OK. Foi um exagero o tom das críticas do América em relação ao árbitro Pablo Ramon por ter dado um pênalti inexistente. No entanto, a declaração do presidente da comissão de arbitragem Ricardo Albuquerque extrapolou qualquer limite de sanidade que se espera numa situação dessa.
No afã de defender o árbitro, o presidente afirmou ao Globo esporte.com: "Ele não cometeu nenhum erro para a comissão. Ele estava bem colocado. Eu vi o lance várias vezes e com imagens de mais de uma emissora e, para a comissão, ele acertou."
Se de fato o presidente da comissão de arbitragem da FNF acredita mesmo que Pablo Ramon acertou naquele lance, o buraco é mais embaixo. É caso até para os clubes do RN solicitarem uma intervenção da comissão nacional de arbitragem aqui para realizar uma reciclagem urgente com todos os integrantes da arbitragem potiguar, inclusive os responsáveis pelas escalas. O erro de Pablo, endossado pelo presidente, indica que há uma grave falha na interpretação e na aplicação das regras do futebol no Rio Grande do Norte que vai de encontro a todas as orientações oriundas da FIFA International Board. Isso é muito grave para o desenvolvimento do futebol local!
Defender Pablo do quase linchamento do América é uma coisa. Querer mudar a realidade para que um erro se torne um acerto, e com aval da comissão de arbitragem, é mais perigoso ao desenvolvimento do futebol do que o esperado choro de dirigente pós-jogo. É institucionalizar o erro e isso é inaceitável.
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