Devo dizer que o 3-5-2 verdadeiro, aquele em que há um líbero que é zagueiro na defesa e bom volante no ataque, sempre contou com minha apreciação. 1 goleiro, 2 zagueiros, 1 líbero, 2 alas, 1 volante, 2 meias, 2 atacantes. Inegavelmente muito mais ofensivo.
Menos no Brasil. Aqui o 3-5-2 vira 5-3-2, com 3 zagueiros pesados e uma ruma de gente se amontoando na defesa. Nossos técnicos (jogadores então...) em geral ainda engatinham em posicionamento tático e por isso o 3-5-2 é um desastre no Brasil.
Daí eu ter me conformado com o equilíbrio do 4-4-2. 1 goleiro, 2 zagueiros, 2 laterais, 2 volantes, 2 meias, 2 atacantes. As falhas de posicionamento de zaga normalmente obrigam a troca de um meia por um volante. É o velho problema brasileiro.
A falta de treinamentos adequados (leia-se: técnicos que entendam de esquemas táticos e tenham talento para ensinar aos jogadores) desde a base até o profissional causa alguns problemas recorrentes no futebol brasileiro: zagueiros pesadões, laterais que nem vão à linha de fundo, nem marcam, volantes mais preocupados com jogadas de efeito do que com a marcação, quase extinção de meiocampistas clássicos e proliferação de atacantes de beirada de campo.
Argel, novo técnico do América, dizem, já testou os dois esquemas por aqui e só vai tirar a dúvida na hora do jogo contra o Atlético-GO. Porém, sobre uma coisa não há dúvida: esse 3-5-2 é o abrasileirado, mais próximo do 5-3-2. Mas quer saber? Acho que é disso que a vazada defesa americana está precisando. Afinal, não dá para fazer omelete sem pelo menos 1 ovo.
O América precisa vencer. Seja qual for o esquema, o time precisa urgentemente de uma vitória. Espero que eles coloquem em campo o esquema da garra, da determinação... Pra cima Mecão.
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