quinta-feira, 31 de maio de 2018

"A tendência é crescer"

Entrevista coletiva do técnico do América Ney da Matta gentilmente enviada por Canindé Pereira.

Viagem antecipada
Na verdade, a gente queria ir na sexta-feira mesmo, mas infelizmente não conseguimos voo para Imperatriz. A gente iria direto para Imperatriz, mas não conseguimos. Acabou encaixando um voo na quinta-feira, quase a mesma programação que nós fizemos quando nós fomos jogar lá, porém, a gente não vai em Aracaju. A gente vai direto para Marabá. Eu acho que é legal o descanso, a gente ter o tempo para trabalhar sabendo que vamos encontrar uma dificuldade enorme no jogo lá, uma decisão. Saber jogar, ter equilíbrio para jogar para a gente poder fazer um grande jogo e trazer a decisão para dentro de casa. 

Mata-mata
Primeiro que a gente precisa tirar alguma coisa de proveito desse momento que nós vivemos. E essa campanha boa que nós estamos fazendo aqui, ela só vai  ter validade se a gente levar o clube para Série C do Campeonato Brasileiro. Campanha bonita, classificou com 1 rodada [de antecedência], não perdeu nessa fase, mas tudo isso só vai ter utilidade se a gente realmente levar o clube para Série C do Campeonato Brasileiro. As vitórias, elas te dão tranquilidade, te dão equilíbrio, te dão paz para trabalhar. Mas nós sabemos também que nós precisamos ir melhorando a cada dia. E a gente precisa continuar melhorando, e vejo que nós estamos evoluindo do 1.° jogo que nós fizemos até esse agora contra o Imperatriz - um adversário tem qualidade para caramba também. Tem que saber jogar. A gente não pode fazer besteira, não pode ficar defendendo, mas não pode ficar exposto, porque a gente sabe que tem o jogo da volta para a gente não perder essa vantagem de jogar em casa. (...) O time [do Imperatriz] evoluiu como nós também evoluímos. É uma pena, campeonato de mata-mata é muito ruim. Às vezes não te dá aquela conta exata do que você é melhor, do que você é pior. Às vezes, um segundo, um descuido, um relaxamento que você tem, você acaba sendo surpreendido e acaba perdendo essa vaga. A gente precisa ter o foco dobrado, a concentração dobrada, não baixar a guarda. Eu falei com os jogadores que nessa profissão que nós temos não existe a palavra zona de conforto, ainda mais num clube como o América. A gente precisa continuar jogando, dando um passo de cada vez, fazendo um jogo de cada vez, não ficar pensando em outros jogos porque nós temos que passar por esse aqui. Mas muito satisfeito do que os jogadores estão fazendo. Pedir a Deus que ilumine o caminho nosso, que a gente possa ter sucesso nesse 1.° mata-mata.

Teste no coletivo e formação ideal
Vamos por partes. Primeira parte, às vezes o treinador não quer trocar, ele quer dar sequência no trabalho. Nós tivemos alguns prejuízos com relação a contusão, a expulsão. A gente não conseguiu repetir. O treinador quer que as coisas encaixem e dar sequência no trabalho. Só que as coisas não se encaixam da noite para o dia. Nos clubes por onde nós passamos sempre foi assim, de 6.a, 7.a rodada para o time começar a ter uma cara, para começar a dar uma vida naquilo que a gente pretende e que o futebol pede. A primeira parte nós repetimos. Eu achei que foi um grande jogo que nós fizemos. Nós evoluímos. Evoluímos muito, crescemos muito. A tendência é crescer. Nesse próximo jogo também vai melhorar mais do que foi aqui. E fizemos 2 mudanças depois. Fizemos a segunda com o losango por dentro, com o Cascata, sem a presença do Lucas na beirada do campo. Na terceira parte, nós tiramos o Cascata e voltamos com o Lucas, fizemos um 4-3-3 ali. Então, as 3 formações foram boas. Lógico que ainda existe a possibilidade de tentar ver o que é que o adversário tem. O adversário falou que vai repetir, só a ausência de 1 jogador por 3.° cartão. Se a gente tiver condições de repetir, nós vamos repetir para a gente fazer a sequência no trabalho. (...) A gente tem treino amanhã [quinta-feira], tem a viagem, tem sexta e sábado para a gente definir. Acho que, se a gente tomar alguma decisão aqui, pode ser precipitado. A ideia é de repetir o time que fez aqui. 

Adversário conhecido
Adversário que a gente conhece. A gente já se conhece nessa situação. No ano retrasado, nós também tivemos o mesmo caminho desse aqui, só que foi o Boa Esporte pegou o Juventude 5 vezes seguidas. A gente pegou nas 2 antes de começar o mata-mata e depois pegou as 2, e depois a gente conhecia o adversário e sabia como o adversário joga. É um adversário que evoluiu muito o time do Imperatriz. Muito. É um adversário que tem qualidade, um time que é bem armado taticamente. Precisa ter um cuidado muito grande. É um time que não tem um volante de proteção, mas que os volantes todos jogam, ajudam a marcar e jogam. E válvula de escape boa. A gente tem que saber jogar lá. Se a gente continuar com essa intensidade, com esse foco, a gente tiver consideração na parte tática, a gente consegue fazer um grande jogo e buscar trazer aqui para Natal a nossa vaga para a próxima fase.

Contratações
Enquanto não se encerram as inscrições, a gente ainda está sempre em busca de trazer um jogador bom. Não é porque nós estamos necessitados, igual a louco atrás de jogador. Nós precisamos para incorporar mais, para encorpar mais o nosso grupo porque a competição é difícil. Mesmo sabendo que a gente está acabando a competição. Mas gente está em busca de mais um jogador na frente, talvez para encaixar, para ajudar, para ter peça para repor também.

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