Nem lembro mais por que não vi Lucy quando lançado em 2014. Provavelmente por sua promessa de violência extrema e ainda uma certa rusga com Scarlet Johansson pela bela porcaria - não por culpa dela, mas do diretor - que foi A Ilha.
Agora em 2022 consegui superar esses obstáculos e assisti ao filme disponível na Netflix. E fui recompensada. Sim, há violência extrema e dava para reduzí-la enormemente, mas as implicações filosóficas advindas da estória da mulher que se lascou com uma gangue coreana por causa de um namorado sem futuro e terminou tendo que servir de mula para o tráfico.
A virada da estória acontece quando o saco de uma nova droga inserido no seu estômago se rompe e ela é levada a uma overdose. Isso abre caminho para um superdesenvolvimento de suas funções cerebrais e aí somos convidados a tomar parte numa viagem cada vez mais louca e interessantíssima.
Quem gosta de violência será recompensado(a). Quem gosta de filme que deixa uma pulga atrás da orelha, também. O melhor de tudo é, 8 anos depois, Lucy consegue se preservar atual, como se tivesse sido feito a partir das preocupações de hoje com a onipresença das redes sociais e, principalmente, dos algoritmos.
Sem spoiler, fica a reflexão: qual o limite do conhecimento?
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