê e Michael devem ter repetido a boa dupla do jogo do CRB. Também não sei como foi Tito, que foi anunciado na segunda-feira e já entrou no clássico decisivo da quarta-feira, e também Cesinha, que chegou um pouco antes, na sexta-feira.

Observo apenas que a crítica feita a Waguinho Dias em América 3x4 ABC, apontando a derrota quando partiu para cima, tirando Leandro Melo, que estava esgotado, diga-se de passagem, porque vira o adversário ficar com um a menos - o que depois se revelou um verdadeiro migué do técnico Diá - ontem teve seu oposto também criticado porque não resolveu. Sim, Roberto, vencendo o jogo, com o título na mão, como o povo gosta de dizer, colocou justamente Leandro Melo em campo no lugar de Lelê aos 31 minutos do 2.° tempo para segurar sua vantagem até o fim do jogo. 3 volantes e uma estratégia super defensiva, então, não foram suficientes. O ABC empatou 10 minutos depois e o América aparentemente não teve mais forças para buscar o desempate e o título, o que serve de reflexão.

Continuo entendendo que o América tinha e tem um elenco equilibrado, diga-se de passagem.

Sobre a segurança do clássico, um efetivo muito maior do que o visto anteriormente - ontem eram 640 policiais segundo noticiado - e um público infinitamente menor (não chegou nem a 5 mil pessoas) do que o clássico passado propiciaram enfim que não houvesse fatos graves nem mesmo dentro do polêmico corredor (hoje de manhã um oficial da PM afirmou que a novidade tinha aprovação do Corpo de Bombeiros).

Sobre o público, uma enorme pulga atrás da orelha: Como é que o jornalista Mallyk Nagib noticiou o anúncio da Futebolcard de que mais 7 mil ingressos já haviam sido vendidos por volta das 15h e à noite nem 3 mil que compraram ingresso compareceram?

Sobre o campeonato e a meta do presidente Leonardo Bezerra de chegar a 2021 com uma receita adequada, resta o 2.° turno. Exatamente como no ano passado, o novo técnico do América estreia com classificação na Copa do Brasil e frustração na final do 1.° turno. Resta torcer para que o restante do enredo se confirme nas finais do 2.° turno e do estadual em si. 

A primeira chance já foi. Faca nos dentes para a que resta.

P.S.: Mallyk Nagib acabou de me avisar que não foi a Futebolcard a sua fonte para a informação de ingressos vendidos ontem. A fonte foi outra, não revelada.

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