segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Por onde andei?

Toda dentro de uma nova fase, lá fui eu conferir pela primeira vez na vida o Circuito Cultural da Ribeira ontem.

Ribeira e Cidade Alta, ou centro, como queiram, são bairros que moram no meu coração. Num, meu pai trabalhava na minha infância; noutro, a única casa dos meus avós, além de já ter lá residido e sediado meu escritório. Então nem preciso dizer o sentimento que me invade quando ando por essas ruas.

O Circuito envolveu 6 locais encaixotados entre as ruas Chile, Frei Miguelinho e Duque de Caxias. Quanta gente! Quanto movimento! Todo mundo de várias tribos e etnias junto e misturado num belíssimo exemplo de harmonia.

É tanta programação (tudo absolutamente de graça!) que a cabeça chega a dar um nó tentando fazer uma escolha razoável. Queria ver a peça A Invenção do Nordeste. Na fila, o pessoal educadamente passou avisando que, pela contagem que haviam feito, a partir dali não haveria mais ingressos disponíveis, mas que se alguém quisesse arriscar, poderia permanecer na fila. 

Antes da fila, já havia uma batucada danada tomando conta da rua. Perto da fila, uma tenda promovia uma discotecagem com hits afrobrasileiros, se é que posso chamá-los assim, o que incluiu um axé mais tradicional, por exemplo. Gostei do clima.

A poucos metros da entrada da Casa da Ribeira, o gesto que matou o meu plano. Fim dos ingressos. Hora de conferir outra coisa. Escolhi a banda Boca de Sino, que tocaria dali a pouco no Ateliê. Há muuuuuitos anos não via um show dessa banda, que sofreu algumas mudanças na formação. Antes de chegar lá, peguei os últimos minutos da Kombilena, show do duo Ian e Chankas. Uma pena!

Já no Ateliê, a DJ Mara Kally fazia uma discotecagem empolgante. Pouco tempo depois, Boca de Sino sobe ao palco. Quando vejo, a vocalista saca um violino. Descobri seu nome depois: Ariane. Nos primeiros acordes, eu enlouqueci. Mesmo com um calor desgraçado (como um lugar daquele não tem ar-condicionado?) e problemas de microfonia, foram 2 horas em que me senti uma verdadeira adolescente, cantando empolgadamente alto (amanheci com uma certa rouquidão) rock, pop rock, indo de Pink Floyd a Oasis, de Cranberries a Oingo Boingo, de Simple Minds a Roxette (sim, Spending my time, que é para cantar rezando!), de Extreme a Sarah Brightman. Nem a água segurou o estrago na garganta, mas valeu a pena. E nunca imaginei que tanta gente soubesse cantar essas pérolas da música internacional. O coro era de arrepiar! Ninguém arredou o pé.

Pequeno registro que fiz do show

Já estou seguindo a página da banda no Facebook para ver se arranjo nova data para repetir a dose. Mal posso esperar.

Ainda havia muita coisa rolando nos outros locais, mas o calor cobrou a conta. Mas o Circuito Cultural da Ribeira passou com louvor pela minha aprovação e hoje eu apenas me pergunto por onde foi que andei todo esse tempo que nunca havia conferido esse evento cultural super legal e gratuito daqui de Natal. Show!

Lembrando que o evento está marcado para se repetir mensalmente até dezembro sempre no 2.º domingo. Começa cedinho, por volta das 16h e segue até meia-noite na Ribeira velha de guerra.

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