quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Enfim, saiu o release

Não sou da imprensa e, por isso, não recebi o release com a vasta experiência de Aluísio Guerreiro. Mas prometi que o publicaria aqui assim que ele surgisse. E ele surgiu! Vi no blog de Marcos Lopes e com ele confirmei que lhe foi repassado por Canindé Pereira, assessor de imprensa do América, que o liberou como recebido de Márcia dos Santos Moraes (nutricionista, CRN3 26311).







Como curriculum vitae, a impressão é péssima por não conter as datas referentes aos cursos de formação e quais instituições os ministraram, além de lapsos de idioma. Mas vamos ao que interessa (já que Aluísio não será professor de português nem disputa uma vaga em seleção que vá passar pelo setor de recurso humanos de uma empresa): a vasta experiência como treinador.

Aparentemente, Aluísio Guerreiro começou sua carreira como treinador em 1993 no Jabaquara Futebol Clube, onde teria sido campeão. Interessante é que no blog O Curioso do Futebol, onde finalmente encontrei uma informação a respeito de quem treinava o time que subiu para a A2 do Paulista, é Gilberto Pereira que consta como técnico que teria inclusive montado a equipe. Como 22 anos se passaram, alguma memória pode estar sendo traída aí. 

Em 1994, ele esteve no Jabaquara e depois seguiu para o São Bernardo do Campo, onde ficou até 1995. Não encontrei informações sobre a existência de algum clube chamado São Bernardo do Campo. Talvez se refira à Liga Amadora de São Bernardo do Campo (http://www.ligadefutebolsbc.com.br)

De 1995 a 1997, ele esteve no Centro de Treinamento da COSIPA. COSIPA é a Companhia Siderúrgica Paulista, que virou Usiminas. Não achei nada sobre futebol profissional da COSIPA. 

Em 1998 e 1999, comandou o Palestra de São Bernardo (B1 de SP) e também foi gerente de futebol. Eis notícia a respeito: http://www.dgabc.com.br/Noticia/194048/aluisio-volta-a-gerencia-de-futebol-do-palestra.

Somente 10 anos depois, em 2009, é que Aluísio Guerreiro teria voltado à beira do gramado, mas como auxiliar técnico da Portuguesa Santista. E é aqui que surgem os dados mais curiosos.

Em 2009, a Portuguesa Santista começou a temporada com um desconhecido treinador: Rodrigo Pastana. Pastana ficou por 3 rodadas. (http://www.acervosantista.com.br/amistosos/2009/01/18-01-2009-santos-2-x-1-portuguesa-santista-amistoso/ e (http://blogademar.blogspot.com.br/2009/04/portuguesa-santista-ja-assimila-o.html?m=1)


Ou seja, não achei informação sobre Aluísio Guerreiro como auxiliar do time profissional, mas encontrei 3 nomes que andaram recentemente pelo RN: Pastana, Fesan e Giuntini. Curioso, não?

De volta ao que interessa, a mim não parece que Aluísio Guerreiro tenha um vasto currículo como treinador de time profissional. Assumindo que as informações que ele apresentou estejam todas corretas, seu último trabalho como treinador se deu há 16 anos e nunca num clube com a pressão de ser campeão todo ano. Não me admira que ele ressalte em seu currículo que utiliza computador e projetor em suas preleções.

Se antes eu já achava que o América estava se jogando no escuro com Aluísio Guerreiro, minha impressão agora é de que o salto é mesmo em direção a um enorme precipício.

Se conhecesse o presidente aclamado, eu o aconselharia a pular essa fogueira enquanto é tempo. Combinaria com Aluísio, para não ficar feio para ninguém, que o Porto resolveu aumentar o tempo de estágio dele por lá e por isso ele não poderia assumir o Mecão nesta oportunidade. Pronto. Ninguém voltaria atrás. Era só uma oportunidade irrecusável. Felicidade geral para a nação americana!

Mas o mundo não vive de "se". 

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