sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Hoje é sexta-feira...13

Sextas são sempre bem-vindas. Porém, para os supersticiosos como eu, as sextas-feiras 13 carregam um temor do que está por vir.

Tudo bem, eu sei o quanto isso é contraditório para mim, tão racional na maior parte do tempo. Superstição é igual a fé - não tem explicação. Ou se tem, ou não se tem. E eu tenho. Já confessei por aqui que levanto diariamente da cama tentando sempre tocar o chão primeiro com o pé direito. Me dá até um arrepio só de pensar em esquecer isso. 

Passar embaixo de escada então? Nem pensar! No Midway, é uma onda subir a escada rolante no piso inferior. Faço o caminho inteiro por fora. Rio da reação dos meus acompanhantes, porém sigo no meu propósito. Sou persistente.

No futebol, nem preciso dizer. Tudo recebe minha carga de superstição: a roupa, os acessórios, os acompanhantes, o árbitro, o adversário, a comida...

Mas as sextas-feiras 13 têm um tempero especial. Ainda nos anos 80, eu e minha família vivenciamos um dia cheio de acidentes marcantes nessa data. Pronto! Nunca mais fui a mesma. Só passo tranquila se acontecer de esquecer o dia do mês (algo corriqueiro para mim). Só que as pessoas do meu convívio já sabem da minha neura, ou seja, sempre me alertam bem antes. 

Hoje, por exemplo, era dia de buscar exames de sangue. Adivinhem? Não estavam todos prontos. Ponto para a sexta-feira 13. Tirei o carro da garagem, porém já o coloquei de volta. Também adiei a musculação para o turno da tarde só por precaução. E nem vou mais até o Midway para pagar uma conta. Antes pagar juros. Afinal seguro morreu de velho.

Até uma inscrição eu adiei para não ter que pagar hoje. Porém, da conta de cartão de crédito não dá para fugir. Seja o que Deus quiser! 

Teria o mundo enlouquecido?

Ou seria eu a louca? Nesta semana, leio a incrível notícia de que Bell Marques vai deixar a banda de axé Chiclete com Banana. Fãs entristecidos deveriam ser o único resultado do anúncio. Aliás, deixem-me interromper a linha de raciocínio aqui para falar do anúncio. O cara faz um vídeo demorado para o YouTube para anunciar em setembro de 2013 que vai sair da banda em março de 2014. Me poupe! Mais parecido com jogada de marketing...

Passei o dia achando graça das declarações dos fãs. É que quando não se é fã, certas coisas soam surreais. Foi uma diversão atrás da outra. Mas eis que surge a notícia de que os fãs, chateados com a decisão, resolveram fazer um protesto que parou o trânsito da capital da Bahia. Ora, façam-me o favor! Será que já não é suficiente a quantidade ridícula de protestos que impedem o sagrado e vital direito constitucional de ir e vir? Protestar porque um cantor saiu de uma banda? Deixem de ir aos shows, parem de comprar os cds/dvds, nunca mais ouçam suas músicas. Aí sim teríamos um protesto coerente! Ou até mesmo nas redes sociais dos envolvidos. Mas impedir a movimentação dos cidadãos é simplesmente inaceitável, principalmente se considerarmos que as ambulâncias não têm asas.

Parece que estamos vivendo uma fase terrível em que as pessoas perderam completamente a noção do que é público e do que é privado. Ou não?

sábado, 7 de setembro de 2013

Quase perdi a voz!


Eu havia prometido a mamãe que se o América vencesse o Oeste, eu a levaria ao Nazarenão pela primeira vez. Ela ficou tão animada com a perspectiva que assim que o América lançou a promoção dos ingressos, compramos logo o dela, antes mesmo da desastrosa partida contra o fraco time paulista. No caso de um fracasso, eu rasgaria o ingresso - esse era o trato.

Mas como rasgar o ingresso de alguém com tanta vontade de ir ao Nazarenão. Logo o Nazarenão! Quem teria coragem de desapontar sua mãe? Bem, eu teria, mas não nesse caso. Mamãe sempre foi pé quente, a não ser numa fase terrível do Machadão. Decidido que ela iria de todo jeito, passei a lhe aperrear a respeito de um improvável resultado diferente da vitória: neste caso, ela voltaria a pé de Goianinha. Coitada, rezou com força para que isso não acontecesse (kkkkkk).

De cara, na ida, um engarrafamento monstruoso na BR-101. Jamais havia ido de Cidade Satélite a Parnamirim de 1.ª e 2.ª marchas. "Mamãe, mamãe, você vai voltar a pé." No que ela respondeu, com ajuda de Mariza: "E eu tenho culpa se outros motoristas ruins batem?" Foi a minha diversão no engarrafamento, além do programa de Anna Ruth Dantas e Virgínia Coelli na Rádio Globo Natal.

Chegamos a tempo no Nazarenão. Mamãe já via o estádio de longe. Estacionei. E lá fomos nós em busca do banheiro. Diabéticos precisam logo saber onde fica o banheiro porque tendem a fazer xixi com mais frequência. É que a glicose em excesso sai por onde dá, sendo a urina o primeiro caminho. Daí que quase 100% dos diabéticos têm algum problema renal com o passar dos anos.

Preciso mesmo comentar sobre os banheiros do Nazarenão? Ao contrário de outros que não quero mais citar por aqui, o Nazarenão tem banheiros limpos, arrumados e sem nenhum odor fétido. Já os comparei aos banheiros do Morumbi - um estádio privado na maior cidade do país. Papel higiênico? Ok, não é um Neve, mas está lá no lugar correto e ainda há um reserva. Isto é respeito para com as torcedoras!

Pronto! Hora de subir as escadas e achar um lugar na arquibancada alta porque o jogo está prestes a começar. Quase ocorre  o primeiro acidente com mamãe (não tem muita força do lado direito do corpo em virtude de um AVC e achou de subir o degrau primeiro com a perna direita), mas ficou no quase mesmo. Felicidade extrema com o clima, com o local, com a torcida. Todo mundo que chega ao Nazarenão sente o mesmo: uma felicidade e uma energia positiva que contagiam.

Começa o jogo e eu trato logo de explicar a ela em qual trave pode sair gol e em qual não pode. É para garantir que ela torça pelo movimento de ataque correto. No início ela ainda consegue ver o jogo, mas aí começam as distrações. Jogo rolando e mamãe prestando atenção na Meta (torcida Mecão Eu Te Amo). Nem me irrito. Quem mais assiste a um jogo calmamente com as pernas cruzadas? Não demorou muito e a galera nem sentava mais durante o jogo. Mamãe permaneceu sentada. Achava mais interessante torcer de acordo com os ânimos dos outros.

Achei um primeiro tempo horrível de Chiquinho (que estreava) e Vandinho. Mas o Nazarenão deve ter atenção especial de Deus. Machucados leves dos dois e Pintado precisa substituí-los. Entram Almir e Júnior Negão. Ambos contestados pela torcida, não por mim. Almir pode não ser o 10 sonhado (e quem o é depois de Souza?), mas é um cara que mantém a posse de bola com certa facilidade e que se entrega ao jogo, marcando com afinco - característica que eu penso essencial no futebol de hoje em dia. Os outros camisas 10 do América ainda não mostraram o suficiente para superá-lo, mas...E Júnior Negão sabe fazer gol. Não tem dribles refinados, mas na área incomoda o adversário. Não corre muito, mas briga pela bola. Estilo Max, outro por mim admirado e que está voltando.

A vaia come na substituição. Tanto o que entra como o que sai são alvo dos apupos. Eu já defendia a substituição na arquibancada. Lembrava ao povo que ninguém estava jogando que preste no charco anterior (nem quero mais citar o nome) e no tapete do Nazarenão a história era outra. Era o caso de Rai, de Vinícius Pacheco, de Tiago Adam... Era a chance de Júnior Negão provar que também esse era o caso dele.

Não deu outra. No primeiro lance, Júnior Negão se choca com o zagueiro e ganha uma falta. Nos lances seguintes, abre na lateral esquerda para cruzar. Era evidente que ele queria jogo, até porque estava jogando contra um ex-time. Eis que Almir rouba a bola no meio de campo, conduz um pouco para a direita e faz um lançamento magistral para Júnior Negão no meio de dois zagueiros. Ele toma a frente do zagueiro para ficar com a bola e toca no contra-pé do goleiro do Figueirense. Êxtase na arquibancada! Eu nem conseguia gritar gol. Só conseguia gritar que tinha sido de Júnior Negão e mais um palavrão que em CNTP eu não digo. Mas o América jogando me tira do normal. Fiquei sem ar de tanto gritar. Era sim de Júnior Negão e com passe de Almir. 

E o segundo gol? Rai (como dá gosto ver Rai jogar no tapete de Goianinha!) faz outro lançamento magistral, desta vez de perna direita. Pimpão ainda desvia de cabeça, apenas o suficiente para que a bola sobre para Júnior Negão sozinho dentro da área. Chuta logo? Que nada! Dribla o goleiro e toca para o gol ainda pressionado por um zagueiro. Arquibancada novamente em êxtase e em coro gritando pelo artilheiro. Eu de novo só gritava que tinha sido de Júnior Negão e o palavrãozinho desgraçado em dia de futebol.

Olho para mamãe e ela está com um sorriso de orelha a orelha e com os olhos cheios de lágrima. É impossível não se emocionar no Nazarenão. Não há jogo frio, morno, mais ou menos ali. Os jogos são sempre viscerais. É claro que ao lhe perguntar se quis chorar, ela me disse que não, que achava que era algum tipo de fumaça ou poeira que tinha provocado aquilo. Sei, sei... Tem problema não, Dona Águeda! Você não foi a primeira, nem a última a se emocionar dentro da torcida do América. Nem a única ontem, já que do meu lado esquerdo, Janaina era só emoção agarrada com a sua santa de todas as horas - Nossa Senhora Aparecida.

Essa foi a história do jogo de estreia de mamãe no Nazarenão - jogo do alívio de Júnior Negão e Almir, jogo que tirou o Mecão da zona de rebaixamento e que quase acaba com a minha voz. Na terça, a batalha é contra o Icasa. Mas é no sábado que a magia do Nazarenão, que enebria a todos, se repete. Como me disse no Twitter Ranildo Alves, em 7 dias, o Nazarenão já tem mais vitórias do que aquele outro (energia negativa) em 5 meses. Definitivamente, #Nazarenãoeuteamo. Que venha o Paysandu!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Direito é interpretação

É a primeira coisa que aprendemos na faculdade: Direito é interpretação. Há até uma disciplina específica (Hermenêutica Jurídica) para que os acadêmicos de Direito aprendam a interpretar e aplicar corretamente as normas, já que nenhuma regra pode ser aplicada sem que se considere a finalidade do sistema jurídico como um todo e sem que se busque sua verdadeira intenção.

Mas a regra é clara, diz Arnaldo César Coelho. Entretanto, até para que ele chegasse a esta conclusão fez-se necessário ler e interpretar a regra. Nada foge à interpretação no mundo do Direito.

Recásens Siches já defendia a lógica do razoável na aplicação do Direito. Como não se render a esta realidade? Vejamos exemplos.

1 - Num restaurante, há um cartaz que diz "Proibido entrar com cachorro". Pois bem. Poderia eu entrar com um urso, ou um gato, ou uma cobra, ou um jacaré no referido restaurante? E um cego seria impedido de entrar com seu cão-guia? A interpretação da norma, respeitando-se a lógica do razoável, responde não às duas perguntas.

2 - A Constituição Federal estabelece em seu artigo 5.º, inciso XI, que "a casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo entrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial." Ok. Então todo mundo pode entrar em qualquer apartamento, escritório, barraco, etc., sem consentimento do morador? Obviamente não.

É sempre preciso buscar a finalidade da lei, sua harmonia com todo o sistema em que está inserida e, principalmente, analisar se sua aplicação "ao pé da letra" não causará um mal maior do que sua não-aplicação. Por isso, os acadêmicos de Direito levam longos 5 anos estudando diariamente princípios e normas e a realidade de sua aplicação - estudo esse que perdurará enquanto sua atividade profissional, qualquer que seja ela, persistir.

Então, amigos, a regra é clara, mas não se iludam! A sua clareza advém sempre de uma interpretação acurada e norteada pelos princípios do Direito.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Por que não estar em outro lugar?

Terminando de ler a revista Veja, encontrei uma propaganda interessante do HSBC na capa final. Dentre outras informações, o anúncio traz a seguinte questão: se você quer tanto estar em outro lugar, por que não está? Nem li o resto do anúncio. Fiquei o dia inteiro com essa pergunta na cabeça, martelando.

Por que não estar em outro lugar? De fato, a maioria das pessoas gostaria de estar em outro lugar. Talvez não definitivamente, mas a mudança de ares representa vigor novo para nossas energias. A mente requer, de vez em quando, que você esteja em outro lugar, nem que seja em pensamentos.

No entanto, são muitos os obstáculos para que você esteja presencialmente em outro lugar. Se o outro lugar fica em outro país, por exemplo, além das dificuldades de deslocamento, que envolvem pelo menos a compra de passagem, há também a necessidade de visto. 

Mas há também casos em que o outro lugar está logo ali, entretanto, algo maior nos impossibilita. Quem não gostaria de estar em casa quando no trabalho? Ou mesmo num cineminha? No seu restaurante favorito? Numa praia sentindo a brisa em nossa pele? Há muitas possibilidades e, infelizmente, também são muitos os entraves.

Trazendo a questão para um patamar de realização de sonhos, como progressão na carreira, aquisição de um bem, programação de uma viagem, etc., a pergunta "se você quer tanto estar em outro lugar, por que não está?" traz um soco direto no estômago. É como se ela dissesse "pare de reclamar e aja para atingir o fim almejado!" É que parece que os adultos perdem facilmente a motivação na busca de seus desejos e vivem a se lamentar dos sonhos perdidos. Perdidos ou deixados de lado? Falta mesmo muita coisa para que você chegue lá? Que tal um pouquinho a cada dia, sem desculpas? Você se surpreenderá com o que pode alcançar ao refletir sobre seus bloqueios motivacionais.

Afinal, se você quer tanto estar em outro lugar, por que não está?

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Eu já sabia!

Os que me acompanham nas conversas por aqui, pessoalmente ou até no Twitter/Facebook sabem muito bem que eu reprovei 100% o Barretão logo no jogo inaugural do América por lá.

Solitariamente, aguentei as bordoadas ao afirmar que aquele gramado estava mais para pasto, muito longe do tapete do Nazarenão, indiscutivelmente o melhor gramado do RN.

Implorei para que a diretoria do América fizesse os cálculos das arquibancadas extras + arrecadação em Goianinha e comparasse com o que receberia em Ceará-Mirim. Centavo por centavo, a relação custo x benefício favoreceria o Nazarenão, principalmente no quesito técnico.

#QueroONazarenãoDeVolta era o que eu postava, apenas com uma leve esperança de ser ouvida antes que fosse tarde demais.

No sentido contrário, por motivos óbvios, abecedistas encampavam o #FicaBarretão. Tinha até um que sempre defendeu na rádio que o gramado era ruim para os dois. Dá até vontade de rir. Qual dos dois times será apupado durante 90 minutos para conquistar a vitória? Quem se desgastará mais? Quem terá mais desfalques por lesão? Insustentável.

Aí, como diria Chico Inácio, tudo mudou. Ante o número de reclamações dos adversários (isso mesmo, os visitantes vitoriosos do Barretão), a CBF, a exemplo do 1.° turno de 2012, admitiu a utilização do excelente Nazarenão com menos de 10 mil espectadores.

E a campanha #FicaBarretão? Ganhou um apoio inesperado: o MP/RN resolveu pedir uma ruma de coisas à justiça, entre elas a interdição do Nazarenão para jogos da Série B. Ressalte-se que em sua petição, divulgada na internet, o MP/RN parece ter esquecido do 1.° turno da Série B 2012.

Pela primeira vez, ficou claro para 100% torcida do América o nível das forças que o clube rubro tem que enfrentar, especialmente nesta edição da Série B, em que o tradicional rival agarrou-se com a lanterna logo cedo e caminha a passos largos para a Série C.

Mas a ação da promotoria caiu na 3.a Vara Cível, do sensato juiz Carlos Adel, que só vai julgar o pedido liminar, após tentativa de conciliação entre MP e América, com participação da FNF, que, imagina-se, irá representar a CBF e defender seu ato.

Mantido o jogo, selado estava o destino do América. Goianinha só tem energia positiva, do vendedor de dindim ao prefeito, do garotinho que "pastora" o carro aos vizinhos do Nazarenão, sempre atentos a toda aquela fuzarca que se forma por ali. Quem comparece a um jogo, sabe que em Goianinha é outra história. Daí o desespero dos que "defendiam" o Barretão!

Quando um destino está selado, não tem olho gordo que atrapalhe. Foi assim em 2011, quando Fabiano Paredão falhou inexplicavelmente e deixou o acesso à Série B ameaçado. Não por muito tempo, pois o Mecão marcou o gol do desempate. Foi assim no estadual deste ano, quando Tiago Adam, tão criticado pela torcida, marcou o gol que colocou o América na final do 2.° turno, num jogo em que parecia que o olho gordo venceria. Não, não mesmo. Não em Goianinha. 

E assim foi no sábado. Praça (praça mesmo!) de alimentação lotada. Muitos carros estacionados. Arquibancada alta vermelha de tanta gente. Rai cobra uma falta com a mesma habilidade de sempre e encontra Márcio Passos, que escora para o gol. Acompanho a explosão de alegria pelo rádio, afinal fiz das tripas coração para estar onde sempre quis estar nesta Série B, mas não no terrível horário (para mim) do sábado à tarde.

Lembram das terríveis forças contra o Mecão? Elas se personificaram no povo de preto e amarelo no campo. Danilo Bueno do São Caetano tropeça no ar e o pernambucano do apito inventa um pênalti contra o América, talvez o pênalti mais Mandrake de toda a história do futebol brasileiro. Não foi questão de interpretação, nem de lugar da falta (dentro ou fora da área). Danilo Bueno estava absolutamente sozinho quando fez sua simulação. Uma vergonha empreendida também com a ajuda do bandeirinha. Ainda no carro, ouvi César Virgílio (que sempre defende seus colegas de apito) dizer categoricamente que ninguém havia tocado o atleta do São Caetano. Se até César Virgílio viu...

Jogo empatado. Quero estacionar o carro, mas o guarda não deixa. "Aqui não pode". "Como, se não há faixa?". "Aqui não pode." Como do lado havia outros carros, só faço meia volta. Escuto "aqui também não." "E estes outros carros aqui?" "Todos multados." "Ah, tá certo." Deixei no lugar de sempre, o que me faria perder mais uns minutos de jogo.

Na volta, passei pelo guarda e ele me disse que assim que saí surgiu uma vaga autorizada. Agora não adiantava mais. Mas este é o clima de Goianinha: gentileza até para negar algo. Agradeci e continuei na passada rápida para entrar no Nazarenão.

Mal contive a emoção de ver aquelas arquibancadas cheias novamente. Achei um cantinho em pé próximo à escada, de frente para a área do Mecão no 1 ° tempo. De lá ainda vi o grande ator Danilo Bueno meter a mão na bola para marcar o 2.° gol do São Caetano. Mas a energia positiva de Goianinha melhorou a visão do árbitro e do bandeirinha e o jogador foi expulso (2.° amarelo).

Fim do 1.° tempo. Hora de encontrar um lugar um pouco mais na intermediária. Até lá, só o que eu ouvia eram elogios ao Nazarenão e impropérios contra o Barretão. Só louco não via o que o torcedor sabia desde sempre.

Começa o 2.° tempo e o América parece ter medo de repetir os desastres do Barretão. Mas a torcida e Pintado sabiam mais. Sabiam que o São Caetano não aguentaria muito tempo fazer cera num gramado daquele. Sabiam que era só uma questão de tempo. Sabiam também que o árbitro estava doidinho para compensar a expulsão. Sai Márcio Passos (cartão amarelo) e entra Jimmy. Pouco depois, este se inspirou em Danilo Bueno e também levou amarelo por simulação.

Porém foram a saída de Rodrigo Pimpão e as entradas de Tiago Adam e Almir que mudaram tudo. Com a entrada de Almir, Vinícius Pacheco tornou-se de fato atacante. Foi dele o lance lindo para a cabeçada fatal de Tiago Adam, aquele que a torcida critica, mas que é decisivo nos momentos apropriados. Eu até lembro de Paulo Isidoro, que me fazia muita raiva, mas marcava em horas cruciais.

Pensei muito no título que daria a este texto. "Contra tudo e contra todos" até que cairia bem. Mas era inevitável "eu já sabia!". Porque eu já sabia mesmo! Passei todo esse tempo insistindo na volta para Goianinha, porque ali temos todas as condições para um jogo de futebol: banheiros limpos, estacionamento sem exploração, acesso rápido e seguro, comida farta e variada e um tapete para os verdadeiros artistas. E ali nós temos o principal: a sensação de que estamos em casa. E no aconchego do Nazarenão é muito difícil bater o Mecão. Mesmo contra tudo e contra todos.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Agora é no Nazarenão!


A BR 101 vai vermelhar de novo. Goianinha vai tremer. Neste sábado, o casamento mais feliz do futebol do RN será retomado: América e Nazarenão.

O tapete continua lá, esperando jogadores com raça, técnica e velocidade para o show do futebol. As arquibancadas aguardam o retorno de seus convidados mais frequentes para fazê-los de casa novamente.

Vamos reencontrar o garotinho que toma conta do carro, pai e filha que vendem o melhor dindim do estado (coco queimado!), a hospitalidade da praça (literalmente) de alimentação.

Banheiros limpos e agradáveis. Visibilidade idem de qualquer ponto do estádio. Pôr-do-sol encantador. Vento que atrapalha os adversários. Fluxo normal de veículos.

E as vitórias... Sim, reencontraremos o doce sabor das vitórias em casa porque essa é a energia de Goianinha. Quando tudo dava errado em 2011 ainda no estadual, foi lá que o América venceu.

Agora até novo treinador chega. Mais uma energia positiva a impulsionar o América para a vitória. Pobre São Caetano! Quis a tabela que fosse ele a enfrentar algo muito maior do que ele.

Acompanharei de longe o reencontro. Não vejo a hora de acompanhar bem de pertinho, o que só ocorrerá contra o Figueirense. Felizes os que lá estarão neste sábado às 16h20 porque poderão gritar "o Orgulho do RN voltou". #Nazarenãoeuteamo

sábado, 24 de agosto de 2013

Despedida sem saudade

Enfim, acabou. Acabou o calvário de ir ao Barretão, que imediatamente após o primeiro jogo apelidei de Buracão. Pelo menos para mim, a despedida deu-se no jogo América 2x3 Avaí. Porém o América só deixa Ceará-mirim definitivamente na terça-feira, após o jogo contra a Chapecoense.

Sobre o jogo, não vi o 1.° gol do América. Estava percorrendo o enorme caminho entre a areia onde ficou o carro e a entrada para as arquibancadas. Fiquei de uma lado diferente desta vez, para não perder mais tempo. Horrível. O lado onde fiquei era o típico portão 5 do Machadão - pessimista e reclamão. Deus me livre!

Vi um América dominador, marcando pressão durante quase todo o primeiro tempo. Vi gols perdidos, especialmente um por Laércio cara a cara com o goleiro adversário, o velho Fabinho, um impressionante Ricardo Baiano, o segundo gol do  Mecão.

Vi um segundo tempo em banho-maria (quem aguenta aquele ritmo todo de marcação pressão num gramado marrom - "marromeno"?). Logo no início, fiquei me perguntando como Argel conseguiria fazer uma substituição por cansaço e manter o time no compasso do primeiro tempo? Impossível, já que não havia mais velocidade entre os substitutos. Eu, particularmente, teria enchido o time de volantes e zagueiros no fim. Mas é fácil falar agora.

O ritmo do América foi caindo. Laércio perdeu outro gol quase com o goleiro batido. No rebote, Júnior Negão (reserva) também perdeu outro. E o Avaí colocando velocidade e explorando os lances de falta e escanteio com o bom pé de Marquinhos. 

Surge o 1.° gol do Avaí. Água mole em pedra dura... Mas tudo ainda estava sob controle. O problema é que Marquinhos continuava afiando o pé nas faltas e nos escanteios.

Para mim, o lance que determinou o rumo da partida foi o terrível desencontro entre Zé Antonio e Andrey. O goleiro muito mais preocupado em pedir impedimento do que em sair para abafar o lance. Foi encoberto e o coração dos americanos se encheu de tristeza.

Não demorou e o Avaí fez o terceiro gol. Dizem que foi contra de Júnior Negão. Parece ser a nova sina do América: fazer gol contra. Segundo jogo seguido em que isso acontece. Seria a sorte de rebaixado?

No fictício portão 5, o povo já sabia, mesmo quando o América vencia por 2 gols, que a entrada de Júnior Negão seria o fim. Sabia ou torcia? Cravo a segunda sem medo. Foi por essas coisas que deixei de frequentar o portão 5 original em 2005. Graças a Deus não passarei mais por isso no Barretão. 

Então, despedi-me da ruma de energia negativa lá no Barretão (torcedores frustados, burro enterrado, tristeza, e tudo mais). Garanto que não vou sentir um pingo de saudade.

Aguardo agora ansiosamente a minha re-estreia no Nazarenão. Lá já tenho lugar cativo no sol, perto da Máfia, onde pessimismo não combina. Agora sim só energia positiva. Xô, frustração! #NazarenãoEuTeAmo


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

De Padang, Barretão, Nazarenão...

Primeiro, o Mecão ficou sem casa. Derrubaram o templo do futebol do RN: o Machadão, nascido Castelão. Até o gramado mandaram arrancar antes para que o América não tivesse onde jogar na temida Série C de 2011. 

Quem tomou tal decisão (de arrancar o gramado antes da hora) deve se arrepender até hoje. Goianinha acolheu o América com uma paixão que fez com que, rapidinho, o alvirrubro se sentisse em casa de verdade, mesmo a 54 km de Natal. E que caso de amor! Os torcedores que saíam de Natal sempre gostaram daqueles ares. Os da região curtiram ver o time de coração de pertinho. E os jogadores... bem, os verdadeiros artistas agradeceram o palco nobre, raro no futebol tupiniquim, que permitia um jogo bonito, veloz, encantador. E assim o Mecão engrenou e passou, mais uma vez de passagem, pela Série C. Parece que foi há tanto tempo...

Em 2012, então, foi de arrebentar. América campeão potiguar e quebrando um indigesto tabu contra o Abc. Campeão de fato e de direito. Sobrou no campeonato após a chegada de Roberto Fernandes. Só perdeu quando isso não representou perigo algum à sua caminhada.

Mas e a Série B? Estaria o time, cuja a base era da Série C, pronto para a maratona? E onde jogaria? A CBF nunca aprovaria um estádio acanhado (só no tamanho!) como o Nazarenão para uma competição daquele porte. Mas esqueceram que o América nunca teve culpa de Natal ter sido escolhida para ser sede da Copa do Mundo 2014. Também esqueceram que o presidente do América é um cara que não aceita um não como resposta se a argumentação não convencer. Esqueceram também que o Orgulho do RN é sim time de tradição nesta competição nacional. Não deu outra: Nazarenão liberado com capacidade para pouco mais de 5.000 apaixonados pelo alvirrubro natalense/parnamirinense/goianiense (é assim mesmo?), enfim, potiguar, e campanha irrepreensível do América (14 rodadas entre os classificados para a Série A, algumas como líder e invicto).

Mas a condição imposta seria resolver o problema da pequena capacidade até o 2.º turno. Nova ameaça ao Orgulho do RN, já que o único proprietário de estádio particular com capacidade mínima para os jogos preferiu desdizer o que já tinha dito e recusou-se a alugar seu campo. "Ok, vamos para a frente", deve ter pensado Alex Padang, que não esmoreceu em sua luta e enfim a CBF liberou o Nazarenão com novas arquibancadas metálicas para regozijo dos alvirrubros e desespero de muitos.

Chega 2013, e o América de Roberto Fernandes já não é o mesmo. Eliminação na Copa do Nordeste. Surgem as primeiras críticas contundentes ao presidente americano. É a velha alma do torcedor: venceu, o presidente é Deus; perdeu, o diabo, além de burro e ladrão. Acreditam que ainda me impressiono com essas trocas instantâneas de opinião? Pois é. Limpeza no elenco e saída do treinador. O único erro na minha modestíssima opinião, foi a aposta em Alexandre Irineu, quando havia opções melhores em casa mesmo. Derrota na estreia do estadual e Padang não titubeia: traz de volta Roberto Fernandes, para delírio da torcida. Diria mesmo uma jogada de mestre.

Só que o time estava jogando o essencial para vencer e só. Mas eis que o América tinha que mudar de casa. Goianinha só com arquibancadas alugadas. Surge o contrato com a Arena das Dunas. E alguém cismou de empurrar goela abaixo da torcida que a Arena das Dunas representaria o fim da construção da Arena América, aquela que já estaria pronta desde o estadual do ano passado. Na verdade, era a picuinha que queriam para dividir o Conselho do América com futricas. O pior é que ainda há gente que gosta dessas coisas. Futriquinha para lá, futriquinha para cá, quase que propuseram que Alex Padang virasse persona non grata no América. Logo ele!

Muitas futricas depois, surge o milagre do Barretão. Nunca me convenceu. É que há um ditado que diz que apressado come cru, ou que a pressa é inimiga da perfeição, e ambos se aplicam com exatidão ao estádio de Ceará-Mirim. Será um grande estádio quando estiver pronto. Mas até sem banheiro foi inaugurado! E o gramado...

Voltando às futricas, a pressão para que Alex Padang assinasse com o Barretão por 5 anos foi avassaladora. O próprio Marcone Barreto chegou a chamar Alex de louco e arrogante por não assinar a proposta. Até ônibus grátis para que os torcedores conhecessem a maravilha do Barretão foi disponibilizado na pressão para que Alex assinasse a tal proposta. Eu permaneci do lá de cá, ciente das dificuldades de acesso a Ceará-Mirim nos horários loucos da CBF para a Série B. E, pelo que passei, tive pena de Padang. Se eu, que não passo de uma reles sócia, já tive que enfrentar críticas do estilo "isso é frescura de quem mora na Zona Sul", "arranje o dinheiro das arquibancadas móveis", "só você não enxerga que vai dar muuuuuito mais gente no estádio, já que Goianinha nunca lotou", imaginem o que esse homem não passou. Confesso que vi algumas críticas com alta carga pessoal na internet, como se houvesse aquela velha mágoa de antigas futricas provenientes da eterna fogueira das vaidades que é o Conselho Deliberativo do América - algo, infelizmente, comum, mas que andava adormecido.

Padang bate o pé. Barreto reduz o prazo do contrato para 2 anos. Ainda arde a campanha contra a Arena das Dunas. Padang diz que o América vai mesmo se virar com as arquibancadas móveis. Chovem críticas à "burrice" do presidente. Mas Barreto cede de novo e o América fecha com o Barretão até maio de 2014 (salvo engano). Fiquei triste por já imaginar a debandada da torcida, não por frescura (de que me acusaram), mas por impossibilidade fisica mesmo de quem trabalha/estuda no centro ou na zona sul até às 18h de chegar ao Barretão nos jogos às 19h30. 

O apressado come cru. E assim o América perdeu um título estadual ganho (falha de Dida - única no campeonato- é verdade, mas as luzes do estádio foram alvo de reclamação) e foi eliminado vergonhosamente da Copa do Brasil. O gramado já dava sinais da dureza que seria sair do Nazarenão. E o estacionamento, os banheiros, enfim, a infra-estrutura do estádio e dos arredores afugentavam os heróicos torcedores no estádio. E assim o público foi minguando. E assim o América só conseguiu uma vitória em casa. E assim aqueles que queriam o Barretão por 5 anos e acusavam Alex Padang de loucura por não aceitar passaram a defender o óbvio: a volta ao Nazarenão.

Mas já? E os grandes públicos? E o dinheiro das arquibancadas? E o trem? E a estrada que seria duplicada? Graças a Deus tudo ficou para trás. Porém, agora, Alex Padang era o louco que não queria voltar ao Nazarenão. E a minha solitária campanha #QueroONazarenãoDeVolta ganhou fôlego. Assim, sem qualquer menção ao fato da salvação que eram os cinco anos no Barretão. Aprendi na vida que mágoa e rancor só fazem mal a quem os alimenta. Tento evitá-los. Mas não suporto ver injustiças (daí ser advogada) e ficar calada. Também não me preocupo se estou com a minoria ou com a maioria - defendo o que acho certo, razoável. Portanto, não poderia passar sem fazer esse desagravo a Alex Padang, por quem sempre tive grande admiração pelo fato de que, desde a época do Alex Sandro do Mirassol, sempre ter demonstrado não ser muito afeito a mentiras.

Mais uma saraivada de críticas e o incansável Alex Padang consegue que a CBF libere o Nazarenão sem a necessidade de arquibancadas metálicas. Aí foi demais para mim. Nazarenão de volta! Quase chorei. E sem aqueles mostrengos desnecessários. Vou poder acompanhar o Mecão nos jogos às 21h e voltar para casa sem grandes sustos ou cortejos na BR 101. Vou estacionar o carro sem medo de atolamentos ou insetos e sem pagar R$ 5. Felicidade geral da nação americana, como se viu nas redes sociais. E agora? Para quem vão os elogios? E as críticas pra-lá de ácidas?

De minha parte, já agradeci publicamente a este exemplo de amor ao América - único presidente de clube a dialogar quase que diariamente com torcedores e até detratores pelo Twitter, de maneira franca. Tem defeitos? Certamente. Todos os temos. Quem convive mais de perto tem autoridade para dizer. Obviamente, eu não tenho essa autoridade. 

Nas situações narradas, outro já teria renunciado. Por isso, aplaudo a persistência de quem não esmoreceu mesmo com tantos ataques de tudo quanto é lado.  Também agradeço por sua luta com unhas e dentes para que o América continue a ser, como sempre foi, o Orgulho do RN! Aproveito para dizer (que Janine não saiba disso!) que rezo todos os dias, e não é de hoje , para que Padang aceite pelo menos mais um mandato à frente do América. Se não acontecer, lamentarei. Mas ele já terá marcado definitiva e positivamente seu nome na história do Mecão.

domingo, 18 de agosto de 2013

Sofro de inquietude

Sofro sim. O que é um paradoxo para quem é tão bem representada pelas características do signo de Touro. Para quem não sabe, os taurinos adoram segurança e estabilidade, diria até rotina. Se você é taurino(a) e não é assim, paciência. Mas o signo de Touro parece ter sido feito para mim.

No entanto, sofro de inquietude. Adoro inventar novos caminhos e/ou projetos, às vezes os mais improváveis possíveis. Que tal pintar uma casa inteira sem pintores? Já fiz há muito tempo, aliás, com a ajuda de minha escudeira de então: mamãe. Só que mamãe deixou de apoiar minhas invenções. Aí arranjei nova escudeira, embora de vez em quando ela também fraqueje no apoio: Janaina.

Não há quem me demova se eu realmente quiser algo. Então, só resta ao meu interlocutor aceitar ou me deixar fazer só. Que tal ir a pé do Serrambi ao Mirassol? Já fiz. Ler quatro livros ao mesmo tempo? Rotina. Ler jornal, assistir TV, conferir redes sociais, preparar texto do Só Futebol? Não!, conferir planilha orçamentária, tudo ao mesmo tempo? A cara de meu domingo perfeito. Encarar duas profissões diariamente? Há anos me dedico às duas com o mesmo afinco, embora confesse que novos ares já começam a circular a minha mente.

Quando cismo, sai de baixo. Cismei de fazer (com pedreiros) uma área de lazer aqui em casa. Terminou ficando como eu queria e não como planejado pela maioria. Sou convincente mesmo. Também se não fosse, seria um fracasso como advogada, né? Até as reformas saem no ritmo que eu quero. Nada de pedreiros por mais de 10 dias por mês zanzando pela casa. Esse é o limite da minha sanidade mental.

Também montei roteiro de viagem para os EUA e adquiri tudo separadinho sem ajuda de ninguém. E assim vou fazer a viagem de retorno à Flórida que  tanto queria há uns cinco anos (sempre adiando por conta dos outros) nos meus moldes as it is supposed to be. Quem quiser venha comigo. E assim vamos nós cinco rumo à Flórida em janeiro.

Agora, minha nova inquietude é relacionada a novas reformas em casa. Cismei de eu mesma pegar no pesado para algumas substituições e pinturas, estilo Renovators (reality show estilo competição do canal Glitz). No meu ritmo, é claro (um turno por semana), como hobby. Já aproveito como desafio de musculação e ginástica. Não sei se vai dar certo, mas aposto que vai. Vou começar pela sala dos computadores. Apoio de minhas escudeiras, por enquanto, garantido. Quero ver até onde vai meu entusiasmo, mas sempre sofri do estilo americano Do it yourself  (faça você mesmo). 

Assim, vou vivendo de 300 projetos em andamento a cada vez. Para quem sofre de ansiedade, é energia 220v garantida por muito tempo. Adoro tentar o que parece impossível. Viciante. Dá uma sensação incrível de controle da sua própria vida. Recomendo com vigor. Faz bem para a alma.