Identidade me parece ter sido "vendido" como o que não é. A estória de uma amiga negra que reencontra uma outra amiga negra que se passa por branca nos EUA (particularmente Nova York) da época da proibição do consumo de bebidas alcoólicas, ou seja, há 100 anos, parece abordar uma coisa, depois outra, mas é o título original Passing (mais próximo de "deixar/fazer algo passar/acontecer") que faz o melhor resumo.
O filme é em preto e branco, apesar de produzido em 2021, e, salvo engano, já é a segunda adaptação de uma obra literária que não conheço, daí eu só puder falar pela estória da telinha mesmo.
A questão de identidade, da pessoa negra que se "passa" por branca, é só o mote para outras questões que vão sutilmente surgindo nas duas principais personagens, mas não apenas nelas. Só que nada é tào explicitamente abordado e aí é preciso atenção aos detalhes para perceber que as regras sociais quase sempre impõe muitos sacrifícios emocionais, alguns bem cruéis.
Identidade tem 1h39 e transcorre de forma lenta, sem pressa, e exatamente com esse espírito deve ser observado.
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