terça-feira, 17 de maio de 2022

Leveza e adaptação


Com exceção da 1.ª temporada, que se arrastou até que os criadores entendessem o potencial do que tinham em mãos, Legends of Tomorrow (CW nos EUA, Warner Channel e Netflix no Brasil) sempre foi uma aula de como fazer uma série que deve se repetir, pelas estórias de super heróis e super heroínas, mas com uma enorme capacidade de surpreender e de se reinventar.

Desde que Sara Lance, a mais longeva personagem do Arrowverse, tornou-se capitã da Waverider, o que não faltam são ótimas estórias para contar nas 7 temporadas da série mais despreocupada da D.C..

Infelizmente, a CW decidiu sem maiores cerimônias cancelar a série que sempre termina suas temporadas prontinha para traçar novos rumos nas temporadas seguintes. Assim foi na 7.ª e última, que ainda não chegou à Netflix no Brasil.

É até difícil de entender que a CW seja o mesmo canal que insiste em Riverdale, por exemplo, que é o exato oposto de tudo que Legends of Tomorrow é. Ou seja, a que não foi cancelada é uma série sem rumo, à deriva, que não sabe mais o que inventar e, quando inventa, inventa muito mal, com argumentos que fogem de qualquer tipo de lógica, numa verdadeira afronta à inteligência alheia, ainda que seja a de uma pessoa dada a fantasias de super heróis/heroínas. 

A CW poderia pelo menos ter garantido uma temporada final menor com um enlace digno para a série que que sempre soube para onde exatamente queria ir, ainda que isso significasse tirar algum sarro de si própria e não se levar tão a sério (eis o seu segredo). Que outra série colocaria uma batalha importantíssima para o destino de todo o universo ao som de Thong Song, de Sisqo (T5E15)?

Até a D.C. tentou ajudar nesta luta. Quem sabe isso não sensibiliza a CW, a Warner, a HBO, a Netflix ou qualquer outra para o que seria mais uma temporada de sucesso, embora a derradeira. Sara Lance merece. 

Enquanto aguardo a chegada da 7.ª temporada na Netflix, sigo torcendo por um final feliz para uma série tão icônica.

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