Fui conferir o primeiro dia do Pint of Science lá no Mormaço. Com um tema sobre Neurolaw (algo como Neurociência aplicada ao Direito), me enchi de expectativa para os três expositores do tema.
Para não ferir suscetibilidades, vou citar a única que valeu a pena - Lia Bevilaqua, que já comanda uma aula de mesma temática na UFRN.
Sua palestra foi muito enriquecedora. Trouxe notas sobre ondas cerebrais e seus estudos a respeito da possibilidade de apontarem autores de crime, por exemplo, em mecanismo muito superior ao velho polígrafo, ou detector de mentiras.
Lia não expôs sua opinião a respeito. Eu fiquei esperando um contraponto mais jurídico dos outros palestrantes. Fiquei a ver navios. Uma preferiu indicar filmes sobre formação de cultura. Outro dar dicas a advogados sobre acordos (Santa inocência, Batman!). Um verdadeiro descompasso! Fosse aula de História da professora Criselilda na Escola Doméstica, ela diria que estava uma colcha de retalhos.
Ainda aguentei ouvir a primeira pergunta dos espectadores, que mais parecia saída diretamente de uma mente inebriada, algo nem tão inimaginável considerando-se o ambiente. Em seguida, outra pergunta, desta feita parecendo saída diretamente de integrante de determinado partido político. Não aguentei esperar para perguntar a Lia. Minha paciência já havia se esgotado.
Sem erro mesmo é o kibe assado do Mormaço. Umas gotinhas de limão, uma mergulhadinha no molho de mostarda e 3 gotinhas de pimenta. Pronto, abrem-se as portas do paraíso. Se não gosta de kibe, experimente esse antes de fechar questão a respeito. E se combinar com uma Serra Malte bem geladinha (olha que sou adepta da água como melhor bebida) é sem erro.
O tema é interessantíssimo, mas infelizmente ficou esvaziado. Uma pena.
Fico na torcida para que o Pint of Science perceba que o ideal é que apenas um cientista exponha sobre o assunto. Os outros poderiam ser escalados apenas para debater o exposto anteriormente. O tempo seria melhor utilizado e o assunto, mais aprofundado.
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