A gente olha para trás e vê uma realidade ultrajante sendo esfregada na nossa cara. É esse normalmente o sentimento ao assistir a algum filme baseado em fatos reais de movimentos históricos.
Não foi diferente com Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures), que ressalta o grande trabalho desenvolvido na NASA durante a corrida espacial, mas também o que isso representou para os direitos civis (eu diria humanos) tanto de mulheres como, especialmente, das ditas "pessoas de cor",nos EUA.
O filme é de 2016, baseado em livro de Margot Lee Shetterly, que conta a história da brilhante matemática, responsável pelos cálculos que levaram a humanidade à lua, Katherine Coleman Goble Johnson, da também competente matemática Dorothy Vaughan que, dentre outros pioneirismos, foi a primeira mulher negra a ser supervisora da NASA e Mary Jackson, primeira mulher negra a ser engenheira da NASA, e do que elas enfrentaram e representaram na corrida espacial americana.
As três já faleceram. A última foi justamente Katherine Johnson, que se foi em fevereiro deste ano, aos 101 anos de idade. Ela foi homenageada em vida tanto pela NASA, que tem um prédio inteiro com seu nome, como pelo governo americano na gestão de Barack Obama.
Mesmo sendo de 2016, só ontem eu consegui ver o filme inteirinho na Fox Life. Entre esperanças e desesperanças de ver a retratação de algo que se passou nos anos 1960, fica a certeza de que a luta por igualdade, seja ela racial, sexual, cultural, salarial, ou de qualquer outro cunho, é contínua, como os fatos que vivenciamos em plenos anos 2020 do Século 21 nos provam. Assusta saber que ainda há quem aprove a segregação; conforta saber que há mais gente que se incomoda com as desigualdades
Segue a luta.
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