Esse é o título da coluna de Eliane Catanhede na Folha de São Paulo de 19/09/13, republicada por Woden Madruga em sua coluna de hoje (20/09) na Tribuna do Norte. Vale a pena destacar os seguintes trechos, para reflexão nossa:
"Segundo o relator Joaquim Barbosa, ainda na primeira fase, José Dirceu e uma dezena de réus, 'de forma livre e consciente, se associaram de maneira estável, organizada e com divisão de tarefas para o fim de praticar crimes contra a administração pública e contra o sistema nacional, além de lavagem de dinheiro.'
Joaquim ganhou, e então o revisor Ricardo Lewandowski perdeu. Mas o jogo está suspenso e isso pode virar coisa do passado, com Joaquim perdendo e Lewandowski ganhando.
Um dado salta aos olhos nessa arena. Acatados os embargos infringentes e, depois, o mérito desses embargos, o julgamento terminará com os núcleos publicitário e financeiro na cadeia, puxados por Marcos Valério e Kátia Rabello, e com o núcleo político em ostensiva comemoração, liderado ainda por José Dirceu.
Aos 'técnicos', o peso da lei. Aos 'políticos', a leveza do sei lá o quê."
Como bem resumiu o sentimento geral, repito o pensamento de Ney Matogrosso: "não posso dar a opinião legal, mas, como brasileiro, eu acho que é decepcionante, porque pobre não tem todos esses direitos, preto não tem todos esses direitos. Tudo indica que eles vão escapar. O Supremo vai ficar abalado. A confiança depositada pelo povo no Supremo ficou abalada, mas tudo bem, eles dizem que não ficam abalados com isso. Eles estão pouco se lixando para a opinião pública."
E o Brasil, como era no princípio, agora e sempre, continua a perder a luta contra a corrupção. A sensação que tenho é que sou uma Zé Ruela imbecil que acha que deve trabalhar e cumprir as leis deste país, enquanto a grande maioria sempre dá um jeito de arranjar uma mamata nesta pátria sofrida e vilipendiada. Pobre de mim. Afinal, o mundo é dos espertos.
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