Lembranças ruins são difíceis de apagar da memória, mesmo no futebol. Vejam o caso do América. Camilo foi dispensado, Daniel execrado e o que seria titular se contundiu na semana da estreia. Isso me causa déjà vu. Explico.
Em 2007, depois do desastre na final do estadual, houve uma reformulação radical no elenco e na comissão técnica do América. Prestes a re-estrear na Série A (primeiro jogo contra o Vasco no Machadão) depois de 10 anos, na terça-feira, o time mandou dois goleiros embora. Na quarta, o que ficou se contundiu gravemente e o novo (Renê) só chegaria no dia seguinte. Às pressas, Sérvulo foi chamado de volta para que houvesse um goleiro no banco. E Renê jogou chamando sua defesa assim: "ei, 3, marca o 9!". O que houve naquela Série A foi bem representada por essa lambança: o América só fez 17 pontos em 38 rodadas.
Em 2014, Andrey era titularíssimo. Aí sofreu grave lesão num treino. Dida assumiu o gol em sua melhor fase no América. Só que alguém trouxe Fernando Henrique e a pressão era enorme para colocá-lo. Tirou-se um goleiro em grande fase para colocar um recém chegado. Para completar, Fernando Henrique e Andrey não se bicavam. Ninguém queria ser banco do outro. Para resumir, Dida fez as malas para Portugal achando que não teria mais vez no América. Quando ficou tudo acertado, os dois remanescentes se machucaram (ou um deles foi punido e o outro se machucou, não lembro bem). Às pressas conseguiram convencer Dida a fazer mais uma partida e completaram o banco com Pantera, que depois se contundiu sem nem estrear. Para resumir, sabemos como 2014 terminou: América revoltantemente rebaixado no ano da volta a Natal.
Um dispensado, um contundido, um execrado. A história se repete. Talvez até Rafael consiga jogar no sábado. Se não jogar, vai Daniel mesmo. Teremos o mesmo fim de história?
E ainda tem uma palestra motivacional. Quadro bem parecido com a extrema unção. Cada dia entendo o significado de DNA. "D" Não América.
ResponderExcluirADAIL PIRES