terça-feira, 15 de outubro de 2019

Intrigante


Com um título chamativo, Altered Carbon capturou o meu play num dia qualquer deste ano na Netflix.

Ah, a dureza do 1.° episódio de uma série... Eu sempre assisto pelo menos mais um para ter uma opinião definitiva.

Pelo 1.° episódio, Altered Carbon passaria longe de me agradar. Parecia mais um daqueles roteiros em que se dá um jeito de encaixar sexo e violência com muita ficção científica para agradar o estereótipo de mentes masculinas. 

Ainda bem que ela teve um quê de Vingador do Futuro e eu acabei lhe dando mais uma oportunidade de me conquistar.

Eu não poderia estar mais enganada na impressão inicial. A série cresce a cada episódio num enredo intrigante, cheio de implicações filosóficas, morais, éticas e tudo mais que possa trazer angústia ao ser humano.

A estória começa num futuro em que o que se pode chamar de alma do ser humano virou uma espécie de chip gigante para os padrōes atuais (quase uma palma de mão) - stack - que pode ser retirado de um corpo (chamado sleeve, algo como uma roupa) para outro sem maiores cerimônias. É quase impossível morrer definitivamente, a menos que o stack seja destruído.

Nesse cenário, um determinado homem é trazido de volta à vida em outro corpo para investigar uma das mortes que acometeu um milionário com tons de líder e celebridade.

Esse é só o ponto de partida. A estória dá mil voltas, revelando novas facetas a cada episódio, o que torna quase impossível não maratonar a série para descobrir logo onde tudo isso vai dar. Resisti e o máximo que emendei foram dois episódios.

É tudo muito intrigante, até um pouco confuso em alguns momentos, e, apesar dos requintes de violência que assombram pessoas sensíveis como eu, Altered Carbon lhe fisga até os momentos finais e eu já estou no aguardo da confirmadíssima segunda temporada. Certamente vou assisti-la novamente para não deixar um só detalhe passar em branco antes da nova estreia.

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